sábado, 31 de julho de 2010

Movimento apresenta resultados no México e prepara 3º Congresso

Iniciativa é destaque na Conferência Internacional sobre a Municipalização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que acontece esta semana 
 
O Movimento Nós Podemos Paraná apresentou os seus resultados na Conferência Internacional sobre a Municipalização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que começou na quarta-feira (28) e se encerra nesta sexta (30), em Chiapas, no México. O evento é promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O objetivo da conferência é propiciar um debate sobre as experiências de municipalização dos ODM, discutir as melhores práticas de implementação e monitoramento das metas e trocar experiências sobre o assunto. O trabalho do Paraná é a única experiência brasileira apresentada na Conferência.

3º Congresso acontece em agosto, em Curitiba
De 17 a 19 de agosto, o Movimento realiza o 3º Congresso Nós Podemos Paraná, no Cietep, em Curitiba. O tema do evento é Inovação e Desenvolvimento Socioambiental. O objetivo é apresentar iniciativas socioambientais inovadoras em prol do desenvolvimento social do Paraná, criando um ambiente de reflexão, formação e diálogo sobre os ODM.
Mostra de Projetos acontece em todas as regiões
Nesta semana, acontece mais uma série de Mostra de Projetos sobre os ODM em diversos municípios: Pontal do Paraná, Apucarana, Londrina, Campo Largo, Paranaguá, União da Vitória, Foz do Iguaçu, Irati, Araucária, Campo Mourão, Curitiba e Umuarama.  A iniciativa é divulgar as ações realizadas por pessoas, entidades, prefeituras e clubes de serviço que contribuem para o alcance dos ODM e incentivar o intercâmbio de boas práticas. Todos os projetos inscritos participarão do 3º Congresso Nós Podemos Paraná. A agenda completa e as inscrições podem ser conferidas aqui.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Suzano anuncia investimento de US$800 milhões em biomassa

 A Suzano Papel e Celulose anunciou nesta quinta-feira (29/07) a criação de uma subsidiária, a Suzano Energia Renovável, para investir na produção de biomassa para a geração de energia. 


A companhia prevê aplicar na nova empresa um total de aproximadamente US$800 milhões. No momento, estão em estudo alternativas de estrutura de capital minimizar a necessidade de aporte de recursos novos no negócio.
A Suzano destaca que iniciou os estudos para a nova empresa em 2009, quando decidiu investir na produção de pellets de madeira para energia. Pellets são partículas desidratadas e prensadas de madeira moída. Segundo a companhia, os pellets concentram grande valor energético por tonelada e apresentam-se como "a forma mais eficiente para transportar biomassa" em longas distâncias.
"A Suzano Energia Renovável nasce para ser a líder mundial no mercado de pellets para energia", garante a companhia, em comunicado que anuncia a sua criação. Os pellets virão de três unidades de produção próprias, instaladas no Nordeste, com capavidade de 1 milhão de toneladas cada. A previsão é de que elas iniciem a operação entre 2013 e 2014, contando com serviços de gestão florestal da Suzano Papel e Celulose.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Aneel aprova regulamentação da nova lei de tarifa

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou no dia 27 de julho Resolução Normativa que regulamenta as novas regras determinadas pela Lei n° 12.212/2010 sobre a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE). 


