sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Módulo de ajustes de dados é integrado ao processo de medição

A CCEE implantou para três agentes, no mês de outubro, um piloto da nova versão do módulo de Ajustes de Dados de Medição do SCDE (Sistema de Coleta de Dados de Energia Elétrica). 
A principal novidade é a integração de todo o processo de medição - da coleta de dados ao ajuste - em um único ambiente. Até então, as solicitações de ajustes eram realizadas pelo Sistema de Contabilização e Liquidação (SCL).

Para o agente de medição, a alteração trará maior segurança, pois além do monitoramento diário da coleta de dados, será possível realizar os ajustes em um único sistema. Para a CCEE, o novo módulo integra todo o processo operacional de medição no SCDE, já que possibilitará a transferência dos dados de medição – inclusive os dados ajustados - diretamente para o sistema de contabilização. Nesta fase piloto estão sendo testadas todas as funcionalidades do novo módulo no ambiente de produção. Quando houver a implantação definitiva, a solicitação de ajustes será transferida do SCL para o SCDE.

O módulo já está preparado para ser integrado ao registro de notificações de manutenção preventiva ou corretiva, realizadas no Sistema de Medição para Faturamento (SMF). Desta forma, todas as solicitações de alterações e inserções serão aprovadas pela Câmara mediante justificativa do agente registrada no módulo de Notificações do SCDE.

A CCEE prevê a realização de treinamento específico para os agentes, além de avaliação dos impactos nos Procedimentos de Comercialização (PdCs) vigentes, antes da liberação do novo módulo.  (Fonte: CCEE News)
 
Fonte: http://inforlegis.blogspot.com

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Inauguradas oito usinas movidas a bagaço de cana

 
 
Operando a partir do bagaço de cana, oito usinas termelétricas foram inauguradas no dia 27 de setembro, no Estado de São Paulo. 
Juntas, elas têm 543 megawatts (MW) de potência instalada e 194,6 MW médios de energia assegurada ao sistema elétrico. As usinas térmicas movidas a biomassa (por meio do bagaço de cana) já representam 7% da matriz energética do Brasil – só a energia produzida em São Paulo é suficiente para atender 3,5 milhões de habitantes.
A inauguração das usinas foi simultânea e ocorreu na cidade de Barra Bonita. Além da usina de Barra Bonita, vão entrar em operação as plantas de Narandiba, Mirante do Paranapanema, Queiroz, Iacanga, Pitangueiras, Sebastianópolis do Sul e Cosmópolis.

A Usina Cocal 2, em Narandiba, produz açúcar e álcool desde 2006. Agora, ela passa a produzir energia elétrica a partir da biomassa. Sua capacidade instalada é de 80 megawatz. Por enquanto, ela gera 55 megawatz e, deste total, a própria indústria consome 40% e o restante vai para a Companhia de Energia de São Paulo. O potencial de geração de energia da Cocal 2 pode chegar a 160 megawatz.

O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, participou da solenidade simultânea em Narandiba. Para ele, a revisão das taxas internacionais, especialmente pelos Estados Unidos, significa o aquecimento do setor em um futuro próximo. Atualmente, o Brasil produz aproximadamente 26 bilhões de litros de etanol. Em 2019, o País produzirá em torno de 64 bilhões de litros de etanol e a estimativa para o mesmo ano é exportar cerca de 10 bilhões de litros para o mundo.

Fonte: Canal Rural

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Energia Eólica

Força dos ventos gera energia e negócios no País

Com queda no preço da energia eólica, projetos do setor vão multiplicar por sete a capacidade instalada no Brasil até 2013

