segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Brasil aposta em energias renováveis

A busca por soluções sustentáveis no setor energético ganha força com a produção de energia eólica e a construção de novos parques eólicos 
Por: Michel Mello

Aerogerados do Parque Eólico de Água Doce
Chamam-se de energias renováveis aquelas obtidas a partir dos recursos naturais. As fontes destas formas de energias estão baseadas na luz do sol, no vento, nas águas da chuva, fontes térmicas de calor e no movimento de fluxo e refluxo das marés. Também são consideradas renováveis, pois cumprem um ciclo natural e dele são constantemente reabastecidos. Isso quer dizer que as energias renováveis nunca se esgotarão.
Apesar do enorme potencial, o mercado brasileiro investe pouco no segmento de energias renováveis e na diversificação da matriz energética. O Ministério de Minas e Energia indica que o desenvolvimento dessas fontes está em uma nova fase no país. E que a iniciativa tem o caráter estrutural e pretende promover ganhos em escala, aprendizagem técnica-tecnológica e desenvolver a competitividade industrial para os próximos anos.

Detalhe da construção das torres aerogeradores
O Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) tem por objetivo principal financiar, através do suporte do BNDES, projetos de geração de energias a partir dos ventos, energia eólica, das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e a partir de matérias orgânicas para conseguir gerar biomassa.
Em 2009, a capacidade mundial de geração de energia elétrica através da energia eólica foi de aproximadamente 158 gigawatts. O suficiente para abastecer as necessidades básicas de dois países como o Brasil, onde a média nacional foi de 70 gigawatts calculadas em janeiro de 2010. As energias renováveis são alternativas de emissões de baixo carbono na busca por uma matriz energética limpa e menos poluente.
E alternativas existem em todos os segmentos. É o caso da energia eólica que é captada através das pás de aerogeradores. Esta é uma modalidade que cresce globalmente e que apresenta grandes vantagens. A primeira e mais importante é que a energia eólica possui geração zero de emissão de carbono. E apesar do custo inicial, sua manutenção é baixa e não há necessidade de alimentação por combustíveis.
Parques eólicos

Bloco da fundação circular da torre de concreto que possui 98 metros de altura.
A energia eólica é captada através de turbinas localizadas em usinas chamadas de parques eólicos. O Parque Eólico do Horizonte é um investimento privado da EDP Renováveis, e que entrou em funcionamento no ano de 2003. São oito aerogeradores modelo E40 600 KW, com 46 metros de torre mais 23 metros de pá. Sua capacidade de produção é 0,6 MW de energia cada, gerando 4,8 MW no total. Essa produção é suficiente para abastecer, aproximadamente, uma população de 30.000 habitantes por mês.
Já o Parque Eólico Água Doce, também pertencente a holding internacional EDP Renováveis, conta com 15 aerogeradores, modelo E40 600 KW, cada um deles com 63 metros de torre mais 23 metros de pá.
Segundo o mais recente estudo do Centro de Pesquisa em Energia Elétrica (Cepel), do Ministério de Minas e Energia, o potencial eólico do Brasil chega a 143 mil MW, o que equivale a dez usinas de Itaipu. No final de 2007, a potência eólica instalada no país era de 247,5 MW, ou seja, pouco mais de 0,2% do potencial brasileiro e apenas 0,25%, dos 99,7 GW de capacidade total instalada em todo o setor elétrico brasileiro.
Torre sobre dunas
O Complexo de Osório foi inaugurado no final de 2006, como parte do Proinfa. O parque é composto pelas usinas eólicas: Osório, Sangradouro e Índios, nas quais estão instalados 75 aerogeradores modelo E70 de 2000 KW, com torres de concreto de 98 metros de altura.
Tradicionalmente, os aerogeradores eram projetados considerando torres de aço, sejam treliçadas ou cônicas. Entretanto, a Wobben Windpower – empresa responsável pela construção dos aerogeradores ou turbinas eólicas – vem desenvolvendo, há alguns anos, as torres de concreto para seus aerogeradores e têm se mostrado eficazes e seguras.

Fernando Scapol
“A maior dificuldade resolvida também pioneiramente pela Wobben foi instalar torre para aerogeradores sobre dunas. E consideramos um desafio o transporte dos segmentos de concreto que exigem uma carreta para cada segmento, sendo que os primeiros três segmentos foram divididos em duas partes para ser transportado. Isso totalizou 27 carretas para cada torre”, afirma Fernando Scapol, gerente de produção da Wobben, que é responsável também pelas turbinas eólicas dos parques Horizonte e Água Doce.
No caso dos aerogeradores utilizados para o Parque Eólico de Osório, as torres de concreto são protendidas e possuem 25 segmentos: um de aço e 24 de concreto. Na montagem, os segmentos são colocados e, posteriormente, são feitas trações nos cabos de protensão fixados na base de concreto.
As bases de concreto ou bloco de fundação são projetadas de acordo com as características do solo, definidas após a execução das sondagens. Além disso, dependem do potencial eólico do local, definido com o estudo de micrositing, no qual avalia os dados de vento medidos e a topografia do terreno. Com este estudo também é definida a altura de torre mais adequada, dentro dos requisitos de segurança e produção de energia. No Parque de Osório foram utilizadas torres de concreto de 98 metros e blocos de fundação circulares com estacas, devidos as condições do solo local.
Dados complementares: Aerogerador E70 / 2000 KW
- Altura da torre: 98 m
- Material: concreto e aço
- Peso da torre: aprox. 840 toneladas
- Bloco da fundação: circular
- Volume estimado de concreto: 460 m³
- Aço consumido na fundação: 45 toneladas
Entrevistado:
Fernando Scapol
Administrador de empresas com pós-graduação em Produção. Trabalha na Wobben desde 1998 e já atuou como gerente de Produção de Pás, gerente da Garantia da Qualidade e atualmente ocupa o cargo de gerente geral Administrativo.

Copel em busca de parceiros

A Copel anunciou a abertura de chamada pública em busca de parceiros para efetivar sua participação no próximo leilão A-5 de hidrelétricas, que o governo pretende realizar neste semestre.
A estatal paranaense, que esteve no primeiro A-5 do ano, onde venceu a disputa pela concessão da usina de Colíder (300MW), no Mato Grosso, quer encontrar fornecedores de equipamentos e serviços para a implantação dos empreendimentos.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) pretende licitar nesse próximo certame as hidrelétricas Teles Pires, Sinop, São Manoel e Foz do Apiacás, todas na bacia do Teles Pires, além da usina São Roque, no rio Canoas. A Copel afirma que tem interesse em todos esses projetos, além de outros empreendimentos que poderão constar do leilão.
A companhia afirma que iniciará a negociação com os interessados que apresentarem propostas para a formação de pré-contratos e continuará com as conversas após a publicação do edital do certame pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A estatal paranaense já afirmou em diversas vezes que vai comparecer com "ousadia" nos próximos leilões para retomar sua força no setor de geração. As usinas na bacia do Teles Pires, principalmente, estão no alvo da companhia, que aceitou uma taxa de retorno interno bastante abaixo do mercado na UHE Colíder por considerar a presença no projeto estratégica para a disputa das próximas plantas no rio Teles Pires.