O subsídio, que beneficiava todas as unidades que consumissem até 80kWh mensais, por exemplo, será concedido às famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) que tenham renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo.
Indígenas e quilombolas também serão beneficiados com o desconto. O CadÚnico é de responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). A retirada do benefício dos consumidores que tinham direito à TSEE de acordo com a Lei nº 10438/2002 é uma exigência legal que deverá ser cumprida pela Aneel no prazo de 24 meses.
Confira na tabela abaixo, os prazos para descadastramento dos consumidores que recebiam o desconto da Tarifa Social antes da nova lei.
Média móvel de consumo (kWh)
Data
maior ou igual a 80
20/11/2010
maior que 68
20/03/2011
maior que 55
20/06/2011
maior que 30
20/09/2011
menor ou igual a 30
20/11/2011
Os titulares de unidades que consomem acima de 80kWh/mês (quilowatt hora por mês), na média dos últimos 12 meses enquadrados na Resolução 246/02, deverão perder o benefício a partir de 20 de novembro deste ano.
Enquanto que os antigos beneficiários, com consumo na média dos últimos 12 meses entre 80 e 220kWh/mês, que atendiam aos critérios estabelecidos pela Resolução 485/02 deverão ser descadastrados a partir de 20 de março de 2011. A Aneel estabeleceu que em até 60 dias a partir da publicação desta resolução, as distribuidoras devem informar a todos os consumidores das classes residencial e rural, por meio de mensagem na fatura de energia elétrica, a respeito do direito à TSEE aos que atendam o disposto pela lei.
A Agência definiu também como será aplicado o desconto em habitações multifamiliares, popularmente conhecidas como cortiços, onde não é possível instalar mais de um medidor. Nessa hipótese, a distribuidora deverá manter medição única para as habitações. O desconto, nesse caso, deverá ser aplicado de forma cumulativa multiplicado pelo número de famílias que utilizem a mesma unidade consumidora.
A regulamentação da lei ficou em audiência pública de 26 de maio a 28 de junho. Nesse período, ocorreram três sessões presencias da audiência nas capitais Salvador (09/06), Fortaleza (17/06) e São Paulo (24/06). Durante o processo, a Agência recebeu 67 contribuições de consumidores, órgãos de defesa do consumidor, representantes de distribuidoras de energia, Ministério Público e parlamentares.
A minuta da resolução e outros documentos relacionados à regulamentação da TSEE estão disponíveis para consulta no link A Aneel/ Audiências/Consultas/Fórum na página eletrônica da Agência (www.aneel.gov.br) desde o dia 26 de maio. A resolução entra em vigor assim que for publicada no Diário Oficial da União (DOU)
Da Redação www.portallumiere.com.br

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Cabos pára-raios tornam energia elétrica mais barata

Cabos pára-raios tornam energia elétrica mais barata
  Paulo Roberto Andrade - Agência USP - 28/07/2010
Com a tecnologia PRE, além de proteger as linhas de transmissão contra descargas atmosféricas, os cabos pára-raios podem transportar energia elétrica a comunidades próximas.[Imagem: Ag.USP]
 