Naiana Oscar e Renée Pereira - O Estado de S.Paulo
Era uma manhã de verão na praia de Taíba, a 55 quilômetros de Fortaleza (CE). Não é possível descrever com exatidão a paisagem naquele início dos anos 90, mas com certeza ventava. Vindo de Sorocaba, o engenheiro mecânico Pedro Vial atravessou as dunas de buggy, fincando hastes de metal na areia - dez ao todo. "De longe, parecia um campo de golfe", lembra. Mas era a pedra fundamental da primeira usina comercial de energia eólica no País.
As hastes provisórias indicavam o lugar onde mais tarde seriam instalados dez cataventos mais altos que o Cristo Redentor, no Rio. Ali, de frente para o mar, eles teriam de gerar 5 megawatts (MW) por hora - o suficiente para abastecer 100 mil residências em um ano. Vial conhecia pouco, ou quase nada, de usinas eólicas. Mas tinha acabado de ser apresentado a um empresário alemão, perito no assunto, que vislumbrou, antes de muitos, o potencial brasileiro.
Aloys Wobben, dono da Enercon, uma das maiores fabricantes de aerogeradores do mundo, incumbiu o engenheiro de Sorocaba de iniciar a operação no Brasil. "Quando comecei a oferecer nossos projetos para governos e concessionárias, parecia que eu estava recitando poesia, era coisa de desocupado", lembra Vial.
A usina de Taíba entrou em operação em janeiro de 1999. Desde então, a multinacional alemã, aqui chamada Wobben Windpower, ergueu 16 usinas no Brasil. Na porta da sala do engenheiro, uma mensagem impressa em papel sulfite dá noção do que foram esses últimos anos e do que vem pela frente: "Depois que o tigre é morto, todo mundo é caçador." Após uma década, explorando praticamente sozinha o mercado nacional, a empresa terá de disputar o tigre com os primeiros concorrentes. Eles estão chegando de todas as partes do mundo para explorar os ventos que sopram no País.
Alguns já fincaram suas bandeiras em território nacional e estão com a produção a plena carga, como a argentina Impsa e a americana GE. A francesa Alstom vai inaugurar sua unidade na Bahia em 2011. A corrida para abocanhar uma fatia do mercado conta ainda com a espanhola Gamesa, a indiana Suzlon, a dinamarquesa Vestas e a alemã Siemens. Multinacionais coreanas e chinesas podem engrossar o time, ávido por novos projetos.
A efervescência no setor é recente. Tem pouco mais de um ano. Antes disso, o preço da energia eólica era inviável para a realidade brasileira. Mas os ventos mudaram e os projetos deixaram de fazer parte da ideologia dos ambientalistas para virar alternativa de abastecimento energético do País.
Virada. Com a crise internacional, o consumo de energia recuou no mundo todo e os projetos de novas usinas foram paralisados, deixando as fábricas de equipamentos com a capacidade ociosa elevada, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. Como o Brasil saiu rapidamente da crise e o consumo de energia passou a crescer 12% ao ano, os fabricantes globais se voltaram para o País.
O interesse cada vez maior das multinacionais pelo mercado brasileiro se refletiu diretamente nos preços da energia, que surpreenderam até os mais otimistas do setor no primeiro leilão de eólicas, em dezembro de 2009. Em média, os valores ficaram em R$ 148 o megawatt/hora (MWh) - um ano antes, custavam mais de R$ 200. Oito meses depois, o improvável ocorreu: o preço recuou para R$ 130 - mais baixo que os das tradicionais pequenas centrais hidrelétricas e das usinas de biomassa.
Na prática, os leilões representam a construção de 161 unidades até 2013. Hoje, são 45. A capacidade instalada vai crescer até sete vezes no período, saindo dos atuais 700 MW para 5.250 MW - resultado de uma montanha de investimentos, da ordem de R$ 18 bilhões, segundo o presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (AbeEólica), Ricardo Simões.
Perspectiva. A formação desse plano de investimentos e a expectativa de leilões regulares de energia eólica ajudaram a reforçar a aposta estrangeira no País. "O Brasil está se preparando para ter 20% de energia eólica até 2020", diz Arthur Lavieri, que há dois meses assumiu o controle da Suzlon. A multinacional anunciará até novembro o nome da cidade, no Ceará, que vai receber sua fábrica de aerogeradores. Será a única nova unidade do grupo até 2011. "Brasil, Índia e China são os três maiores mercados eleitos pela Suzlon", diz.
Bem antes de se decidir pelo investimento, porém, a Suzlon já experimentava os retornos do mercado brasileiro: 47% da energia eólica do País são produzidos com equipamentos da companhia. No passado, as máquinas eram importadas. Agora, tudo será feito com mão de obra nacional - a fábrica terá capacidade para produzir até 600 pás e 500 MW de turbinas por ano.
A Siemens, referência mundial na produção de turbinas para hidrelétricas, também corre para conquistar uma fatia do mercado. Para estrear na produção de geradores eólicos no Brasil, a alemã planeja uma nova fábrica no Nordeste. A alternativa da gigante GE foi fazer um "puxadinho" na sua unidade em Campinas para atender os contratos firmados no primeiro leilão de energia eólica, no fim de 2009.
Na ocasião, foram contratados 300 aerogeradores, com capacidade em torno de 450 MW. No segundo leilão, ela conquistou outra leva de pedidos, que somam quase 500 MW. A demanda elevada já mudou os planos da empresa, que estuda quatro locais para instalar uma nova fábrica, inclusive no Nordeste. Esta também foi a região escolhida pela Impsa, que construiu uma unidade em Pernambuco, com capacidade para produzir 600 MW por ano em turbinas.
Investidores. Todos esses fabricantes de equipamentos firmaram pré-contratos com os investidores que participaram dos leilões e que vão construir as usinas. Uma das empresas que mais fecharam negócios nos últimos dois leilões é a brasileira Renova. Com dez anos de mercado, ela fatura hoje R$ 37 milhões. Até 2013, esse valor vai quase multiplicar por dez com os novos contratos. A espanhola Iberdrola também teve forte participação nas disputas e já encomendou equipamentos da fabricante Gamesa, que tem planos de abrir fábrica na Bahia.
Para a pioneira Wobben, tantos concorrentes devem representar um recuo na participação no mercado, de 50% para 35%. Mas Pedro Vial parece tão hipnotizado com as perspectivas do setor que tem deixado a preocupação com os novos competidores em segundo plano. A multinacional fabrica em média 20 aerogeradores por mês. São peças gigantes: só as pás pesam 6,5 toneladas cada uma e, os geradores, outras 61 toneladas. Até 2009, 80% das máquinas eram vendidas para o exterior. Aos poucos, as usinas brasileiras têm ganhado mais espaço no portfólio da empresa. Em 2010, as exportações já caíram para 60%. No ano que vem, não devem passar de 15%.
Perto da Wobben, em Sorocaba, está instalada outra gigante do setor, a Tecsis, segunda maior fabricante de pás do mundo. A empresa fundada por engenheiros do Centro de Tecnologia Aeroespacial de São José dos Campos tem dez unidades de produção. Em 15 anos de existência, todas as 30 mil pás produzidas foram exportadas. Não havia nenhuma pá da Tecsis girando em usinas brasileiras até o início deste mês, quando os equipamentos foram inaugurados num parque eólico da Impsa.
"Já tive a oportunidade de ver nossas pás em operação no Japão, nos EUA, na Europa, e era uma frustração não vender para o Brasil", diz o presidente da Tecsis Bento Koike. "Nossos clientes não olhavam para esse mercado, porque não interessava." Agora, a situação mudou. Cerca de 85% dos projetos contratados nos dois leilões terão pás da Tecsis. Para atender à demanda brasileira, a empresa vai montar uma fábrica no complexo industrial de Suape, em Pernambuco. 

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Usina Eólica de Água Doce - Palmas PR

Copa do Mundo - Iluminação pública traz oportunidades de mercado

Copa do Mundo e Olimpíada deverão iniciar movimento de substituição de lâmpadas no país
O nível de eficiência econômica das lâmpadas que utilizam o diodo emissor de luz (Led) já é competitivo no Brasil. Segundo Carlos Eduardo Uchôa Fagundes, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), a fabricação do Led hoje é bastante concentrada e passa por escala mundial, mas o custo-benefício do produto já pode viabilizar a produção no país, especialmente no  que se refere à iluminação pública, que necessita de lâmpadas de alta durabilidade.
Enquanto uma lâmpada incandescente dura aproximadamente mil horas e uma fluorescente pode chegar a 10 mil horas, a Led vai de 25 mil a até 100 mil horas — neste último caso, a longevidade foi obtida em laboratório em condições ideais, diz o diretor-executivo da Abilux Marco Martins Poli. O executivo afirma que um dos fatores que afetam a durabilidade é o liga-desliga, e no caso da iluminação pública calcula em cerca de 60 mil horas a vida útil da Led. No dia a dia das residências, essa durabilidade cairia pela metade. Outra vantagem destacada é não ter mercúrio e não produzir calor. 
Para Poli, a nacionalização do produto pode se dar por etapas, com parte da produção local, mas deve ganhar outra escala com a fabricação de semicondutores no país. De acordo com o Plano Nacional de Iluminação, está previsto o estudo direcionado à etiquetagem de lâmpada Led no país em 2011, informou o Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial
(Inmetro).
O plano engloba a área de normas técnicas, desenvolvimento e tecnologia, conquista de novos mercados e treinamento, e deve dar um novo fôlego à produção brasileira, na avaliação de Uchôa Fagundes. “Toda a América Latina é mercado para nós. Também temos espaço nos Estados Unidos, na Europa e no Oriente Médio.”
Para Uchôa, com o aquecimento do mercado e o surgimento de novas tecnologias, muitas empresas têm manifestado o interesse em instalar fábricas no Brasil, inclusive retornando do mercado chinês. “O Brasil tem algumas vantagens econômicas, mão de obra especializada e um mercado potencial fantástico, alavancado pela Copa do Mundo e pelas Olimpíadas.”
O presidente da Abilux destaca ainda que considera positiva a chegada de novos concorrentes no mercado brasileiro. “Eu acho uma concorrência muito mais saudável que um produto que antes era importado de outros países, às vezes até mesmo de forma irregular, passe a ser fabricado aqui com os mesmos custos de matéria-prima, logística e infraestrutura.”
Fonte: Brasil Econômico - Autor: Priscila Machado

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Atlas do Potencial Eólico Brasileiro

O Atlas do Potencial Eólico Brasileiro cobre todo o território nacional. Seu objetivo é fornecer informações para capacitar tomadores de decisão na identificação de áreas adequadas para aproveitamentos eólio-elétricos.