Energia eólica é a mais barata do leilão de reserva: R$122,69 por MWh

Fonte surpreende e alcança deságio de 26,5 % em relação ao preço teto


A terceira e última etapa do leilão de reserva, realizada nesta quinta-feira (26/08), foi a mais longa e disputada, chegando ao final após quase cinco horas e meia. E foi também a fase mais surpreendente: ao final do certame, a energia eólica apareceu como a mais barata entre as fontes renováveis, fechando em um preço médio de R$122,69 por MWh - um deságio de 26,5% em relação à tarifa teto estabelecida, que era de R$167 por MWh.
O certame contratou mais 388,7MWmédios, que totalizam 801,7MW em capacidade instalada. A eólica dominou também na quantidade, somando 20 projetos entre os 25 vencedores. O preço médio da concorrência ficou em R$125,07 por MWh. Entre os players, quem se destacou foi a Renova, com 93MWmédios negociados.
A usina mais barata do certame se tornou também o parque eólico mais barato do País. Com energia vendida a R$120,92 por MWh, o projeto Primavera, da PE Cristal, superou o recorde de R$130,43, que havia sido estabelecido nesta mesma quinta-feira pelas plantas Pedra Preta e Costa Branca. No primeiro leilão eólico, realizado em dezembro passado, o preço médio da fonte havia ficado em R$148 por MWh, com a usina mais barata fechando em R$131 por MWh.
“Neste leilão quebramos paradigmas. Sempre trabalhamos com a energia eólica como a mais cara entre as renováveis e ela se ostrou a mais barata”, afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, após o término do evento.
O diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, Nelson Hubner, destacou a presença de “grupos muitos fortes” na disputa e a predominância de agentes privados – uma vez que a presença estatal chegou a ser questionada pelo mercado em outros certames.
Apesar do destaque das usinas eólicas, as outras fontes também tiveram uma baixa significativa frente aos limites de tarifa. As PCHs fecharam o certame com um deságio de 15,6%, chegando a R$130,73 por MWh, abaixo dos R$155 da tarifa teto. Foram duas usinas contratadas, a Inxu (20,6MW) e a São Sebastião (9,9MW).
Já as usinas a biomassa chegaram a R$134,47 por MWh, registrando um deságio de 13,8% em relação ao preço máximo estabelecido, de R$156 por MWh. Três plantas conseguiram superar a concorrência: Pedro Afonso (80MW), São José Colina (83MW) e Quirinópolis (80MW).
A presença de poucas usinas da fonte entre as vencedoras levou o diretor da Aneel, Nelson Hubner, a demonstrar sua insatisfação, afirmando que o setor merece uma “nota baixa”. “Temos insistido muito e feito muitos esforços, como as ICGs (Conexão Compartilhada de Geradoras), que demandaram muito trabalho da EPE (para ajudar a biomassa)”, lembrou Hubner.
Ao todo, foram negociados 58,311 milhões de MWh, o que representa uma movimentação de R$7,29 bilhões. As usinas vencedoras da disputa terão contratos para início de fornecimento em 2013.
Na primeira e na segunda etapa do certame, já haviam sido contratadas plantas para geração de energia em 2011 e 2012, respectivamente.
A terceira e última etapa do leilão de reserva, realizada nesta quinta-feira (26/08), foi a mais longa e disputada, chegando ao final após quase cinco horas e meia. E foi também a fase mais surpreendente: ao final do certame, a energia eólica apareceu como a mais barata entre as fontes renováveis, fechando em um preço médio de R$122,69 por MWh - um deságio de 26,5% em relação à tarifa teto estabelecida, que era de R$167 por MWh.
O certame contratou mais 388,7MWmédios, que totalizam 801,7MW em capacidade instalada. A eólica dominou também na quantidade, somando 20 projetos entre os 25 vencedores. O preço médio da concorrência ficou em R$125,07 por MWh. Entre os players, quem se destacou foi a Renova, com 93MWmédios negociados.
A usina mais barata do certame se tornou também o parque eólico mais barato do País. Com energia vendida a R$120,92 por MWh, o projeto Primavera, da PE Cristal, superou o recorde de R$130,43, que havia sido estabelecido nesta mesma quinta-feira pelas plantas Pedra Preta e Costa Branca. No primeiro leilão eólico, realizado em dezembro passado, o preço médio da fonte havia ficado em R$148 por MWh, com a usina mais barata fechando em R$131 por MWh.
“Neste leilão quebramos paradigmas. Sempre trabalhamos com a energia eólica como a mais cara entre as renováveis e ela se ostrou a mais barata”, afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, após o término do evento.
O diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, Nelson Hubner, destacou a presença de “grupos muitos fortes” na disputa e a predominância de agentes privados – uma vez que a presença estatal chegou a ser questionada pelo mercado em outros certames.
Apesar do destaque das usinas eólicas, as outras fontes também tiveram uma baixa significativa frente aos limites de tarifa. As PCHs fecharam o certame com um deságio de 15,6%, chegando a R$130,73 por MWh, abaixo dos R$155 da tarifa teto. Foram duas usinas contratadas, a Inxu (20,6MW) e a São Sebastião (9,9MW).
Já as usinas a biomassa chegaram a R$134,47 por MWh, registrando um deságio de 13,8% em relação ao preço máximo estabelecido, de R$156 por MWh. Três plantas conseguiram superar a concorrência: Pedro Afonso (80MW), São José Colina (83MW) e Quirinópolis (80MW).
A presença de poucas usinas da fonte entre as vencedoras levou o diretor da Aneel, Nelson Hubner, a demonstrar sua insatisfação, afirmando que o setor merece uma “nota baixa”. “Temos insistido muito e feito muitos esforços, como as ICGs (Conexão Compartilhada de Geradoras), que demandaram muito trabalho da EPE (para ajudar a biomassa)”, lembrou Hubner.
Ao todo, foram negociados 58,311 milhões de MWh, o que representa uma movimentação de R$7,29 bilhões. As usinas vencedoras da disputa terão contratos para início de fornecimento em 2013.
Na primeira e na segunda etapa do certame, já haviam sido contratadas plantas para geração de energia em 2011 e 2012, respectivamente.
A terceira e última etapa do leilão de reserva, realizada nesta quinta-feira (26/08), foi a mais longa e disputada, chegando ao final após quase cinco horas e meia. E foi também a fase mais surpreendente: ao final do certame, a energia eólica apareceu como a mais barata entre as fontes renováveis, fechando em um preço médio de R$122,69 por MWh - um deságio de 26,5% em relação à tarifa teto estabelecida, que era de R$167 por MWh.
O certame contratou mais 388,7MWmédios, que totalizam 801,7MW em capacidade instalada. A eólica dominou também na quantidade, somando 20 projetos entre os 25 vencedores. O preço médio da concorrência ficou em R$125,07 por MWh. Entre os players, quem se destacou foi a Renova, com 93MWmédios negociados.
A usina mais barata do certame se tornou também o parque eólico mais barato do País. Com energia vendida a R$120,92 por MWh, o projeto Primavera, da PE Cristal, superou o recorde de R$130,43, que havia sido estabelecido nesta mesma quinta-feira pelas plantas Pedra Preta e Costa Branca. No primeiro leilão eólico, realizado em dezembro passado, o preço médio da fonte havia ficado em R$148 por MWh, com a usina mais barata fechando em R$131 por MWh.
“Neste leilão quebramos paradigmas. Sempre trabalhamos com a energia eólica como a mais cara entre as renováveis e ela se ostrou a mais barata”, afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, após o término do evento.
O diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, Nelson Hubner, destacou a presença de “grupos muitos fortes” na disputa e a predominância de agentes privados – uma vez que a presença estatal chegou a ser questionada pelo mercado em outros certames.
Apesar do destaque das usinas eólicas, as outras fontes também tiveram uma baixa significativa frente aos limites de tarifa. As PCHs fecharam o certame com um deságio de 15,6%, chegando a R$130,73 por MWh, abaixo dos R$155 da tarifa teto. Foram duas usinas contratadas, a Inxu (20,6MW) e a São Sebastião (9,9MW).
Já as usinas a biomassa chegaram a R$134,47 por MWh, registrando um deságio de 13,8% em relação ao preço máximo estabelecido, de R$156 por MWh. Três plantas conseguiram superar a concorrência: Pedro Afonso (80MW), São José Colina (83MW) e Quirinópolis (80MW).
A presença de poucas usinas da fonte entre as vencedoras levou o diretor da Aneel, Nelson Hubner, a demonstrar sua insatisfação, afirmando que o setor merece uma “nota baixa”. “Temos insistido muito e feito muitos esforços, como as ICGs (Conexão Compartilhada de Geradoras), que demandaram muito trabalho da EPE (para ajudar a biomassa)”, lembrou Hubner.
Ao todo, foram negociados 58,311 milhões de MWh, o que representa uma movimentação de R$7,29 bilhões. As usinas vencedoras da disputa terão contratos para início de fornecimento em 2013.
Na primeira e na segunda etapa do certame, já haviam sido contratadas plantas para geração de energia em 2011 e 2012, respectivamente.
A terceira e última etapa do leilão de reserva, realizada nesta quinta-feira (26/08), foi a mais longa e disputada, chegando ao final após quase cinco horas e meia. E foi também a fase mais surpreendente: ao final do certame, a energia eólica apareceu como a mais barata entre as fontes renováveis, fechando em um preço médio de R$122,69 por MWh - um deságio de 26,5% em relação à tarifa teto estabelecida, que era de R$167 por MWh.
O certame contratou mais 388,7MWmédios, que totalizam 801,7MW em capacidade instalada. A eólica dominou também na quantidade, somando 20 projetos entre os 25 vencedores. O preço médio da concorrência ficou em R$125,07 por MWh. Entre os players, quem se destacou foi a Renova, com 93MWmédios negociados.
A usina mais barata do certame se tornou também o parque eólico mais barato do País. Com energia vendida a R$120,92 por MWh, o projeto Primavera, da PE Cristal, superou o recorde de R$130,43, que havia sido estabelecido nesta mesma quinta-feira pelas plantas Pedra Preta e Costa Branca. No primeiro leilão eólico, realizado em dezembro passado, o preço médio da fonte havia ficado em R$148 por MWh, com a usina mais barata fechando em R$131 por MWh.
“Neste leilão quebramos paradigmas. Sempre trabalhamos com a energia eólica como a mais cara entre as renováveis e ela se ostrou a mais barata”, afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, após o término do evento.
O diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, Nelson Hubner, destacou a presença de “grupos muitos fortes” na disputa e a predominância de agentes privados – uma vez que a presença estatal chegou a ser questionada pelo mercado em outros certames.
Apesar do destaque das usinas eólicas, as outras fontes também tiveram uma baixa significativa frente aos limites de tarifa. As PCHs fecharam o certame com um deságio de 15,6%, chegando a R$130,73 por MWh, abaixo dos R$155 da tarifa teto. Foram duas usinas contratadas, a Inxu (20,6MW) e a São Sebastião (9,9MW).
Já as usinas a biomassa chegaram a R$134,47 por MWh, registrando um deságio de 13,8% em relação ao preço máximo estabelecido, de R$156 por MWh. Três plantas conseguiram superar a concorrência: Pedro Afonso (80MW), São José Colina (83MW) e Quirinópolis (80MW).
A presença de poucas usinas da fonte entre as vencedoras levou o diretor da Aneel, Nelson Hubner, a demonstrar sua insatisfação, afirmando que o setor merece uma “nota baixa”. “Temos insistido muito e feito muitos esforços, como as ICGs (Conexão Compartilhada de Geradoras), que demandaram muito trabalho da EPE (para ajudar a biomassa)”, lembrou Hubner.
Ao todo, foram negociados 58,311 milhões de MWh, o que representa uma movimentação de R$7,29 bilhões. As usinas vencedoras da disputa terão contratos para início de fornecimento em 2013.
Na primeira e na segunda etapa do certame, já haviam sido contratadas plantas para geração de energia em 2011 e 2012, respectivamente.

