sábado, 25 de setembro de 2010

Após aporte de R$350 mi, Omega olha para hidrelétricas e usinas eólicas

Companhia vai direcionar recursos para investimento em fontes renováveis, com foco no desenvolvimento de projetos e estudos de inventário.
 
 
Nesta semana, a Omega Energia Renovável recebeu um aporte de R$350 milhões provenientes de fundos administrados pelo Walburg Pincus e pela Tarpon Investimentos. A Tarpon já era sócia do empreendimento, enquanto a Walburg Pincus, presente no País desde fevereiro, escolheu o negócio para iniciar seus investimentos no Brasil.
"A escolha do setor de geração de energia como nosso foco está apoiada na expectativa para o crescimento do mercado interno, o que pressionará a oferta de energia limpa no Brasil", explica o sócio-diretor do Warburg Pincus no País, Alain Belda. O fundo administra ativos totais superiores a US$30 bilhões.
O CEO da Omega, Antonio Augusto Bastos Filho, afirma que os recursos serão direcionados para três frentes: a continuidade das aplicações nos estudos de inventários, desenvolvimento de planos ambientais e de projetos; as obras de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) da companhia atualmente em curso; e a busca e estudo de novas oportunidades no mercado de energia limpa.
"Temos interesse de entrar no mercado de energia eólica. De forma seletiva, como sempre fazemos. Existem boas oportunidades, usinas que tem um bom fator de capacidade, e queremos ainda aproveitar o momento internacional, no qual os preços para os equipamentos estão atraentes", adianta o executivo. De acordo com Bastos, a ideia não é comprar usinas já concluídas ou em construção, mas sim investir em novos projetos para os próximos leilões de energia ou mesmo para comercialização no mercado livre - embora admita que essa última alternativa não é viável neste momento, mas somente em médio prazo.
Para diversificar o portfolio, a Omega também vai estar presente no segmento de hidrelétricas de médio porte, entre 50MW e 200MW. "Estamos olhando 700MW nessas usinas médias. São projetos que maturam daqui a dois ou três anos", revela Bastos. O CEO afirma que, ao menos por enquanto, a companhia não pretende participar dos leilões hidrelétricos, como o A-5 que o governo deve promover em dezembro.
"Somos essencialmente desenvolvedores. Gostamos de participar de leilões de usinas nas quais já tivemos uma boa participação no estudo do inventário", explica o executivo. Bastos ainda lembra que a Omega possui atualmente 500MW em projetos de PCHs sendo avaliados. “Nossa convicção quanto às virtudes das PCHs é grande e estamos sempre atentos a projetos que apresentem bons fundamentos técnicos. Queremos crescer e continuar a contribuir com a consolidação do setor de fontes limpas e sustentáveis de energia", conclui o CEO.