segunda-feira, 2 de junho de 2014

Governo deve contratar 1GW solar no leilão de reserva

Preço na faixa de R$240,00/MWh pode ser capaz de viabilizar alguns empreendimentos

Por Wagner Freire


Crédito: getty



O mercado de energia estima que o governo deve contratar pelo menos 1GW em usinas fotovoltaicas no próximo leilão de reserva. 

Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), Luiz Fernando Viana, o número chama atenção em potência; em energia firme, porém, por causa do baixo fator de capacidade da fonte, representa apenas 200MW médios.


Viana pondera que o sucesso da fonte , obviamente, vai depender do preço-teto a ser estabelecido pelo governo. 

De acordo com Viana – que esteve presente nesta quinta-feira (29/05) no 6º Encontro Nacional de Investidores em Pequenas Centrais Hidrelétricas -, 

o mercado comenta que R$240,00/MWh seria um preço razoável para viabilizar alguns projetos solares.

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, já avisou que o certame será histórico, pois marcará a entrada da fonte na matriz brasileira. 

"Tivemos reuniões com vários agentes para modelar o leilão. Também tive uma reunião com a diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para discutir formas de financiamento (para fonte solar)", informou o executivo, em entrevista no dia 19 de maio.

Na segunda-feira (26/05), o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético, Altino Ventura, disse que a premissa do governo é desenvolver a indústria fotovoltaica sem subsídios. 

A idéia se baseia em trazer a indústria internacional e, numa etapa seguinte, nacionalizá-la.

Ainda de acordo com informações do presidente da EPE, a estruturação do LER está em fase final, com expectativa se ser realizado em setembro. 

Além da fonte solar (térmica e fotovoltaica), haverá outros dois produtos distintos: 

eólico e de resíduos sólidos.

Quem vender no Leilão de Energia de Reserva (LER) terá que entregar energia a partir de setembro de 2017.

Fonte: www.jornaldaenergia.com.br