sábado, 28 de agosto de 2010

Funcionário treinado mantém máquina funcionando

A Manutenção Produtiva Total (conhecida pela sigla em inglês TPM - Total Productive Maintenance) surgiu no Japão, após a Segunda Guerra Mundial, para evitar que as máquinas ficassem muito tempo paradas e, consequentemente, sem produzir e sem gerar lucros. 
A melhor maneira encontrada para se aproximar cada vez mais de nível zero em perdas e desperdícios, foi investir na autonomia dos operadores e prevenir panes nas máquinas.

Até meados da década de 1940, as indústrias trabalhavam com o sistema de manutenção corretiva, ou seja, esperava a máquina dar pane e parar de funcionar para corrigir qualquer tipo de problema. No entanto, este tipo de ação causava retrabalhos, perda de tempo e prejuízos financeiros. Para mudar esse quadro, começou a se dar mais ênfase na manutenção preditiva e preventiva. Foi a partir deste ponto que surgiu o conceito de TPM.


Manutenção Produtiva TotalNa TPM, a manutenção é uma parte vital do processo industrial e está inserida na rotina da fábrica, evitando, ao máximo, paradas de emergência. Para isso, os cinco pilares que mantém ereto este sistema são eficiência, auto-reparo, planejamento, treinamento e ciclo de vida.
A principal diferença da TPM para os outros conceitos de manutenção está em aumentar a satisfação do funcionário, que recebe investimentos da empresa e não fica restrito a trabalhos mecânicos, tendo grande importância no processo. O que, consequentemente, melhora a produtividade.

Para manter esta estrutura em funcionamento, a maioria dos problemas possíveis de aparecer em uma máquina pode ser resolvidos pelo próprio operador, parte importante do processo, treinado para isso. Além de não depender de um outro setor para resolver certas panes, o conserto é mais rápido, com menos mão de obra e independente.

Para que a TPM seja eficaz, de fato, a capacitação é essencial, tanto para os operadores que farão os ajustes necessários no equipamento, quanto para os mantenedores, para serem multifuncionais, e engenheiros, que podem desenvolver máquinas e equipamentos que precisem cada vez menos de manutenção, mais duradouras e eficientes.
Também não se pode esquecer da ênfase que o conceito dá para as paradas agendadas. Assim, é possível verificar se existe algum problema no equipamento e já consertá-lo, antes que a falha se agrave e o funcionamento seja interrompido por tempo indeterminado. Este processo permite a liberdade de marcar as manutenções para horários em que a produção já é mais baixa, naturalmente. Evitar as manutenções de emergência é essencial para a TPM, e, ao evitar as panes graves, o procedimento ainda aumenta o ciclo de vida dos equipamentos.

Este conceito exige um forte planejamento e dedicação da empresa, qualificação de funcionários e uma estruturação bem definida para que se alcance os resultados esperados em reduzir perdas de produção e de tempo. Pode, em um primeiro momento, parecer um investimento alto, no entanto, os benefícios econômicos que virão na sequência compensam os esforços. Além disso, ainda transforma o trabalho em uma atividade agradável e gratificante para funcionários em todos os níveis hierárquicos de uma indústria. 
Fonte: Portal Cimm

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O que é eficiência energética? Por que se desperdiça energia?

O que é eficiência energética?


Qualquer atividade em uma sociedade moderna só é possível com o uso intensivo de uma ou mais formas de energia.
Dentre as diversas formas de energia interessam, em particular, aquelas que são processadas pela sociedade e colocadas à disposição dos consumidores onde e quando necessárias, tais como a eletricidade, a gasolina, o álcool, óleo diesel, gás natural, etc.
A energia é usada em aparelhos simples (lâmpadas e motores elétricos) ou em sistemas mais complexos que encerram diversos outros equipamentos (geladeira, automóvel ou uma fábrica).
Estes equipamentos e sistemas transformam formas de energia. Uma parte dela sempre é perdida para o meio ambiente durante esse processo. Por exemplo: uma lâmpada transforma a eletricidade em luz e calor. Como o objetivo da lâmpada é iluminar, uma medida da sua eficiência é obtida dividindo a energia da luz pela energia elétrica usada pela lâmpada.
Da mesma forma pode-se avaliar a eficiência de um automóvel dividindo a quantidade de energia que o veículo proporciona com o seu deslocamento pela que estava contida na gasolina originalmente.
Outra fonte de desperdício deriva do uso inadequado dos aparelhos e sistemas. Uma lâmpada acesa em uma sala sem ninguém também é um desperdício, pois a luz não serve ao seu propósito de iluminação.
Também um veículo parado em um engarrafamento está usando mais energia do que a necessária por conta do tempo que fica parado no congestionamento.
Outros fatores mais sutis explicam muitos desperdícios. Um construtor barateia a construção não isolando o "boiler" e os canos de água quente, pois quem pagará pelo desperdício será o consumidor.
Vale notar que esses efeitos se multiplicam à medida que a energia vai migrando por todos os setores da economia.

