quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Leilões de energia impulsionam negócios de transportadoras

Os últimos leilões de energia promovidos pelo governo aceleraram os negócios não só no setor elétrico, mas também em outros segmentos. 


No final do ano passado, foi realizadoa a primeira licitação exclusiva para energia eólica no País. Neste ano, mais um certame acontece. Essas lcitações têm movimentado o dia a dia da Irga, que atua no transporte de cargas pesadas.
"O momento é de correria, com muitas empresas fazendo cotações", revela Dasio de Souza, da diretoria técnica e de prospecção de novos negócios da companhia. Ele afirma que a empresa já fechou contrato para a obra do parque eólico da EDP em Tramandaí (RS) e que está com diversas outras negociações em andamento.
"O mercado agora está muito diferente do que quando tínhamos somente o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica). Aquelas obras atrasaram, tem projeto que está saindo agora, usina que mudou de lugar. Nesse último leilão sentimos muito mais seriedade, no sentido de que os contratos e prazos serão cumpridos", avalia o executivo.
As usinas eólicas são um negócio importante para as transportadoras, pois exigem o carregamento de equipamentos de grandes dimensões. As pás, segundo Souza, são o ponto mais crítico - chegam a ter entre 40 e 45 metros cada. Ele lembra que elas exigem até mesmo equipamentos especiais, o que levou a Irga a investir para atender à demanda criada pelo crescimento da energia eólica no País.
Neste ano, a companhia já destinou mais de R$18 milhões para a compra de novos equipamentos, número que ainda pode crescer. Souza ressalta que nem todas aquisições são para atender somente a obras do setor elétrico, mas garante que os empreedimentos de energia sempre foram "um dos carros chefes" da empresa. O executivo estima que o segmento responda por 40% dos negócios da Irga.
"O que mais fazemos na área são usinas eólicas, termelétricas e também muitas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs)", enumera Souza. Ele lembra que a Irga atuou no transporte e montagem das primeiras eólicas brasileiras, ainda nos anos 90. "Teve um momento do Proinfa em que éramos responsáveis por 100% das usinas no País", afirma o diretor.