No mundo, a geração eólio-elétrica expandiu-se de forma acelerada ao longo da última década, atingindo a escala de gigawatts. Um dos fatores limitantes para empreendimentos eólicos tem sido a falta de dados consistentes e confiáveis. Uma parte significativa dos registros anemométricos disponíveis pode ser mascarada por influências aerodinâmicas de obstáculos, relevo e rugosidade. A disponibilidade de dados representativos é importante no caso brasileiro, que ainda não explorou esse recurso abundante e renovável de forma expressiva.
O Atlas do Potencial Eólico Brasileiro apresenta mapas temáticos dos regimes médios de vento (velocidade, direções predominantes e parâmetros estatísticos de Weibull) e fluxos de potência eólica na altura de 50m, na resolução horizontal de 1km x 1km, para todo o País.
Este programa possibilita a visualização de dados de velocidade média sazonal de pontos próximos as coordenadas geográficas apresentadas pelo usuário.
Busca por Coordenadas
A consulta dos dados é realizada a partir das coordenadas geográficas (latitude e longitude) do ponto de interesse. O formato númerico de entrada das coordenadas geográficas pode ser feita em graus decimais (00.00°) ou graus, minutos e segundos (00°00'00"), selecionando a opção desejada no formulário.
Busca por Coordenadas - Acesse o site do CRESESB: Clique aqui!
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

China é o país mais atraente para investimentos em energia renovável, aponta estudo

Análise da Ernst & Young afirma que país ultrapassou os Estados Unidos devido aos fortes incentivos do governo na área.
Da redação



A China deixou para trás os Estados Unidos e aparece hoje como o mercado mais atraente para investidores interessados em fontes renováveis de energia.
A conclusão é do estudo Renewable Energy Country Atractiveness Indices, publicado pela consultoria Ernst & Young. A companhia destaca que os chineses entraram para o informe, publicado trimestralmente, no final de 2004 e, desde então, escalaram rapidamente o ranking rumo às primeiras posições. No último relatório, divulgado em junho, o país já estava praticamente empatado com os Estados Unidos na primeira colocação.
A análise destaca que o avanço progressivo do país foi favorecido pelo "apoio incondicional de seu governo" ao desenvolvimento da energia limpa. Também são colocados como fatores importantes o forte compromisso da indústria local com a causa e o potencial dos recursos naturais do país.
Ao mesmo tempo, os Estados Unidos ajudaram os chineses ao perder pontos no índice após atraso na entrada em vigor de um fundo prometido para o incentivo às fontes renováveis. A Ernst & Young prevê uma desaceleração na construção de novos empreendimentos no país. A possibilidade de queda é atribuída ao iminente vencimento de um programa de subsídios do Tesouro às renováveis, que termina em dezembro. Segundo a consultoria, não há sinais seguros de que a medida vá ser prolongada, o que causa incertezas nos investidores.
Outros mercados consagrados para as fontes de energia limpa também perderam pontos na última edição do estudo. A Espanha, por exemplo, aparece na oitava posição e é apontada como um país que mostra "sinais de debilidade" no potencial de investimentos. O resultado é atribuído às atuais discussões sobre as tarifas pagas à energia fotovoltaica e mudanças nos regimes de subsídios. A Ernst & Young afirrma que o cenário tem um efeito prejudicial significativo para os espanhóis, refletindo o crescente risco regulatório para os aportes de recursos.
A Alemanha também perdeu uma posição na lista depois de anunciar cortes nas tarifas remuneradoras de usinas solares fotovoltaicas, estabelecidas para frear a implantação de novas plantas após uma expansão massiva do setor na primeira metade do ano. A Índia também perdeu pontos or ter exigido o uso de equipamentos locais em seu plano de investimento solar. Para os consultores, a medida pode fracassar devido à falta de capacidade desses fabricantes indianos para atender a demanda interna, o que tornaria difícil o país cumprir seus ambiciosos planos na área solar.
Por outro lado, Austrália, Japão e Nova Zelândia avançaram devido à aplicação de políticas públicas para reduzir as emissões de carbono, o que torna o ambiente nesses países mais favorável ao desenvolvimento de empreendimentos de energia limpa. 

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Volkswagen do Brasil investirá R$ 143 mi para construção de hidrelétrica

Agência Estado
SÃO PAULO - A Volkswagen do Brasil anunciou que investirá R$ 143 milhões na construção de uma segunda Pequena Central Hidrelétrica (PCH). A usina, com inauguração prevista para 2013, terá capacidade instalada de 25,5 MW/h, com três turbinas, gerando 22,1 mil toneladas de crédito de carbono por ano, segundo a empresa.
Em nota a companhia informa que a sua primeira PCH, em operação desde março de 2010, é a Central Elétrica Anhanguera S.A. (Celan), resultado de uma parceria entre a Volkswagen, a Seband e a Pleuston, construída no rio Sapucaí, um afluente do rio Grande, entre as cidades de São Joaquim da Barra e Guará (SP). A unidade já em operação tem uma capacidade instalada de 22,68 MW/h e possui um potencial de geração anual de 18,3 mil toneladas de crédito de carbono.
A futura PCH, por sua vez, ficará próxima à Celan. Juntas, as duas usinas totalizam um investimento de R$ 273 milhões. Para o presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall, os investimentos mostram a preocupação da empresa no desenvolvimento de alternativas de energia geradas por fontes limpas e renováveis. Segundo ele, a sustentabilidade é um dos objetivos estratégicos da empresa.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Vestas inaugura a maior fábrica de torres eólicas do mundo

Companhia dinamarquesa também inaugura centro de P&D na China
Por Milton Leal


A Vesta Towers, subsidiária da multinacional dinamarquesa Vestas, uma das maiores fabricantes de aerogeradores do mundo, inaugurou na última quarta-feira (13/10) aquela que é a maior fábrica de torres eólicas do mundo.

A nova planta, localizada na cidade de Pueblo, no estado americano do Colorado, tem capacidade de produzir quase 1.100 torres por ano.
Cerca de 400 empregos serão gerados pela indústria, que poderá processa até 200 mil toneladas de aço por ano, o que equivale a 28 torres Eiffel. O objetivo da fábrica é atender a crescente demanda por energia eólica registrada nos últimos anos nos Estados Unidos, bem como no Canadá e México.
A empresa também anunciou nessa semana a inauguração de um centro de pesquisa e desenvolvimento em energia eólica na cidade chinesa de Pequim. Este é o primeiro laboratório instalado por uma player ocidental no país asiático.
A Vestas pretende investir cerca de US$50 milhões no centro dentro dos próximos cinco anos. O número de pesquisadores e engenheiros especialistas deve chegar a 200 até 2012, segundo comunicado oficial da companhia.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Construção de Trilhos !

Construção de Trilhos !

Associação defende que o setor pode gerar 3 milhões de novos empregos
Da redação


A energia gerada a partir dos ventos tem capacidade para responder por 12% da demanda mundial em 2020 e por 22% desse consumo em 2030. A previsão consta de estudo divulgado pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês) e pelo Greepeace nesta terça-feira (12/10).
O documento, chamado Global Wind Energy Outlook 2010 (GWEO 2010), afirma que a fonte será um ponto chave para atender o crescente consumo de energia do mundo e ao mesmo temo evitar as emissões de gases ligados ao efeito estufa. Essa redução nas emissões seria de 34 bilhões de toneladas nos próximos vinte anos.
Os especialistas também acreditam no desenvolvimento eólico como um fator para aquecer a economia. Segundo os cálculos apresentados, a indústria da energia verde já ocupa mais de 600 mil pessoas no mundo, entre empregos diretos e indiretos. A expectativa é que, até 2030, o número de vagas abertas pela indústria do vento ultrapasse as três milhões em todo o globo.
"Em 2030, o mercado pode ser três vezes maior do que hoje, levando a investimentos de 202 bilhões de euros. (Isso significaria) uma nova turbina eólica (sendo instalada) a cada sete minutos", analisa Sven Teske, especialista sênior em energia do Greenpeace. Segundo ele, hoje a taxa de crescimento da indústria é de uma nova turbina a cada meia hora - sendo que, destas, uma é instalada na China.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Projetos combinam smart grid com telefonia móvel e TV

:: Luís Osvaldo Grossmann
::
Convergência Digital 
Projetos em desenvolvimento no Brasil sugerem que as aplicações do smart grid - a rede inteligente de energia elétrica - farão uso de diferentes tecnologias de telecomunicações, desde a telefonia móvel até a TV Digital. As soluções aos consumidores, no entanto, vão depender do caminho escolhido pelas diferentes distribuidoras de energia, de olho no modelo de negócios mais interessante para cada região. 