Por que se desperdiça energia?


Uma lâmpada incandescente comum tem uma eficiência de 8% (ou seja, 8% da energia elétrica usada é transformada em luz e o restante aquece o meio ambiente). A eficiência de uma lâmpada fluorescente compacta, que produz a mesma iluminação, é da ordem de 32%.
Como o preço da lâmpada eficiente é entre 10 a 20 vezes mais caro do que a comum, a decisão de qual delas comprar dependerá de fatores econômicos que consideram a vida útil de cada uma e a economia proporcionada na conta de luz.
Os cálculos para tomar a decisão acima não são triviais. Exigem o domínio de ferramentas de matemática financeira desconhecidas pela maioria dos consumidores.
A seleção de equipamentos e sistemas mais complexos pode ser mais difícil ainda. Esta é a razão pela qual muitos consumidores usam inadequadamente todas as formas de energia.

Comissionamento de cabos de média tensão

Os cabos de média tensão com classes de 3,6/6kV a 20/35kV são testados pelos fabricante s através do método de descargas parciais, visando determinar se existem falhas no preenchimento entre a superfície semicondutora e a camada dielétrica do cabo, descartando com isto quaisquer problemas de perfurações do isolamento após sua energização.
Durante sua instalação é comum que os cabos sofram estresse com os esforços mecânicos, tais como tração, curvaturas reduzidas e atrito. Após a instalação devemos realizar testes que comprovem o seu perfeito estado de conservação para que possam ser energizados com segurança.
Na prática, a maior parte dos instaladores utilizam o teste de medição da resistência de isolamento do condutor, através da injeção de corrente contínua com meghômetros de tensão 5kV pelo período de 1 a 5 minutos. Segundo a norma NBR 7286, cabos fabricados com isolação em EPR devem possuir isolação maior do que 3,7Mohms/km. Na prática, muitos utilizam a regra de que deve-se ter uma isolação medida maior do que 3 Mohms por kV da classe de isolamento do cabo.
Mas segundo os fabricantes, o teste de resistência de isolamento não assegura que existam furos no isolamento do cabo. Para que possamos testá-lo adequadamente, devemos utilizar o HI-Pot, injetando uma tensão em corrente contínua 70% do valor nominal do cabo.
Mas cuidado: o teste com o Hi-Pot é considerado um teste destrutivo, pois a cada teste realizado estamos comprometemos a camada semicondutora do cabo. A cada repetição do teste de injeção de tensão em corrente contínua com o Hi-Pot, devemos considerar a aplicação de uma tensão 20% menor que a anteriormente aplicada sob o risco de perfuração do cabo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Consumo cada vez maior de energia não ameaça crescimento, afirma Tolmasquim


Presidente da EPE garante que País está preparado para a demanda crescente
Agência Brasil
O consumo recorde de energia na indústria registrado em julho, que superou em 13,7% o consumido do mesmo período do ano passado, e a alta do consumo médio residencial, de 4,2% - a maior desde 2001 - não representam ameaças ao abastecimento, pois o sistema está trabalhando com folga e sem gargalos ao crescimento. A análise é do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, que comentou a divulgação nesta segunda-feira (23/08) da mais recente edição da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, referente ao mês de julho.
“Nós estamos com excedente grande de energia elétrica. Com as obras contratadas até 2014, temos um excedente de 5 mil MW médios, que permite ao Brasil crescer 7% ao ano. A situação está totalmente sob controle e não há nenhum risco de desabastecimento. A energia elétrica não é um gargalo para o Brasil, que pode crescer a altas taxas, sem risco de faltar energia”, afirmou Tolmasquim.
Segundo ele, a construção de grandes hidrelétricas na região amazônica – Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, e Belo Monte, no Rio Xingu - são garantia de abastecimento futuro.
“Essas hidrelétricas estão tendo as obras antecipadas. O início da operação comercial de Santo Antônio será em dezembro de 2011 e Jirau vai ser antecipada em um ano. A tendência é de que Belo Monte adiante também e antecipe a geração”, disse o presidente da EPE.
De acordo com a resenha divulgada hoje, os números relativos a julho deste ano demonstram consumo de 34.382GWh, alta de 8,4% sobre julho do ano passado. De janeiro a julho, o aumento foi de 9,7% frente a igual período de 2009.
O destaque foi o consumo industrial, que atingiu 15.915GWh em julho, representando um crescimento de 13,7% sobre o mesmo mês de 2009. O maior consumo em julho havia sido alcançado em 2008, com 15.823GWh.
O consumo residencial registrou crescimento de 4,2% sobre julho de 2009, atingindo 8.447GWh, com 57,1 milhões de unidades consumidoras (3,5% superior ao ano passado). O consumo médio mensal, de janeiro a julho, por residência, ficou em 157,2KWh, o maior desde 2001, que foi de 163KWh para o mesmo período.
Para Tolmasquim, a expansão em 2010 não pode ser creditada apenas à comparação sobre o ano anterior, que ainda teve reflexos da crise econômica mundial, mas à aceleração do crescimento econômico do país e ao maior número de brasileiros que passam a fazer parte do sistema, por meio do programa Luz para Todos.
“Os dados mostram que o país está num período de crescimento bastante robusto da indústria e de aumento de renda da população, o que gera aumento do consumo residencial. O número de ligações também aumentou muito. Havia no país um contingente grande da população que não tinha energia elétrica e o Luz para Todos permitiu ligar essas pessoas à rede, o que significa maior consumo”. Segundo Tolmasquim, desde o início do programa, em 2004, até abril deste ano, foram incorporadas ao sistema 2,4 milhões de famílias, totalizando cerca de 12 milhões de pessoas.

Celesc busca crescimento com possível criação de empresa com 51% de capital privado

Conselho aprovou contratação de estudo para apontar melhor modelo de novas usinas

A Celesc vê no segmento de geração de energia uma oportunidade de ser grande, a exemplo de outras estatais do setor, como a Eletrosul, Copel e Cemig. A estratégia de crescimento traçada pela diretoria inclui um ingrediente polêmico: a criação de uma nova empresa formada com 51% de capital privado.


Com atuação concentrada na distribuição em Santa Catarina, um negócio que não permite uma expansão acelerada, o Conselho de Administração da Celesc aprovou a contratação de estudo que apontará o melhor modelo para transformar a Celesc Geração em uma empresa que poderá investir R$ 4 bilhões ou mais nos próximos anos na construção de novas usinas, como pequenas centrais hidrelétricas e outras maiores, tanto no Estado quanto em outras regiões do Brasil.


A ideia inicial é criar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) com 49% de capital estatal e 51% privado, mas pode ser outra alternativa, afirma o presidente da Celesc Holding, Sérgio Alves. Ele está à frente do projeto que conta com as participações diretas do presidente da Celesc Geração, Paulo Meller, e do diretor de Relações com Investidores (RI), Welson Teixeira.


Investir alto


A proposta de investir alto em geração é defendida há mais de um ano pelo conselheiro e maior acionista individual da empresa, Lirio Parisotto, e, agora, há consenso para sair do papel.


Além da aprovação unânime do Conselho de Administração, a mudança tem o apoio dos trabalhadores da Celesc, informa Meller.


Pela proposta inicial, a Celesc Geração vai participar da SPE com as suas 12 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), cujo valor de mercado varia, hoje, entre R$ 800 milhões a mais de R$ 1 bilhão. O setor privado deverá entrar com a outra parte.


O BNDES poderá financiar até 70% de novos projetos a juros baixos, desde que os 30% demais venham de recursos próprios. A soma dos recursos privados mais o crédito do banco pode alcançar R$ 4 bilhões.


