terça-feira, 17 de junho de 2014

Como é produzida a energia elétrica através dos ventos?

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É bom relembramos que a humanidade tem utilizado a energia eólica, há milhares de anos. O vento é aproveitado para moer grãos, bombear água e até mesmo serrar madeira, através da tecnologia dos moinhos.

Os primeiros moinhos foram inventados na Pérsia e a produção de eletricidade começou no início do século 20, mas foi com os choques petrolíferos da década de 1970, que impulsionou o interesse na energia eólica como uma fonte energética alternativa.

Eletricidade eólica
A energia eólica é capturada e convertida em eletricidade por dispositivos chamados “aerogeradores”, que consistem num gerador elétrico movido por hélice e que por sua vez é movida pela força do vento.

Os principais componentes dos aerogeradores são:

· Um rotor constituído por duas ou três pás, com um diâmetro de 65 metros;

· Um eixo que liga o rotor, uma caixa de velocidade e um gerador cuja tensão de saída é de aproximadamente 6 kV, que são contidos numa cabine (nacella) horizontal, atrás do rotor;

· Uma torre que se situa entre 25 e 80 metros de altura, na qual o rotor e a cabine (nacella) são montados.


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As lâminas são montadas perpendicularmente ao vento e o aerogerador é montado no alto da torre, a fim de aproveitar ventos mais fortes que sejam mais estáveis e constantes do que os ventos que podem ser encontrados mais próximos do terreno.

Cide Meira: Meu mini currículo: Tecnólogo em Manutenção Elétrica (Cefet-Ba); Licenciado em Eletricidade (UNEB) e Eletrotécnico (ETFBa) – Especializações: MBA em Gestão de Empresarial (FGV) e Design Instrucional com ênfase em Educação (SENAI-Ba) – Gestor de Unidade de Educação Profissional (26 anos) e Professor de Física do ensino médio (12 anos). Atualmente: Gestor de Unidade de Segurança do Trabalho (Novo desafio). Cide Meira é, atualmente, diretor técnico da Abracopel – regional Bahia.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Leilão A-3 contrata 968,6MW em novas usinas

Eólicas viabilizaram 551MW; UHE Santo Antonio vendeu a ampliação
Por Wagner Freire


Crédito: Comstock Images / Getty Images













O 19º Leilão de Energia Nova (A-3) contratou 968,6MW (480,7MWm GF) em novas usinas, sendo 551MW em parques eólicos e 417,6MW relativos a ampliação da hidrelétrica de Santo Antônio. 

O certame foi realizado nesta sexta-feira (06/06) em São Paulo, na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

A energia firme contratada soma 395,2MW médios. 

O preço médio do leilão foi de R$126,18/MWh, que movimentou R$10,2 bilhões. 

As pequenas centrais hidrelétricas e as térmicas não tiveram sucesso no certame. A energia comercializada no A-3 precisa ser entregue a partir de janeiro de 2017.

A hidrelétrica de Santo Antonio vendeu energia sem deságio, ao preço de R$121,00/MWh. Já as eólicas comercializaram ao preço médio de R$129,97/MWh, o que representou um deságio de 2,27% em relação ao teto de R$133,00/MWh.

Foram habilitados empreendimentos que somam uma capacidade instalada de 7.010 megawatts, sendo 6.159 MW em projetos eólicos.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

BNDES aprova empréstimo de R$ 1 bi para Renova Energia

Diretoria do banco aprovou o financiamento de longo prazo para o projeto Alto Sertão II, no valor de R$ 1,044 bilhão

Fátima Laranjeira, do 

Renova Energia
Parque eólico da Renova Energia na Bahia
Parque eólico da Renova Energia na Bahia

São Paulo - A Renova Energia teve aprovado pela diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) o financiamento de longo prazo para o Alto Sertão II no valor de R$ 1,044 bilhão.

O Alto Sertão II engloba os parques eólicos que comercializaram energia no Leilão de Energia de Reserva de 2010 e no Leilão de Energia Nova de 2011, totalizando 386,1 MW de capacidade instalada.