Tome-se o exemplo da Cemig e da Light, cuja abordagem parte do desenvolvimento de um medidor eletrônico que permita o acompanhamento do consumo e a gestão mais eficiente do uso doméstico da energia elétrica. Além de buscar um equipamento com custo mais baixo que os similares importados, o projeto considera apresentar as informações via TV Digital.
“As informações poderão ser lidas pelo conversor e a TV Digital seria a interface para os consumidores. O desafio é fazer um protótipo com custo muito inferior aos equipamentos importados, que estão na faixa de US$ 300 ou US$ 400. Mas com funcionalidades que atraiam os consumidores, porque sem eles os ganhos do smart grid não se justificam”, salienta o coordenador do grupo de smart grid do CPqD, Luiz José Hernandes Júnior.
O CPqD participa das atividades de pesquisa e desenvolvimento desse medidor eletrônico desejado pela Light e pela Cemig, mas Hernandes lembra que a implementação do smart grid no país abrirá diferentes oportunidades de novos negócios com o uso das telecomunicações. “Sabemos que na Europa o smart grid já é utilizado para monitoramento médico. Com o uso de uma pulseira ou um colar é possível detectar até mesmo quedas de um consumidor idoso, por exemplo”, conta.
O uso das telecomunicações também pode se dar com o uso de aparelhos celulares para acionar equipamentos à distância – como iluminação, irrigação ou alarmes. “As funcionalidades vão muito além do serviço anterior [de energia] e com a configuração de uma rede doméstica [home area network] podem ser aportados outros serviços. E os serviços agregados vão surgir naturalmente com o desenvolvimento da tecnologia e a partir dos modelos de negócios adotados”, completa Hernandes.
O CPqD, no entanto, calcula que ainda é cedo para apostar em uma tecnologia dominante para o smart grid. Diferentes soluções – seja com PLC, Zigbee, WiFi, WiMAX ou RF Mesh – serão adotadas a partir das premissas de cada distribuidora de energia. “O PLC, com uso de banda estreita, pode ser uma boa solução para regiões isoladas. Já naquelas com altíssima concentração de clientes a tendência deve ser o uso de redes próprias, com backhaul ou WiMAX”, avalia o coordenador do CPqD. 
Fonte: www.convergenciavirtual.uol.com.br

Google integra projeto de energia eólica de US$ 5 bi nos EUA

O Google decidiu colocar recursos em um projeto de 5 bilhões de dólares que prevê a instalação de uma linha de transmissão de energia elétrica que interligará usinas eólicas construídas no mar à populosa costa leste dos Estados Unidos.
A decisão, que surge em um momento no qual uma dezena de projetos de energia eólica foram propostos na costa leste dos EUA, sem que nenhum deles tenha sido construído, marca a mais recente incursão do gigante das buscas online em negócios distantes da origem da empresa, e acompanha investimentos em energia solar e planos para desenvolver um carro que não precisa de motorista.
O Google, que tem cerca de 30 bilhões de dólares em caixa, não informou quanto investiu para comprar 37,5 por cento de participação no projeto, o Atlantic Wind Connection, mas os projetistas disseram que a rodada inicial de financiamento chegou às dezenas de milhões de dólares.
A Marubeni, do Japão, e a Good Energies, uma empresa de investimento de Nova York, se uniram ao Google no financiamento da rede elétrica submarina de 563 quilômetros, que será instalada pela Trans-Elect, uma empresa especializada em linhas de transmissão de energia.
O cabo ajudará os envolvidos em projetos de energia eólica marinha a superar seu principal desafio em termos de custos: como conectar suas turbinas à rede elétrica de uma maneira que permita vender a energia produzida pelo vento no mar a múltiplos clientes.
"Isso servirá como uma via expressa para a energia limpa, com rampas de acesso para os complexos eólicos e capacidade de expansão inteligente", disse Rick Needham, diretor de operações ecológicas do Google, em entrevista coletiva em Washington. "Podemos ajudar a acelerar a criação de um setor industrial capaz de fornecer milhares de empregos."
O investimento inicial das empresas no projeto será de dezenas de milhões de dólares, disseram executivos em conversa telefônica com jornalistas.
A Trans-Elect antecipa que o primeiro segmento do projeto, cuja construção deve começar em 2013, custe 1,8 bilhão de dólares.
O Google descreveu sua participação inicial de 37,5 por cento no projeto como "estágio inicial", deixando aberta a possibilidade de que outros investidores ou financiadores participem da construção em si.
Apesar da indústria de energia renovável ter recebido bem o projeto, alguns citam que a linha de transmissão ligando o continente às turbinas no mar é apenas um de muitos obstáculos enfrentados pelo setor. Há ainda uma complexa série de permissões governamentais que tem atrasado projetos por quase uma década e falta de clareza num marco regulatório para energia e política ambiental em Washington, onde o Congresso dos EUA não parece propenso a aprovar ainda no mandato do presidente Barack Obama um amplo projeto sobre o clima.
A falta de espaço para turbinas eólicas na densamente povoada costa leste dos Estados Unidos tem incentivado planos para a instalação de turbinas no mar. O projeto do cabo que recebeu apoio do Google será capaz de transmitir cerca de 6 gigawatts de eletricidade, suficiente para atender cerca de 1,9 milhão de residências.
O projeto envolve apenas a linha de transmissão, o que significa que outros investidores terão que financiar e construir as turbinas eólicas. 

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Modernização da rede elétrica