Na atual condição de estatal, a Celesc Geração não pode obter recursos do BNDES, e isso a impede competir com as empresas privadas ou SPEs. Dependendo do resultado do estudo, uma segunda opção para levantar recursos (capitalizar, no jargão do mercado), pode ser a realização de uma oferta inicial de ações na Bovespa (IPO).


Lucro maior no futuro


As 12 PCHs geram, atualmente, 83 MW e, com os novos investimentos, a Celesc Geração poderá produzir 400 MW, uma alta de 381% que garantirá lucro maior no futuro. Além dessas usinas, a empresa tem mais nove projetos de PCHs em andamento, parte deles já em obras pelo modelo de SPE.


Conforme Paulo Meller, os ganhos virão das vendas de energia para distribuidoras e também no mercado livre, que permite maiores resultados.


Uma empresa forte em geração tornará a Celesc Holding maior e mais lucrativa, com ganhos para os acionistas e trabalhadores da estatal e para os catarinenses, explica Meller. Segundo ele, a comunidade vai ganhar com maior movimento econômico, geração de empregos, impostos e retorno em serviços públicos em função dos dividendos maiores ao governo do Estado.


O diretor de RI diz que, para os trabalhadores da Celesc Distribuição o fortalecimento da holding é positivo, mas a empresa terá, da mesma forma, que se ajustar à empresa de referência da Aneel.


CLT


O quadro da Celesc Geração conta com 55 trabalhadores. Como a nova empresa terá controle privado, seus trabalhadores serão regidos pela CLT, sem a estabilidade garantida aos funcionários da estatal.


Segundo Meller, ainda não dá para prever o número de trabalhadores da nova empresa mas, pelo perfil da atividade, há mais contratações na construção das usinas do que na fase de operação. Ele cita o caso da usina Pery, que a Celesc está construindo em Curitibanos. Ela emprega cerca de 300 pessoas na construção e, depois, quando estiver gerando, será controlada por 15 pessoas.


Welson Teixeira informa que deverá ser feita uma licitação para contratar a empresa que fará o estudo e o resultado deverá sair ainda este ano.


A expectativa da empresa é que, mesmo com a mudança de governo, o projeto tenha continuidade porque é a melhor forma de obter crescimento no setor e há consenso entre os acionistas.
Fonte: Diário Catarinense

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Cabeamento Estruturado

Montar um rede local em uma Empresa é bem diferente do que montar uma rede doméstica.
Não apenas porque o trabalho é mais complexo,mas também porque existem normas mais estritas a cumprir. O padrão para instalação de redes locais em prédios é o ANSI/TIA/EIA-568-B, que especifica normas para a instalação do cabeamento, topologia da rede e outros quesitos, que genéricamente chamamos de Cabeamento Estruturado. No Brasil, temos a norma NBR 14565, publicada pela ABNT em 2001. 
Surge daí a necessidade da contratação de uma Empresa qualificada para a realização de tal projeto.  
A norma da ABNT é ligeiramente diferente da norma internacional, a começar pelos nomes, que são modificados e traduzidos para o português, por isso abordardamos os pontos centrais para que se entenda como o sistema funciona.
A idéia central do cabeamento estruturado é cabear todo o prédio de forma a colocar pontos de rede em todos os pontos onde eles possam ser necessários. Todos os cabos vão para um ponto central, onde ficam os switches e outros equipamentos de rede. Os pontos não precisam ficar necessariamente ativados, mas a instalação fica pronta e preparada para  ser utilizada a qualquer momento. É provado que,   é muito mais prático (e barato) instalar todo o cabeamento de uma vez, de preferência antes do local ser ocupado, do que ficar fazendo modificações cada vez que for necessário adicionar um novo ponto de rede. Podem existir alterações posteriores mas sempre seguindo um projeto estrutural.
O início: 
Tudo começa com a sala de equipamento (equipment room), que é a área central da rede, onde ficam os servidores, switches e os roteadores principais. A sala de equipamento deve ser uma área de acesso restrito, onde os equipamentos fiquem fisicamente protegidos.
Em um prédio, a sala de equipamento ficará normalmente no andar térreo. Seria inviável puxar um cabo separado para cada um dos pontos de rede do prédio, seguindo da sala de equipamento até cada ponto de rede individual, por isso é criado um segundo nível hierárquico, representado pelos armários de telecomunicações (telecommunications closed).
O armário de telecomunicações é um ponto de distribuição, de onde saem os cabos que vão até os pontos individuais. Normalmente é usado um rack, contendo todos os equipamentos, que é também instalado em uma sala ou em um armário também de acesso restrito.
Fora os switches, um equipamento muito utilizado no armário de telecomunicações é o patch panel ou painel de conexão. Ele é um intermediário entre as tomadas de parede e outros pontos de conexão e os switches da rede. Os cabos vindos dos pontos individuais são numerados e instalados em portas correspondentes do patch panel e as portas utilizadas são então ligadas aos switches:

Patch panel e detalhe dos conectores
Além de melhorarem a organização dos cabos, os patch panels permitem que se utilize um número muito maior de pontos de rede do que portas nos switches. A idéia é cabear todo o escritório, ou todo o andar do prédio, deixando todas as tomadas ligadas ao patch-panel. Se for um escritório novo, provavelmente poucas das tomadas serão utilizadas de início, permitindo o uso um único switch. Conforme mais tomadas passarem a ser usadas, adicionamos mais switches e outros componentes de rede.
Outra vantagem é que com os cabos concentrados no patch panel, tarefas como desativar um ponto ou ligá-lo a outro segmento da rede (ligando-o a outro switch ou roteador) ficam muito mais simples.
Os patch panels são apenas suportes, sem componentes eletrônicos e por isso são relativamente baratos. Eles são normalmente instalados em racks, junto com os switches e outros equipamentos. Os switches são ligados às portas do patch panel usando cabos de rede curtos, chamados de "patch cords" (cabos de conexão). Os patch cords são muitas vezes feitos com cabos stranded (os cabos de par trançado com várias fibras) de forma a serem mais flexíveis.
Cada andar tem um ou mais armários de telecomunicações (de acordo com as peculiaridades da construção e a distância a cobrir) e todos são ligados a um switch ou um roteador na sala de equipamento através de cabos verticais chamados de rede primária (eles são também chamados de cabeamento vertical ou de backbones). Se a distância permitir, podem ser utilizados cabos de par trançado, mas é muito comum usar cabos de fibra óptica para esta função.
Na entrada do prédio teríamos ainda a sala de entrada de telecomunicações, onde são conectados os cabos externos, como: linhas de telefones, links de Internet, cabos ligando o prédio a outros prédios vizinhos e assim por diante:

Temos em seguida a rede secundária (que na norma internacional é chamada de "horizontal cabling", ou cabeamento horizontal), que é composta pelos cabos que ligam o armário de telecomunicações às tomadas onde são conectados os PCs da rede. Estes são os cabos permanentes, que são instalados como parte do cabeamento inicial e continuam sendo usados por muito tempo.
Como se pode notar, este sistema prevê o uso de três segmentos de cabo:
a) O patch cord ligando o switch ao patch panel.
b) O cabo da rede secundária, ligando o patch panel à tomada na área de trabalho.
c) O cabo entre a tomada e o PC.
Dentro do padrão, o cabo da rede secundária não deve ter mais do que 90 metros, o patch cord entre o patch panel e o switch não deve ter mais do que 6 metros e o cabo entre a tomada e o PC não deve ter mais do que 3 metros.
Estes valores foram definidos tomando por base o limite de 100 metros para cabos de par trançado (90+6+3=99), de forma que, ao usar um cabo de rede secundária com menos de 90 metros, você pode usar um patch cord, ou um cabo maior para o PC, desde que o comprimento total não exceda os 100 metros permitidos.
Em um ambiente já existente, os cabos podem ser passados através de um teto falso, ou através das canaletas usadas pelos fios de telefone. Em casos extremos pode ser usado piso falso (piso elevado), permitindo que o cabeamento passe por baixo. O problema de se usar piso falso é que os suportes são caros. No caso de prédios em construção, é possível incluir canaletas específicas para os cabos de rede, facilitando o cabeamento:

As salas e os outros ambientes contendo as tomadas, onde ficam os micros, são chamadas de área de trabalho (work area), já que em um escritório corresponderiam às áreas úteis, onde os funcionários trabalham. Na norma da ABNT, as tomadas são chamadas de "pontos de telecomunicações" e não de "pontos de rede". Isso acontece porque o cabeamento estruturado prevê também o uso de cabos de telefone e de outros tipos de cabos de telecomunicação, não se limitando aos cabos de rede.  