O financiamento será contratado pela Renova Eólica Participações, subsidiária da companhia, e tem prazo de 16 anos, com 6 meses de carência após a entrada em operação dos parques.

"Com a contratação e o desembolso desse financiamento, os empréstimos ponte tomados junto ao BNDES e as notas promissórias emitidas neste ano serão quitados", informa a empresa.



quarta-feira, 4 de junho de 2014

Hidrelétricas ainda são alternativas mais viáveis, dizem especialistas


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A hidroeletricidade ainda é a melhor opção energética, do ponto de vista ambiental e econômico, para o Brasil defenderam os convidados do segundo painel desta terça-feira no Fórum de Sustentabilidade – terceiro seminário da série promovida pela Folha.
As alternativas energéticas limpas foram abordadas por Jerson Kelman, ex-presidente da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e da ANA (Agência Nacional das Águas); Márcio Zimmerman, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia; e Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ.
Em média, 80% da matriz elétrica brasileira vem de fontes renováveis –número expressivamente maior do que a média restante do planeta, com cerca de 14% de fontes renováveis, segundo Márcio Zimmerman.
Nesse cenário, a energia produzida por usinas hidrelétricas é responsável por garantir o abastecimento –elas respondem por 80% do sistema, mesmo em anos secos, disse Zimmerman – e por permitir que outras fontes de geração sejam viáveis.
“O Brasil tem espaço para todas as fontes, porque precisamos de uma oferta de energia bastante grande. Temos espaço para fontes de energia solar, eólica e hidrelétrica, não há motivos para um conflito entre os sistemas”, disse o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia.
OUTRAS FONTES
Além das usinas hidrelétricas, existe no Brasil um cenário favorável à instalação de geradores de energia eólica e solar, afirmou Jerson Kelman.
Kelman aposta na viabilidade da instalação de placas fotovoltaicas em telhados para captação de energia solar e mencionou o leilão de contratação de energia solar pelo governo federal, no segundo semestre deste ano.
“É um bom início, como foi no passado o incentivo para a energia eólica. No começo, é uma energia é um pouco mais cara, mas esperamos que decole”, afirmou.
Para Kelman, tanto a energia solar como a eólica são grandes alternativas, “mas não poderíamos imaginar um Brasil só eólico”.
“Não seria possível porque é uma fonte intermitente [depende do regime dos ventos]. No Brasil, a energia eólica é competitiva porque temos hidrelétricas. Quando venta muito, fechamos as torneiras dos reservatórios. Quando venta muito, abrimos”, disse.
Kelman se definiu como “o grande defensor da hidroeletricidade” e defendeu o seu caráter renovável: “As hidrelétricas foram muito demonizadas, temos que mudar esse processo. Elas têm grande utilidade no sentido de permitir outros usos, como navegação e irrigação”.
Nivalde de Castro também defendeu essa matriz energética. “A prioridade das políticas energéticas brasileiras tem que ser as usinas hidrelétricas”, afirmou.
CARVÃO E TERMELÉTRICAS
A ativação das usinas termelétricas para fornecer energia ao sistema, durante períodos em que os níveis dos reservatórios das hidrelétricas estão baixos, foi questionada por Marcelo Leite, repórter especial da Folha e mestre de cerimônias do fórum.
Para Zimerman, mesmo nos períodos de estiagem como a que aconteceu no último verão, o uso de combustíveis fósseis (incluindo as termelétricas a carvão) representa menos de 20% da matriz energética. “No mundo, ela representa 70% [das fontes de energia]“, disse.
Segundo Jairo Kerman, as usinas térmicas a carvão ou a gás custam pouco para construir e muito para funcionar – a lógica é que sejam acionadas apenas em situações extremas. “Um fenômeno que me preocupa é que estão acionadas há muito tempo, desde 2012. Precisamos refletir tecnicamente sobre esse fenômeno que está levando a atuação das térmicas a ter uma duração longa demais. Temos que aprender com isso”, argumentou.
Fonte: Folha de S. Paulo – 03/06/2014

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Governo deve contratar 1GW solar no leilão de reserva

Preço na faixa de R$240,00/MWh pode ser capaz de viabilizar alguns empreendimentos

Por Wagner Freire


Crédito: getty



O mercado de energia estima que o governo deve contratar pelo menos 1GW em usinas fotovoltaicas no próximo leilão de reserva. 

Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), Luiz Fernando Viana, o número chama atenção em potência; em energia firme, porém, por causa do baixo fator de capacidade da fonte, representa apenas 200MW médios.


Viana pondera que o sucesso da fonte , obviamente, vai depender do preço-teto a ser estabelecido pelo governo. 

De acordo com Viana – que esteve presente nesta quinta-feira (29/05) no 6º Encontro Nacional de Investidores em Pequenas Centrais Hidrelétricas -, 

o mercado comenta que R$240,00/MWh seria um preço razoável para viabilizar alguns projetos solares.

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, já avisou que o certame será histórico, pois marcará a entrada da fonte na matriz brasileira. 

"Tivemos reuniões com vários agentes para modelar o leilão. Também tive uma reunião com a diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para discutir formas de financiamento (para fonte solar)", informou o executivo, em entrevista no dia 19 de maio.

Na segunda-feira (26/05), o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético, Altino Ventura, disse que a premissa do governo é desenvolver a indústria fotovoltaica sem subsídios. 

A idéia se baseia em trazer a indústria internacional e, numa etapa seguinte, nacionalizá-la.

Ainda de acordo com informações do presidente da EPE, a estruturação do LER está em fase final, com expectativa se ser realizado em setembro. 

Além da fonte solar (térmica e fotovoltaica), haverá outros dois produtos distintos: 

eólico e de resíduos sólidos.

Quem vender no Leilão de Energia de Reserva (LER) terá que entregar energia a partir de setembro de 2017.

Fonte: www.jornaldaenergia.com.br

Avião movido a energia solar faz primeiro voo de testes

O avião Solar Impulse 2, propulsado a energia solar, realizou seu primeiro voo de testes

Denis Balibouse/Reuters

O avião suíço Solar Impulse 2
O avião suíço Solar Impulse 2: avião conta com quatro motores elétricos

Payerne - O avião suíço Solar Impulse 2, movido a energia solar, realizou nesta segunda-feira seu primeiro voo de testes na base aérea de Payerne, primeira etapa antes de tentar, em março de 2015, a volta ao mundo.

O voo ao redor da base, que fica na região central da Suíça, durou duas horas e 15 minutos, meia hora a mais do que estava previsto inicialmente.

O avião conta com quatro motores elétricos alimentados por 17.200 células solares e nesta segunda-feira foi conduzido pelo piloto alemão Markus Scherdel.

O mesmo piloto fez o primeiro voo com a versão anterior do avião, em junho de 2009.

Depois de se deslocar várias centenas de metros pela pista, alçou voo lentamente planando com as asas imensas, de maior envergadura que as de um Boeing 747.

A aeronave tem previsto um programa de voos de teste durante o verão na Suíça. Após uma hora no ar, o diretor de voo informou que não havia sido detectado "nenhum problema no sistema elétrico e de propulsão" e que a estabilidade do avião era boa.

"É um grande momento porque trabalhamos muito para conseguir estar no ar a tempo e agora percebemos que tudo saiu como esperávamos. Precisamos seguir com os testes, mas é um bom início", declarou o piloto após o pouso.

Este protótipo, o segundo que funciona exclusivamente com energia solar, mede 72 metros, assim como um Airbus A380, mas tem um peso de 2.300 kg, 150 vezes menos que o Airbus.

Seus criadores, Andre Borschberg, um ex-piloto militar, e Bertrand Piccard, o neto do explorador Auguste Piccard, já têm muita experiência graças ao primeiro protótipo com o qual cruzaram a Europa para chegar ao Marrocos, antes de realizar um voo em direção aos Estados Unidos.