Um passo para a modernização da rede elétrica nacional está sendo dado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com a abertura da audiência pública - que se estenderá até dezembro - sobre o modelo de medidor eletrônico de consumo de energia elétrica que substituirá os medidores analógicos (eletromecânicos) em uso atualmente. Com os novos medidores, chamados de "inteligentes", consumidores e concessionárias do setor elétrico terão informações precisas e instantâneas sobre o consumo e poderão se beneficiar disso.
A intenção do governo é criar tarifas diferentes para determinados horários, mais altas no período de consumo mais intenso e mais baixas nos demais, como já ocorre com as tarifas de telefone. Com o medidor eletrônico, o consumidor poderá verificar quanto está pagando pela energia a cada momento e, desse modo, poderá programar o uso dos equipamentos que mais consomem energia elétrica nos períodos de tarifa mais baixa. Se ele adotar esse comportamento, será reduzido o risco de sobrecarga do sistema de transmissão nos horários de pico e poderá cair o custo da conta de luz.
O medidor registrará também as falhas do sistema, indicando quantas vezes o fornecimento foi interrompido num determinado período e quanto tempo durou a interrupção, para que o consumidor possa saber o valor do desconto a que tem direito em sua conta.
Para as empresas concessionárias, os novos medidores serão ainda mais úteis. Com eles, o consumo poderá ser medido a distância, o que dispensará o trabalho de enviar um funcionário de casa em casa para fazer a leitura dos medidores e, com base nessa leitura, calcular o valor da conta. A concessionária poderá também suspender por controle remoto o fornecimento a um consumidor inadimplente e restabelecê-lo da mesma forma, tão logo a conta tenha sido quitada.
O fato de os novos medidores poderem ser instalados em postes, e não necessariamente na entrada da residência, como é feito atualmente, dificultará as fraudes - como os "gatos" (ligações clandestinas para o furto de energia).
Na primeira etapa, os medidores eletrônicos serão instalados em novas residências ou para substituir os atuais que quebrarem. O custo da instalação será diluído na conta de luz. Só depois se pensará em substituição dos demais. A intenção do governo é instalar os novos medidores em todos os 63 milhões de domicílios urbanos do País. Mas isso levará muito tempo - não há, ainda, prazo definido para a substituição de todos os medidores analógicos.
Mas mesmo a instalação dos primeiros medidores "inteligentes" ainda depende de muitas etapas. A primeira é a audiência pública, para definir o padrão e as características desse medidor (várias empresas já produzem medidores eletrônicos, mas com características que não preenchem todas as especificações propostas pela Aneel).
As regras para a primeira etapa deverão estar definidas no primeiro semestre de 2012. Deverá ser concedido prazo de 18 meses para as concessionárias começarem a instalar os medidores inteligentes em residências novas ou para substituir os que quebrarem. Ou seja, só a partir de meados de 2012 eles começarão a operar (algumas concessionárias já foram autorizadas pela Aneel a utilizar medidores eletrônicos, mas com outras especificações).
Quanto à substituição dos atuais, as regras para isso só serão submetidas a audiência pública no segundo semestre do ano que vem. Só então se começará a discutir prazos e critérios para a universalização do medidor eletrônico.
Quando todo o sistema estiver operando com esse equipamento, o Brasil estará preparado para utilizar o que os técnicos do setor chamam de redes inteligentes de distribuição de energia - ou smart grids -, por meio das quais concessionárias e consumidores disporão de informações em tempo real e terão mais liberdade para administrar o uso da energia elétrica, reduzir perdas, controlar o consumo e aumentar a eficiência do sistema.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Obra: Adequação de cabines à Norma - NR-10 - Cliente: Bunge Fertilizantes

Distribuidoras investem em tecnologia e sustentabilidade para combater fraudes

Companhias trabalham para reduzir irregularidades e perdas na rede elétrica
 Por Gabriela Araújo


No Brasil, o trabalho das equipes de inspeção e manutenção para prevenir irregularidades e perdas nas redes elétricas parece não ser suficiente para diminuir tal prática, principalmente quando o assunto são as perdas não-técnicas, os chamados "gatos". Somente em 2009, o País registrou um prejuízo de R$7,8 bilhões ao ano, acumulando 23.399 GWh de perdas não-técnicas de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A saída? Algumas empresas brasileiras apostam em novas tecnologias para identificar as fraudes. Porém, não há uma receita definitiva e a solução depende do perfil social da região em que atuam.
Para a CPFL Energia, o uso de mais de 150 equipes treinadas de fiscalização, programas de eficiência energética e tecnologias de inspeção já trouxeram benefícios para a companhia, que registra hoje 15% de perdas entre seus 6 milhões de clientes do interior paulista.
A companhia utiliza desde 2006, entre suas ferramentas tecnológicas, o software Modeler. O sistema numera a base de dados cadastrais e identifica comportamentos de consumo, classe, atividade e a média histórica de cada cliente. A partir das informações geradas a cada número de clientes selecionados, a equipe vai a campo e traz novas informações para a atualização do banco de dados.
De acordo com o gerente de recuperação de energia, Ronaldo Borges Franco, o índice de perdas da empresa já caiu 2% nos últimos seis anos e o controle das fraudes está três vezes mais eficiente. Mas, além da tecnologia, o uso de equipamentos, por mais modernos que sejam, precisa estar aliado a um bom trabalho dos técnicos de inspeção. “A valorização da equipe, o preparo e o diagnóstico em campo são fundamentais. A equipe tem que estar atualizada, atuando com segurança e preparada para dar as devidas orientações. Então é uma cadeia muito interessante, muito complexa. A informação que retorna, depois da visita ao local, tem que vir com qualidade”, reforça o executivo.
A CPFL atua também com programas de substituição de lâmpadas e aparelhos elétricos de alto consumo por equipamentos mais eficientes, o que totaliza um custo de R$20 milhões em despesas com manutenções e controle dos pontos. Já para a compra de novos equipamentos, troca de medidores, testes, transporte e tecnologia, são investidos anualmente cerca de R$10 milhões.
No caso da Celpa, companhia do Grupo Rede com maior número de perdas e atuante no Estado do Pará, o índice atual é de 31%. Para combater o alto número, a companhia trabalha com um conjunto de ações, focando principalmente em trabalhos sociais, forte fiscalização, comunicação com a sociedade e investimento em novas tecnologias.
Segundo a empresa, são feitas inspeções e combate a consumidores reincidentes. Além disso, a distribuidora realiza a aplicação de redes de distribuição mais robustas com o objetivo de dificultar o desvio de energia. O uso de ferramentas tecnológicas como o Sistema de Medição Centralizada (SMC) e a medição telecomandada em instrumentos de alta tensão dos grandes clientes também são outras saídas encontradas pela companhia.
A Celpa trabalha também com regularização de áreas de invasão, evitando o contágio de roubos nas demais regiões e com projetos de performance com parceiros, auxiliando na inspeção e cobrança da quantidade fraudada. Com tantas medidas em andamento, a empresa já registrou queda de 1,3% nas perdas em relação a março deste ano. A meta para 2013 é de 23,07%, número abaixo da meta prevista pela Aneel. “Para isso nós criamos um programa de investimento grande, prevemos investir R$248 milhões entre 2010 e 2013, basicamente investindo em tecnologia, regularização de invasão e medição eletrônica”, ressalta o diretor da Celpa, Otávio Rennó.
A companhia concentra o maior número de perdas devido à grande complexidade social presente no Pará, resultado de um crescimento urbano desordenado, da violência e de condições socioeconômicas desfavoráveis, o que facilita a propagação das irregularidades e dificulta a atuação das equipes de inspeção e manutenção principalmente na região de Belém, capital do Estado.
O uso da medição centralizada trouxe maior confiança para a empresa. Hoje, são 60 mil medidores instalados que enviam por radiofrequência dados captados na leitura dos postes até o sistema comercial. São medições instaladas apenas nos postes e que dificultam o acesso da população até eles. “Apesar de ter um custo significativo, o retorno é satisfatório. Temos instalado desde o ano passado e até o final do ano vamos chegar a 100 mil medidores”, analisa Rennó.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Projetos sustentáveis nas grandes metrópoles

A tendência de uma densidade urbana mais alta para os próximos anos pede projetos sustentáveis para as grandes metrópoles 
Camila Braga