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Dispositivo DR ( diferencial-residual) utilização


Uso de dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade
Casos em que o uso de dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade como proteção adicional é obrigatório:
a) os circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais contendo banheira ou chuveiro;
b) os circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação;
c) os circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam vir a alimentar equipamentos no exterior da edificação;
d) os circuitos que, em locais de habitação, sirvam a pontos de utilização situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas à lavagens;
d) os circuitos que, em edificações não residenciais, sirvam a pontos de tomada situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas à lavagens;
NOTAS:
No que se refere a tomadas de corrente, a exigência de proteção adicional do DR de alta sensibilidade se aplica às tomadas com corrente nominal de até 32A.
Fonte: Item 5.1.3.2 da NBR 5410:2004

Usina de Santo Antônio vai antecipar geração e aumentar a capacidade

A antecipação em um ano do começo de geração da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio deverá possibilitar a geração de mais 10,5 mil gigawatts-hora, uma energia suficiente para abastecer dois terços do Distrito Federal por um ano. 
O termo aditivo que permite iniciar a operação da usina em dezembro do ano que vem foi assinado nesta segunda-feira (23) na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Segundo Eduardo de Melo Pinto, presidente da Santo Antônio Energia, responsável pela construção da usina, haverá um investimento extra de R$ 150 milhões para a antecipação. O leilão da hidrelétrica, realizado em dezembro de 2007, previa o começo de operação em dezembro de 2012. A Aneel já tinha autorizado anteriormente a antecipação para maio de 2012, e agora o cronograma foi antecipado novamente.
Pinto também garantiu que a empresa está estudando um acréscimo de garantia física da usina, com a implantação de mais quatro turbinas, além das 44 já previstas. Isso geraria um custo adicional de R$ 500 milhões ao projeto, que tem previsão inicial de R$ 13,5 milhões. A energia gerada pela usina passaria de 3.150 megawatts para 3.450 megawatts.
O presidente da Aneel, Nelson Hübner, disse que a Usina Hidrelétrica de Jirau, também deve antecipar seu cronograma da mesma forma, mas o pedido ainda não foi formalizado para a Aneel.
“Eu visitei a obra na semana passada, e com a velocidade que estão sendo implantados os dois empreendimentos, não temos dúvidas de que as duas hidrelétricas devem ser antecipadas”, afirmou Hübner. Ele disse que a empresa responsável pela construção de Jirau também pediu a modificação do projeto básico, para aumentar a geração de energia da hidrelétrica.  
(Fonte: Sabrina Craide/ Agência Brasil)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Energia Eólica: ventos favoráveis para grandes negócios

Por Júlio Santos, da Agência Ambiente Energia - Os ventos estão favoráveis neste final de agosto para a geração eólica no país. Nos dias 25 e 26, o governo realiza dois leilões de energia que contemplam esta fonte. 
Num deles, chamado de leilão de reserva, foram habilitadas 316 usinas eólicas, somando 8.202 MW. O outro (A-3), com a energia prevista para entrar no mercado em 2013, foram 320 eólicas, com 8.304 MW. Para completar a força que esta alternativa mostra nos últimos anos, de 31 de agosto a 2 de setembro, a indústria estará reunida no Brazil Windpower 2010, uma grande conferência de negócios do segmento, com 50 empresas expositoras de diveros países.
E os indicativos mostram que os ventos continuarão soprando nos próximos anos pela força desta alternativa limpa. Com a atualização do mapeamento eólico do país, a cargo do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), projeta-se um potencia de 350 a 400 gigawatts. O parque instalado brasileiro de eólica, hoje, conta com 45 parques, que somam 794 MW de potência. O crescimento desde dezembro de 2008 ficou em 132,8%. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o mercado já tem contratados 1808 MW, devendo movimentar de R$ 6 bilhões a R$ 7 bilhões, até julho de 2012.
Em entrevista exclusiva à Agência Ambiente Energia, o secretário-executivo da ABEEólica, traça um panorama do atual momento do segmento de eólica, destacando pontos como tecnologias para aumentar a eficiência desta geração, potencial brasileiro, financiamento e conexão dessas usinas ao sistema elétrico, entre outros pontos.
Da Agência Ambiente Energia - Estados como São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul estão mapeando seus potenciais eólicos. Ao que o senhor atribui o interesse pela energia eólica?
Pedro Perrelli- A energia eólica é uma fonte limpa, não utiliza água no processo ou para resfriamento dos equipamentos, não gera gases de efeito estufa (GEE), favorece a fixação do homem no campo, pois gera renda e valoriza as propriedades nas quais são feitos os empreeendimentos. E, além disso, atua em harmonia com a agroindústria, pois permite a utilização das áreas para atividade agrícoloa e pastoris. No Brasil, ela é 100% complementar com a hidráulica, inclusive por localização regional.
Agência Ambiente Energia – Estima-se que o país tenha um potencial para instalar até 150 mil MW de energia eólica. É isso mesmo?

Pedro Perrelli -
Segundo o Atlas Eólico Brasileiro, elaborado em 2000 pela Eletrobras, publicados em 2001, e que está desatualizado, o potencial eólico identificado é de 143 GW. Hoje, o Cepel está estudando a atualização do atlas a partir de solicitação de estudo do Ministério de Minas e Energia.

Agência Ambiente Energia – Quanto temos hoje instalados?
Pedro Perrelli - Hoje, o Brasil tem 45 parques eólicos instalados em operação, totalizando 794 MW de potência instalada.

Agência Ambiente Energia – Se levarmos em conta que este potencial foi medido com torres menores e hoje já temos torres acima de 100 metros, este potencial pode chegar a quanto?
Pedro Perrelli - A atualização do estudo poderá indicar um potencial que se situará em torno de 350 GW a 400 GW.
Agência Ambiente Energia – Um dos problemas para a expansão era a produção local dos equipamentos. Que impacto a chega de grandes fabricantes vai trazer para o setor?
Pedro Perrelli – O maior efeito foi o aumento da competitividade a condições de vento presentes em cada área. A variação dos modelos de aerogeradores permitiu uma melhor adaptação e, consequentemente, uma maior produção de energia em cada área, tornando os preços mais competitivos.