Repensar as grandes metrópoles de alta densidade urbana é um tema urgente

A migração das áreas rurais para as áreas urbanas e o consequente crescimento das cidades foi um dos temas que dominaram o II Simpósio Internacional de Sustentabilidade em Arquitetura e Urbanismo (Sisau), promovido pela Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea). O arquiteto Bruno Moser, do escritório Foster and Partners, do Reino Unido, quantifica a questão: “até 2030, 1 bilhão de pessoas estarão vivendo em cidades na China. Isso significa que serão necessárias muitas construções para abrigar tanta gente. Estima-se que serão construídos 50 mil arranha-céus nesse tempo – dez vezes mais que Nova Iorque”.
Este ponto influi diretamente na questão da densidade urbana. Essa densidade representa o número de habitantes ou habitações por uma unidade de terra – geralmente utiliza-se hectare como referência em áreas urbanas. Nas grandes metrópoles, a densidade fica mais alta quanto mais próximo ao centro e, por conseguinte, mais próximo das facilidades de comércio, economia, educação e serviços.
“Para resolver essa questão é necessário pensar o urbanismo de um modo diferente daquele praticado até agora. Se faz necessário que engenheiros, arquitetos, urbanistas, políticos e planejadores de um modo geral entendam que a sustentabilidade significa o habitar aqui e agora. E habitar com qualidade em uma cidade acessível”, completa Moser.
Mobilidade urbana
Repensar as grandes metrópoles de alta densidade urbana é um tema urgente
Quanto maior a densidade urbana, mais complicada é a locomoção dentro dos espaços urbanos. A mobilidade urbana foi outro tema levantado por Bruno Moser durante sua apresentação, que comparou os diferentes meios de transporte: “um ônibus pode substituir 35 carros. Um trem então, até mil carros, isso sem mencionar os aspectos de consumo de energia, de ocupação de espaço. Às vezes, andar 7 km a pé é mais rápido que se deslocar com veículos e achar lugar para estacionar”.
Moser falou ainda sobre a percepção do uso do carro em diferentes metrópoles: “numa comparação, 88,5% das viagens de curto trajeto (entre 5 e 15 km) nos EUA são feitas por carro. Já na China, 65% das viagens são feitas de bicicletas ou caminhando”.
Não só na China o uso da bicicleta é incentivado. As principais cidades da Europa, como Paris, Barcelona, Roma e Londres, possuem sistemas em que a bicicleta é serviço público e é possível retirá-la num ponto da cidade e devolvê-la em outro, utilizando as ciclo-faixas da cidade. Em relação ao Brasil, onde as distâncias são maiores, Bruno acredita que o ideal seria prover mobilidade onde há alta concentração populacional, ao invés de implantar na cidade toda.
Projetos internacionais sustentáveis
Para atender a essa demanda de crescimento das cidades de maneira sustentável, Bruno Moser mostrou alguns dos principais projetos desenvolvidos pelo escritório Foster and Partners em todo o mundo, como a Trafalgar Square, em Londres, que foi fechada ao tráfego, possibilitando um maior acesso dos pedestres à National Gallery e à praça em geral.
Outro projeto de destaque do escritório apresentado no simpósio foi o City Park, em Hong Kong, projetado para que as pessoas mudem a maneira como vivenciam a cidade, segundo o arquiteto. Com 23 hectares de dimensão, o parque abrigará espaços públicos e privados, com foco na sustentabilidade. Na opinião de Moser, o foco é atrair a atividade cultural e “não ser um espaço para que as pessoas tenham que pagar para entrar”. 
Mais sobre esse grandioso projeto, acesse: 
Entrevistado
Bruno Moser

>> Currículo
- Sócio do escritório Foster and Partners, do Reino Unido.
- Mestre em arquitetura pela Eidgenössische Technische Hochschule Zürich – ETH.
- Integra a equipe de carbono neutro no projeto Masdar, em Abu Dhabi, Emirados Árabes.
Contato:
http://www.fosterandpartners.com
Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Nexans Ficap e Light testarão cabo de energia inédito no Brasil

Com custo 30% inferior aos cabos comuns, produto transmite até 100% mais energia
Por Milton Leal, de São Paulo.


A Nexans Ficap, fabricante de cabos de energia, e a Light, distribuidora que atende a cidade do Rio de Janeiro e outros municípios no Estado, implementarão até fevereiro do ano que vem um projeto piloto de um cabo de distribuição de energia com tecnologia que evita o surgimento de "flechas", jargão técnico utilizado para designar a dilatação do núcleo do cabo, que culmina com o afrouxamento das linhas de distribuição e coloca em risco a segurança das pessoas que passam por baixo das instalações.
O novo cabo, denominado Lo-Sag (que significa baixas flechas), foi desenvolvido com a participação de pesquisadores brasileiros da Nexans e dos centros de competência da Bélgica e França. Inicialmente, o cabo de 138kV será implantado em um quilômetro da linha Cascadura-Grajaú 2, localizada na zona norte da cidade carioca. "Estamos testando esse produto há cinco anos e podemos produzi-lo em tensões de até 600kV", conta o gerente de engenharia e aplicações e gerente do centro de competência de linhas de transmissão aéreas da fabricante, Sidnei Ueda. O executivo participou de coletiva de imprensa nesta quarta-feira (6/10), em São Paulo.
De acordo com ele, o novo equipamento é apropriado para recapacitação de linhas, pois transmite até 100% mais energia que os cabos comuns. Isso só é possível, segundo o especialista, porque o núcleo do cabo é feito de fibra de carbono, enquanto que os outros cabos possuem alma de aço. "A fibra de carbono é 50% mais resistente e tem 25% da densidade do aço. Por ser mais leve, ele evita a formação de flechas", explica Ueda.
O custo do novo produto é 30% inferior a um cabo comum. Foi necessário 1 milhão de euros para o desenvolvimento da tecnologia que, apesar de já ter sido desenvolvida por outros fornecedores, nunca foi instalada no Brasil. Ueda afirma que, se aprovado e demandado pelas distribuidoras, o produto poderá ser fabricando na unidade de Americana, no interior de São Paulo, da Nexans Ficap.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Energia sustentável e lucrativa

Usar a energia do vento para produzir eletricidade tem se revelado uma das soluções mais promissoras quandos e fala de energia limpa, verde e renovável. E a indústria tem apostado no desenvolvimento dessa tecnologia, acreditando que o resultado será um mundo melhor no futuro e um bom mercado desde já.

O governo alemão, por exemplo, quer modificar a matriz energética do país para que a energia eólica atenda 15% das suas necessidades energéticas em 2030. Especialmente promissores são os mercados da Índia, Estados Unidos e China e, de maneira geral, as indústrias do setor que trabalham com crescimentos da ordem de dois dígitos, que consideram realista mesmo em ambiente econômico turbulento.

A energia eólica é a conversão da energia do vento em eletricidade, obtida por meio de turbinas que convertem a energia cinética do vento em energia elétrica. Essa conversão, de maneira geral, obedece à uma rotina padrão. O vento faz girar as lâminas de um rotor. Este rotor, com suas lâminas e o hub que as solidariza, giram em um eixo de baixa velocidade, entre 30 e 60 rpm. O eixo de baixa velocidade, por sua vez, conecta-se a 2 ou 3 caixas de mudança que elevam a rotação para cerca de 1 mil a 1,8 mil rpm, em um eixo de alta rotação. Essa é a rotação que a maioria dos geradores eólicos exige para produzir eletricidade. O eixo de alta velocidade aciona o gerador que produz a eletricidade. Um processo limpo, ambientalmente seguro e renovável.

Turbinas eólicas em uso variam de 500 kW até 6 MW. As turbinas de maior capacidade têm sido agrupadas em campos de vento que geram grandes quantidades de energia para comercialização no mercado. A maioria das turbinas eólicas comercialmente disponíveis hoje em dia é fabricada de acordo com o projeto dinamarquês: eixos horizontais, rotor de três lâminas e um sistema que mantém o rotor orientado para a direção do vento.

A quantidade de energia produzida pela turbina eólica depende da velocidade do vento. Ela começa a gerar energia em velocidades de aproximadamente 4 m/s. Como a velocidade do vento aumenta com a altura, as turbinas são montadas sobre torres de aproximadamente 30 metros de altura, garantindo acesso a maior energia eólica.

Ao contrário de outras indústrias, as turbinas eólicas operam sem supervisão direta. Os componentes são levados ao alto da torre e lá podem permanecer por seis meses antes da primeira manutenção. Elas operam sob diferentes condições climáticas, incluindo condições extremas como 100% de umidade e temperaturas ambientes que podem variar de -40°C a 85°C. Seus componentes elétricos devem ser capazes de suportar altos surtos de voltagem e estar imunes a ruídos elétricos que podem irradiar-se dos geradores e comutadores da rede. A proteção das turbinas eólicas com para-raios revela como a questão da segurança é crítica.

Para que as turbinas se mantenham operacionais e seguras, os componentes precisam ser cuidadosamente monitorados e protegidos. Um aspecto da segurança das turbinas é o seu sistema de controle. Sem ele, as turbinas vão exceder as capacidades para as quais foram construídas durante grandes ventanias. Velocidades que excedam as especificações da turbina danificam os componentes], e o sistema de segurança deve ser capaz de rapidamente recuperar o controle e parar a turbina. Isso é obtido, primariamente, através de um sistema aerodinâmico de freios que impede as lâminas do rotor de aumentar a potência.

O sistema de controle da turbina eólica desempenha múltiplas funções: participa de praticamente todos os processos de decisão relativos à segurança, supervisiona o desempenho normal da turbina, monitora centenas de funções, reúne medições estatísticas, comunica-se com os operadores e provê informações internas. Esse sistema de controle consiste de computadores que monitoram as condições das turbinas ao mesmo tempo que controlam comutadores, válvulas, bombas hidráulicas, etc. Devido ao difícil acesso aos componentes, é vital que os controladores sejam capazes de monitoramento interno e autorregulação.

Existem controladores na base da torre bem como na nacele, no topo da torre. Um terceiro controlador pode ser encontrado nas turbinas mais modernas. Sensores são empregados para acompanhar cerca de 500 parâmetros nas turbinas modernas. Alguns exemplos: voltagem do gerador e frequência da corrente, velocidade de rotação do eixo de baixa e alta rotação, ângulos de rotação de cada lâmina, vibração na nacele, nas lâminas e nos rolamentos, temperatura externa e temperaturas de componentes eletrônicos e temperatura do óleo nas caixas de mudança.

Melhores componentes
A indústria pesquisa e introduz novos avanços na tecnologia envolvida nesse processo de geração energética. Os sistemas de rolamentos para as turbinas, por exemplo, ganharam versões feitas de uma borracha anticorrosão, mais flexível, com melhor vedação e de maior durabilidade.

A qualidade dos componentes é de importância decisiva para os projetos de geração eólica. A eficiência das turbinas depende da manutenção e da vida útil dos componentes, geralmente expostos a ambientes hostis nas áreas costeiras ou dentro do mar. Neste último caso, a vida útil é especialmente relevante, desde que os serviços de manutenção nas instalações marítimas são muito caros. Os novos rolamentos têm vida útil muito maior e, por consequência, caem as necessidades de manutenção. São também ecoamigáveis, porque reduzem os níveis de ruído.

A indústria trabalha ainda no controle das vibrações das turbinas. Sistemas de suspensão passiva têm aplicações limitadas quando as condições do ambiente são muito variáveis. Eles precisam ser complementados por sistemas de suspensão ativos, que podem compensar um espectro maior de frequência. O princípio desse sistema ativo está baseado na captação da energia elétrica que um atuador utiliza para gerar vibrações compensatórias.

A crescente ampliação dos campos de geração de energia eólica e da capacidade das turbinas aumentou a voltagem operacional dos campos de geração eólica e também a necessidade de manter as perdas na transmissão nos menores níveis possíveis. Para atender essas necessidades surgiram os switchgears isolados a gás, que podem ser facilmente instalados na torre das turbinas.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Reciclagem de energia magnética reduz consumo de eletricidade

Pesquisadores japoneses e norte-americanos criaram um equipamento capaz de reciclar o campo magnético produzido pela fiação elétrica comum do sistema de iluminação de um prédio.
Testado na fiação que alimenta as lâmpadas de edifícios que precisam ficar iluminados 24 horas por dia, o equipamento gerou uma economia de energia próxima dos 40%.



Reciclagem de energia magnética reduz consumo de eletricidade
Ao reciclar o campo magnético gerado em volta dos fios que alimentam as lâmpadas, o MERS controla o fluxo de eletricidade, minimizando o consumo de energia e maximizando o rendimento das lâmpadas. [Imagem: Office of Naval Research]

Reciclagem do campo magnético
Projetado por engenheiros do Instituto de Tecnologia de Tóquio, o equipamento de recuperação da energia magnética, ou MERS (Magnetic Energy Recovery Switch), está sendo testado e aperfeiçoado em conjunto com o centro de pesquisas da Marinha norte-americana.
Ao reciclar o campo magnético gerado em volta dos fios que alimentam as lâmpadas, o MERS controla o fluxo de eletricidade, minimizando o consumo de energia e maximizando o rendimento das lâmpadas.
De Abril a Junho deste ano os pesquisadores fizeram uma série de experimentos em vários prédios públicos, envolvendo vários tipos de iluminação, inclusive fluorescentes. Os testes mostraram que a tecnologia MERS reduz significativamente o consumo de energia para iluminação.
"Ao final dos testes, verificamos que, com o novo aparelho instalado, houve picos de economia de até 39 por cento", afirma Chandra Curtis, que coordenou os testes. "O dispositivo não apenas economiza energia, como também produz muito menos calor e gera menos interferência eletromagnética do que as tecnologias convencionais."
Com os bons resultados alcançados, o próximo passo será equipar vários escritórios, lavanderias e ginásios para acompanhar o rendimento da tecnologia a longo prazo, o que deverá ser feito a partir de Outubro.
Iluminação pública
Sobre o potencial de uso doméstico da tecnologia, os pesquisadores afirmaram que cerca de 20% dos gastos de energia de uma residência são destinados à iluminação. Com isto, a disseminação do uso da reciclagem da energia magnética dependerá da redução dos custos de fabricação dos equipamentos.
Segundo eles, no presente estágio, a tecnologia é inigualável para aplicação em áreas que exijam que as lâmpadas fiquem acesas por longos períodos, o que ocorre principalmente em prédios públicos, shopping centers, supermercados e grandes empresas.
O equipamento está sendo licenciado para a empresa emergente MERSTech.