Agência Ambiente Energia – A busca pela eficiência e mais rendimento é uma tônica de hoje em dia. O que há de novo em termos de tecnologias para aumentar a produtividade das turbinas eólicas?
Pedro Perrelli - Basicamente, hoje existem máquinas mais “inteligentes”, que proporcionam um aumento da força tirada do movimento cinético do ar e um melhor perfil aerodinâmico das pás. Podemos citar também o aumento da altura das torres eólicas e o diâmetro dos rotores.
Agência Ambiente Energia – Este mês, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ampliou de 14 para 16 anos o prazo para amortização de empréstimo para fontes alternativas, como a eólica. O que esperar desta medida?
Pedro Perrelli – Um prazo maior de carência e de pagamento facilita o retorno dos investimentos. Esse aumento iguala a condição entre a eólica e a hidráulica e isso é um sinal claro de que houve um forte interesse por parte do governo para mostrar que essas duas fontes energéticas têm a mesma importância.
Agência Ambiente Energia – Pelo número de projetos de eólicas listadas nos próximos leilões de alternativas, que acontecem esta semana, o preço da energia eólica está atraente. Eu posso fazer esta leitura ou o preço desta energia ainda está aquém?
Pedro Perrelli  - Está no limite da competitividade atual do segmento (o preço nos leilões é 167,00/MWh). Para que haja uma melhora, é necessário um regime tributário específico e que seja realizado, anualmente, um leilãõ exclusivo para a eólica com contratação média de 2.000 MW, durante 10 anos. Isso fará com que a base industrial cresça e o preço fique mais competitivo, como já aconteceu em outras indústrias como microinformática e a automobilística, para citarmos duas das mais significativas.
Agência Ambiente Energia – Vender excedentes para o mercado livre (voltado para os grandes consumidores de energia elétrica) pode ter que impactos para os investidores em eólicas?
Pedro Perrelli - Poderá ter um impacto maior, caso os preços sejam compensadores. Hoje, a ABEEólica está montanto um grupo de trabalho para estudar a implementação de energia eólica no mercado livre.
Agência Ambiente Energia – E a questão da conexção das usinas à rede está equacionada com os leilões de ICGs?
Pedro Perrelli - Não está completamente equacionada, principalmente, pela falta de uma linha principal, que sirva como uma espinha dorsal, que facilite conexões futuras de novos parques, principalmente no Nordeste, onde existe uma carência na capacidade de conexões na atual malha de transmissões.

Agência Ambiente Energia – O que teremos de novidades no Brazil WindPower 2010?
Pedro Perrelli – Vários fabricantes de aerogeradores, além de novas empresas de outras especialidades que estão entrando no mercado brasileiro, terão estandes para mostrar produtos que não são conhecidos pelo público em geral. O Brasil possui grande destaque na América Latina, pois representa 65% da produção de energia desta região. Além disso, o evento contará com palestrantes como Ricardo Simões, presidente da ABEEólica, Stve Sawyer, presidente da GWEC, e Stephen Miner, da AWEA.
Serviço
Evento: Brazil Windpower 2010
Data: de 31 de agosto a 2 de setembro
Local: Centro de Convenções Sulamérica – Rio de Janeiro
Organizadores: ABEEólica, Conselho Global de Energia Eólica (GWEC – Global Wind Energy Council) e Grupo CanalEnergia
Mais informações: http://www.brazilwindpower.org.br

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Termografia da Multidão- Feco Hamburger- Flip 2010

A instalação EX: o que os olhos não veem o financeiro não sente

Por Dácio de Miranda Jordão
As indústrias químicas, petroquímicas e de petróleo, ou seja, as que possuem áreas classificadas, têm sido objeto de um “golpe” quase sempre imperceptível, mas que pode comprometer cerca de 25% ou mais de seu investimento no projeto, construção e montagem de suas instalações elétricas, além de prejudicar o nível de segurança.
Se considerarmos que o custo da instalação elétrica em indústrias de processo (químicas, petroquímicas e de petróleo) corresponde a cerca de 8% a 10% do custo total do investimento, é possível imaginar o prejuízo que pode advir quando o item “classificação de áreas” não é bem administrado, pois esse item é a principal referência para o desenvolvimento do projeto, construção e montagem da instalação elétrica.
Isso se deve ao fato de que, se a classificação de áreas não for desenvolvida de forma criteriosa, por experts no assunto, o excesso de área classificada, resultado do trabalho simplista feito por quem não conhece o problema (oportunistas e curiosos), vai causar um aumento significativo na quantidade de equipamentos especiais (Ex) – em sua maioria à prova de explosão. Estes terão de ser adquiridos e montados, com consequente impacto em toda a instalação, acarretando um aumento no custo de aquisição que pode ultrapassar o valor de 25% de toda a instalação elétrica.
Para se ter uma ideia desse prejuízo, vamos imaginar uma planta química de custo estimado em 500 milhões de reais. O custo da instalação elétrica, com todos os seus equipamentos e acessórios, poderia chegar a 50 milhões de reais. Vamos supor que a classificação de áreas tenha sido elaborada por quem não conhece essa matéria e, como tradicionalmente acontece, há um excesso de áreas classificadas. Essa atitude poderá acarretar para a indústria um custo adicional desnecessário, de cerca de 12,5 milhões de reais.
Normalmente, quando alguém questiona esse excesso, a resposta é sempre a mesma: “estamos do lado da segurança”. Obviamente, por falta de informação, aquele que questionou fica satisfeito com a resposta e aceita o exagero como algo positivo.
Note-se que afirmar que se privilegiou o lado da segurança neste caso é uma inverdade, pois pode ocorrer exatamente o contrário, ou seja, quanto maior o número de equipamentos elétricos ou eletrônicos especiais (certificados), maior a probabilidade de gerar não conformidades, além do fato de que esses equipamentos são itens de controle do ponto de vista legal (por exemplo: certificados de conformidade fazem parte do prontuário de instalações previsto pela NR 10). É importante considerar também que a experiência tem mostrado que, nas indústrias em que há um número exagerado desse tipo de equipamentos, ocorre um comportamento psicológico comum ao pessoal que opera a unidade, no sentido de não dar a devida importância a eles (banalização), tratando-os como se fossem equipamentos comuns e não se importando com o aspecto do nível de segurança que fica comprometido por força das não conformidades.
Como ocorre (lamentavelmente) em muitas indústrias, quem contrata o serviço não tem capacidade de avaliar o que será fornecido e, por isso, essa questão não chega a ser motivo de preocupação; é o estado de felicidade por falta de conhecimento da realidade. Até hoje não existe no Brasil a prática da fiscalização das instalações do usuário por parte da autoridade competente, que seria o auditor fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mesmo havendo legislação do próprio MTE (NR 10) que obriga o atendimento às normas de instalação, bem como a execução de inspeção periódica em áreas classificadas, como meio de demonstrar a sua legalidade.
Porém, esse cenário pode sofrer mudanças em algum momento, tendo em vista o movimento que está sendo feito para chamar a atenção dos órgãos competentes no sentido de fazerem o seu “dever de casa”, ou seja, terem uma atitude mais coerente com a sua função de zelar pelo cumprimento da lei e a consequente segurança dos trabalhadores, preocupando-se com a instalação no ambiente de trabalho e não somente com a comercialização dos equipamentos Ex, o que seria de responsabilidade do Inmetro.
Espera-se que não seja necessário o estrondo trágico de uma explosão na indústria para que os responsáveis acordem de seu sono profundo!
Quanto à questão do prejuízo causado quando a classificação de áreas é feita por “curiosos”, poderíamos dizer que a solução definitiva somente será obtida quando os gerentes, executivos, proprietários ou responsáveis pelo gerenciamento do empreendimento obtiverem o devido conhecimento a respeito dessa fase tão importante do projeto do empreendimento.
Esse conhecimento levaria, por exemplo, ao estabelecimento de critérios mais rigorosos para a escolha do responsável pela execução do trabalho de classificação de áreas e de montagem da instalação Ex. Somente deveriam participar desses trabalhos as empresas ou profissionais que tivessem comprovadamente experiência em trabalhos desse tipo.
Em nossa opinião, todas as licitações para tarefas em atmosferas explosivas teriam de ser precedidas por uma pré-qualificação de empresas e profissionais para serem então convidados a apresentar suas propostas. Enquanto o foco ficar centrado apenas no menor preço, provavelmente continuaremos com o mesmo tipo de problema: as indústrias de processo vão continuar achando que fizeram excelente negócio, sem perceber que estão pagando a mais em equipamentos, acessórios de instalação e montagem valores que podem ultrapassar a 25% do custo da instalação elétrica do empreendimento e o que é até pior: vivendo uma pseudossegurança. Mas como diz o ditado: “O que os olhos não veem o financeiro não sente”.