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Aerogerador Skystream Como Funciona Energia Eólica Residencial

Bahia oferece facilidades a investidores para montar complexo eólico no Estado

Governo quer atrair fábricas de geradores, pás, torres e outras empresas ligadas ao setor
Por Luciano Costa

Após surgir nos últimos leilões de energia como um dos Estados mais procurados pelos investidores do setor eólico, a Bahia trabalha para aumentar ainda mais sua participação nesse mercado O governo do Estado pretende montar, na região do Pólo Industrial de Camaçari, um complexo eólico que incluiria, além das fábricas de turbinas, produtores de outros componentes, como pás e torres. Empresas de outros ramos ligadas ao setor também estão no alvo, como prestadores de serviço em logística e transportes.
"Estamos atuando em diversas frentes. O objetivo inicial é desenvolver aqui um cluster específico para energia eólica. Queremos uma área bem caracterizada para esse negócio, de onde o equipamento (aerogerador) já saia praticamente pronto", revela o assessor especial da secretaria de indústria, comércio e mineração da Bahia, Rafael Valverde. Para tornar o objetivo realidade, foi reservada uma área de 2 milhões de m² para a instalação desses empreendimentos.
O executivo do governo baiano afirma que estão em andamento conversas com quatro fabricantes de equipamentos, entre elas "empresas importantes", mas que não querem ter seu nome revelado neste estágio. Valverde, porém, adianta que uma das negociações que estão "bastante avançadas" é com a espanhola Gamesa, que atua na produção de aerogeradores.
Para seduzir os investidores, a aposta do Estado é no oferecimento de uma infraestrutura completa. Valverde afirma que a proposta apresentada às empresas inclui o comprometimento do governo de entregar todas a parte de urbanização, com serviços de energia elétrica, gás natural, água e rede de esgoto, prontas para os interessados. Além disso, ainda estão na pauta benefícios fiscais. Por meio do programa "Desenvolve", os baianos oferecem descontos e facilidades no pagamento do ICMS.
"Estamos apostando muito no desenvolvimento do cluster como uma atividade que vai agregar valor em nossa cadeia produtiva, e não só no desenvolvimento dos parques eólicos em si", explica o assessor do governo. Valverde lembra que a francesa Alstom está acertando os últimos estudos e deve iniciar em 2011 a fabricação de aerogeradores no estado.
"Hoje, os protocolos de intenção assinados na área de energia eólica entre o Estado e investidores estão em R$20 bilhões", destaca Valverde. O executivo afirma que os valores incluem os aportes previstos para parques eólicos no estado - incluídos aí os que já venderam energia em leilões e os que ainda são apenas projeto - e para a instalação de fábricas locais. 

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Fiação elétrica funciona como antena para casa inteligente

Redação do Site Inovação Tecnológica - 01/10/2010

Fiação elétrica funciona como antena para casa inteligente
Fios enrolados ao redor dos sensores servem como antenas de transmissão. A fiação elétrica da residência funciona como antena de recepção, levando os dados até a central de processamento.[Imagem: Gabe Cohn/University of Washington]
A tecnologia logo tornará realidade um antigo ditado popular: as paredes realmente terão ouvidos.
E poderão contar alguns segredos interessantes para os donos da casa: uma janela aberta deixando escapar o ar condicionado, um vazamento de água ainda imperceptível, a mudança brusca de temperatura lá fora, e muitos mais.
Sensações caseiras
Tudo o que uma casa precisa para se tornar uma casa inteligente são "sensações". E essas sensações são produzidas por sensores que fazem medições continuamente.
Em seguida, essas medições precisam ser enviadas a uma central que as processe e gere informações úteis para os moradores ou, principalmente, em gatilhos para o acionamento automático de comodidades, como ligar e desligar o ar-condicionado ou o aquecedor, abrir e fechar cortinas e janelas, acionar o aquecedor elétrico quando o tempo fica nublado, e assim por diante.
Agora, um grupo de pesquisadores norte-americanos criou um novo tipo de sensor que usa a fiação elétrica de uma casa como uma gigantesca antena, capaz de captar as informações dos diversos sensores espalhados pela residência e pelo seu entorno.
A central de monitoramento é também conectada à rede elétrica, de onde retira os sinais dos sensores e faz o seu processamento.
Sensores sem fios
Sensores que monitoram temperatura, umidade, nível de iluminação, qualidade do ar, etc, são equipamentos simples e baratos e que consomem pouquíssima energia para coletar os dados. Mas a energia necessária para transmitir esses dados é muito grande.
"Quando você olha para o sensoriamento doméstico e para a automação residencial em geral, é possível ver que a tecnologia ainda não decolou", afirma o Dr. Shwetak Patel, da Universidade de Washington. "A tecnologia existente ainda consome energia demais e não é tão fácil de implementar como gostaríamos que fosse."
Isto ocorre em grande parte porque os equipamentos sem fios de hoje têm um alcance de apenas alguns metros, e consomem tanta energia que exigem constantes trocas das suas baterias.
A saída encontrada pela equipe do Dr. Patel foi usar a fiação elétrica como uma gigantesca antena, capaz de receber sinais dos sensores sem fios em uma frequência definida.
Enquanto os sistemas sem fios de automação doméstica atuais têm problemas para enviar sinais através das paredes, diminuindo muito sua praticidade, este sistema na verdade opera melhor em torno das paredes, porque é em seu interior que está a antena.
Uma bateria para 50 anos
Cada sensor é dotado de sua própria antena de transmissão, que pode ser tão simples quanto um fio de cobre enrolado ao seu redor.
Como a antena de recepção está efetivamente espalhada por toda a casa, os sensores podem transmitir com potência muito baixa, economizando suas baterias - o sistema opera com menos de 1 por cento da potência de transmissão de dados em comparação com o próximo modelo mais eficiente disponível.
Ainda assim, os sensores têm um alcance que permite sua instalação a até 15 metros da fiação mais próxima.
Consumindo por volta de 1 miliwatt de energia, cada sensor pode funcionar com uma bateria do tipo botão por cerca de 50 anos - provavelmente a bateria terá que ser trocada antes disso, mas porque irá se deteriorar e não por falta de energia.
Tendo atingido níveis tão baixos de energia, os pesquisadores agora querem eliminar de vez as baterias, fazendo os sensores funcionarem com energia solar - a claridade interna da residência é suficiente - ou por geradores piezoelétricos que aproveitem as vibrações do ambiente para gerar energia.

Reino Unido inaugura maior parque eólico offshore do mundo

Usina de Thanet possui 100 aerogeradores que somam 300MW em capacidade instalada
Da redação

Crédito: Divulgação Vattenfall
A sueca Vattenfall inaugurou oficialmente nesta quinta-feira (23/9) o maior parque eólico offshore - instalado em alto mar - do mundo. O empreendimento, construído na costa sudeste da Inglaterra, no Rio Unido, conta com 100 aerogeradores que totalizam uma potência instalada de 300MW. A usina, que levou dois anos para ser concluída, ocupa uma área de 35km² (o equivalente a 4 mil campos de futebol) com suas tubinas, que ultrapassam 115 metros de altura nos pontos mais elevados.
A cerimônia que marcou o início da operação do parque contou com a presença do CEO da Vattenfall, Oystein Loseth, e do secretário britânico para Energia e Mudança Climática, Chris Huhne. "Esse projeto não teria sido possível sem o apoio ativo do governo britânico e seu compromisso com a energia renovável", destacou Loseth, da Vattenfall.
O secretário Huhme afirmou que, com a nova usina, a capacidade eólica, somando onshore e offshore, do Reno Unido chega a 5GW, o que é suficiente para atender toda a demanda da Escócia, por exemplo. "Nós estamos em uma posição única para nos tornarmos líderes mundiais nessa indústria. Estamos em uma nação que é uma ilha e eu acredito fortemente que devemos aproveitar nossos recursos, como vento, ondas e marés, ao máximo", afirmou Huhme.