Aneel pretende iniciar troca do parque de medidores em 2011

Agência está finalizando estudos sobre as características dos medidores que serão adotados.
O prejuízo anual causado por perdas de energia no Brasil passa de R$6 bilhões, podendo chegar a R$8,1 bilhões se forem contabilizados os impostos que deixam de ser arrecadados. Isso corresponde a 5,8% de toda a energia que é produzida no país. 



A fim de amenizar esse problema, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pretende substituir 60 milhões de aparelhos eletromecânicos por medidores eletrônicos em todo o País. Esse processo será iniciado no ano que vem.

“Estamos finalizando os estudos que indicarão o padrão dos equipamentos a serem adotados. Eles certamente passarão a ter um sistema de comunicação por faixa de rádio que possibilitará a leitura remota. Além disso, informarão sobre eventuais interrupções [do fornecimento de energia] e indicarão o nível de qualidade do serviço, com a possibilidade de registrar as variações de tensão da energia fornecida”, disse nesta quinta-feira (19/08) o diretor-geral da Aneel, Nelson Huber (foto), depois de participar de um evento sobre perdas na distribuição, em Brasília.
De acordo com ele, a definição do padrão de equipamento deve ser concluída até o fim do primeiro trimestre de 2011. “Ainda em 2010 definiremos os papéis [de cada entidade envolvida nesse processo] e pretendemos começar a mudar os equipamentos em 2011 para, em 2012, com a experiência adquirida, o plano já estar estruturado”, disse o diretor da Aneel.

“Será necessário encontrar formas de viabilizar a fabricação de todo esse equipamento, adaptando a indústria nacional à demanda que surgirá”, acrescentou. Hubner adiantou que entre as medidas de apoio que podem ser adotadas estão benefícios fiscais e financiamentos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A expectativa da agência é de que todo o processo de substituição dos medidores de energia leve entre seis e dez anos. Mas esse prazo, segundo Hubner, pode ser reduzido caso a adaptação dos fabricantes seja bem-sucedida.

“Nossa previsão é de que cada novo relógio custará entre R$200 e R$400, valor que varia em função do nível de sofisticação do equipamento”, disse o diretor.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Light investe e aposta em energia eólica

A Light vai intensificar os investimentos no setor de geração. A empresa, que distribui energia para 66 cidades do Rio de Janeiro, prevê investir R$ 1,5 bilhão nos próximos anos em parceria com a Cemig, sua principal acionista. 
À companhia fluminense, caberá um aporte de R$ 750 milhões, com 70% desse valor financiado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Entre as quatro novas usinas que serão construídas, estão duas eólicas. Serão os primeiros projetos da empresa envolvendo produção de energia elétrica a partir dos ventos. Previstas para o Ceará, terão potência de 35 MW (megawatts), mediante custo de R$ 150 milhões.

No primeiro semestre de 2010, a Light investiu R$ 34 milhões em projetos de geração. Em igual período em 2009, foram apenas R$ 2,7 milhões.

Todas as usinas vão agregar 255 MW ao parque de geração nacional. A Light ficará com metade disso, e com isso, terá capacidade instalada de 985 MW.

O principal investimento está previsto para a usina hidrelétrica de Itaocara, na divisão do Rio com Minas Gerais. Ainda sem licenciamento ambiental, a unidade custará R$ 1,1 bilhão e terá capacidade instalada de 195 MW.

Em andamento, está o erguimento da PCH (Pequena Central Hidrelétrica) Paracambi, que terá potência de 25 MW.

"A presença da Cemig estimula os investimentos em geração e nos dá mais agilidade. Diversificar nosso portfolio é importante", afirmou o diretor de energia da Light, Evandro Leite Vasconcelos. 
Fonte: www.cimm.com.br 

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Quadros elétricos

De acordo com o item 6.5.4 da ABNT NBR 5410:2004, os quadros montados em fábrica devem atender à norma ABNT NBR IEC 60439-1 e os quadros montados em obra devem apresentar segurança e desempenho equivalentes aos montados em fábrica. Isto significa que os quadros montados e obra devem ser inspecionados e testados conforme as recomendações da norma mencionada.

Devem ser previstos espaços de reserva no interior dos quadros visando a futuras ampliações. O espaço mínimo a ser deixado no quadro está indicado na Tabela 59 da norma reproduzida a seguir.

Tabela 59 – Espaço de reserva em quadros 
Quantidade de circuitos
efetivamente disponível
N
Espaço mínimo
destinado a reserva
(em número de circuitos)
Até 6
2
7 a 12
3
13 a 30
4
N > 30
0,15 N
Por exemplo, um quadro com dez circuitos, não importando se são circuitos monofásicos, bifásicos ou trifásicos, deve possuir, no mínimo, três espaços destinados a futuros circuitos. Uma boa prática de engenharia, neste caso, é prever para cada um dos três circuitos o maior espaço possível, ou seja, se existirem circuitos trifásicos no quadro, então podem ser previstos espaços para três futuros circuitos trifásicos. Se existirem circuitos bifásicos e não trifásicos, então se prevêem três espaços para circuitos bifásicos e o mesmo no caso de apenas existirem circuitos monofásicos.

É muito importante lembrar ainda que os quadros devem prever espaços para a instalação imediata ou futura de dispositivos protetores de surto (DPS), além dos dispositivos diferenciais residuais praticamente obrigatórios.

Os quadros elétricos também devem possuir, além da porta (externa) uma tampa interna que serve de barreira na proteção contra choques elétricos.

Os quadros devem ser instalados em locais de fácil acesso, sem objetos que obstruam a sua abertura, longe de botijões e pontos de gás. A menos que sejam especificamente construídos para esta finalidade, os quadros não devem ser instalados em locais frequentemente molhados ou com muita umidade, como no interior de banheiros com chuveiros ou em saunas.

Os quadros devem possuir identificação pelo lado externo que seja legível e não facilmente removível. Todos os seus componentes devem ser identificados de tal forma que possam ser reconhecidos os circuitos a eles associados e as suas funções. Estas identificações devem ser legíveis e corresponderem à notação que foi utilizada no projeto.

Em 6.5.4.10 e 6.5.4.11 da ABNT NBR 5410:2004, surge uma importante exigência, qual seja, a fixação no quadro (externa ou internamente) vinda de fábrica ou fixada na obra de uma advertência conforme indicado na Figura 1.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Energia solar já pode ser mais barata que a nuclear, afirma estudo

Pesquisadores analisaram cenário na Carolina do Norte e apontaram vantagens das usinas fotovoltaicas
Em um estudo entitulado "Custos solares e nucleares", pesquisadores da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, afirmam que a energia gerada por usinas fotovoltaicas já pode ser mais barata que a proveniente de centrais nucleares. O trabalho leva em conta análises feitas no próprio estado, onde o preço do kwh gerado pelas placas solares está em US$0,16.
O texto aponta que as instalações nucleares buscam diversas subvenções públicas, transferindo os riscos financeiros adicionais aos clientes das companhias de energia e aos contribuintes.

Além disso, essas usinas sofreriam constantes atrasos e cancelamentos durante sua implantação. Em outros casos, problemas no planejamento estariam levando a recorrentes aumentos nos orçamentos propostos para as usinas da fonte.
Enquanto isso, o crescimento da indústria solar e de fornecedores, as novas tecnologias aplicadas e seus benefícios ambientais são indícios de que "o custo da energia solar está diminuindo, enquanto o custo da energia nuclear aumentou nos últimos oito anos". O estudo afirma que o orçamento para a instalação de um reator nuclear passou de US$3 bilhões para uma média de US$10 bilhões.
A análise compara os custos e os incentivos para ambas as tecnologias, baseado em relatórios sobre a energia fotovoltaica e as estimativas de custos de construção de nucleares. As comparações incluem tanto painéis solares instalados em residências e empresas quanto grandes parques de geração da fonte.
Abaixo, gráfico que consta no estudo, com a evolução do preço das duas fontes ao longo do tempo. De acordo com os pequisadores, a energia solar chegou a um "ponto histórico" que atesta sua viabilidade comercial.
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