Cabos pára-raios energizados
As linhas de transmissão, utilizadas para transportar grandes quantidades de energia elétrica em longas distâncias, utilizam cabos pára-raios para protegê-las de descargas atmosféricas (raios), evitando com isso seu desligamento.
Mas esses cabos podem cumprir outra função, atendendo a demanda de eletricidade de pequenas comunidades situadas nas proximidades desses chamados "linhões".
Esta é a conclusão do trabalho de pesquisa do engenheiro eletricista José Ezequiel Ramos, no Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP, que mostrou que os cabos de proteção também podem ser utilizados para transportar energia elétrica, por meio da tecnologia de Cabos Pára-Raios Energizados (PRE).
Média tensão
Em seu estudo, José Ezequiel mostrou que a Tecnologia PRE tem um desempenho econômico e operacional melhor, se comparado às tecnologias convencionais, para abastecer as pequenas comunidades próximas às linhas de transmissão.
A tecnologia PRE, desenvolvida na Itália, é baseada na utilização dos cabos pára-raios em linhas de transmissão de alta e extra alta tensão, sendo esses cabos isolados e energizados para viabilizar a transmissão de energia elétrica em média tensão.
"Nesses níveis de tensão é possível o atendimento às pequenas comunidades por intermédio de subestações, onde a tensão elétrica é reduzida para o nível de consumo doméstico ou de pequenas indústrias", explica José Ezequiel.
O engenheiro participou da implantação da tecnologia em Rondônia, acompanhando posteriormente sua operação e manutenção.
Confiabilidade da rede
A pesquisa investigou, entre outras questões, como as descargas atmosféricas (raios) afetam a linha PRE e linhas de transmissão como um todo, o desempenho operacional resultante de mais de 180 meses de operação do PRE em Rondônia e sua viabilidade econômica em relação aos demais sistemas.
"Estudamos também se as descargas atmosféricas são as principais causadoras das interrupções no Sistema PRE, e não as falhas em equipamentos ou outras limitações operacionais", completa o engenheiro.
Foram utilizados como fonte de dados os registros operacionais do PRE em duas cidades de Rondônia: Jaru, entre 1996 a 2000, e Itapuã, entre 1997 e 2007. Os 180 meses de experiência operacional com as duas instalações PRE permitiram comparar o número de interrupções verificadas no período com o número de interrupções estimadas na teoria.
Também foram feitas também medições de resistividade do solo e resistência de terra, e utilização de dados disponíveis da região relacionados à quantidade de chuvas, temperatura, umidade relativa, pressão atmosférica, e registros de descargas atmosféricas.
Menos custos e mais benefícios
Uma das primeiras conclusões do trabalho foi a constatação de que o Sistema PRE não diminui o desempenho da linha de transmissão. Ao contrário, o desempenho da linha é melhorado.
Os resultados mostraram também que o Sistema PRE é bastante sensível às descargas atmosféricas, de forma que, mesmo para baixas correntes de descarga, acontece a saída de operação do sistema. "Apesar disso, devido à característica sazonal das descargas atmosféricas, o desempenho operacional anual do PRE é igual ou melhor que os sistemas utilizados nas pequenas localidades da região," explica.
No aspecto econômico, José Ezequiel destaca que, somadas as duas cidades, a Tecnologia PRE evitou a queima de mais de 80 milhões de litros de óleo diesel para produção de energia, resultando em uma economia superior a R$ 180 milhões. "Comparando esse valor com o custo do investimento para implantar o PRE, eles foram pagos mais de 60 vezes. E comparando somente os cabos pára-raios isolados e energizados, seu custo é quase dez vezes menor que os cabos convencionais", completa.
Alternativa tecnológica
O estudo favorece futuros projetos de implantação ou expansão da Tecnologia PRE. Dessa forma, empresas públicas e privadas têm uma alternativa a mais em relação às convencionais com finalidades semelhantes: atender pequenas comunidades isoladas, próximas aos corredores das grandes linhas de transmissão.
José Ezequiel espera que essa alternativa tecnológica possa ser utilizada nas políticas públicas de universalização da energia elétrica.
"O grande desafio enfrentado pelas novas tecnologias é a falta de conhecimento sobre as mesmas, o que pode levar à sua rejeição. Portanto, a pesquisa tem o mérito de contribuir com a oferta de maior conhecimento, permitindo sua inclusão no rol das demais alternativas analisadas para atendimento a pequenas comunidades", finaliza.

Governo começa a estudar situação energética para a Copa de 2014

Grupo de Trabalho foi criado para levantar as necessidades do sistema elétrico

O governo iniciou a preparação do setor energético para a Copa de 2014, que será realizada no Brasil. Nesta segunda-feira (26/07) foi formado um grupo de trabalho que vai estudar a situação do setor e apontar necessidades de geração, transmissão e distribuição de energia para atender à demanda que será criada pelo Mundial. 
 
 
Segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, o levantamento deve ser concluído até o fim do ano. “O objetivo é prover um nível de segurança necessária para que não haja interrupção durante os jogos.”

O grupo foi formado durante a reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Os trabalhos serão coordenados pelo Ministério de Minas e Energia. Também serão formadas várias forças-tarefas, que ficarão sob a coordenação do ONS e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Os trabalhos terão apoio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), das distribuidoras e das secretarias estaduais.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Eletrosul terá 41MW eólicos nos leilões renováveis

Estatal abre chamada pública em busca de parceiros para os projetos
Crédito: Divulgação/Governo RS
A Eletrosul está em busca de parceiros privados para seus projetos de energia eólica inscritos nos leilões de reserva e de fontes renováveis, marcados para 25 e 26 de agosto. A subsidiária da Eletrobras tem cinco empreendimentos cadastrados, somando 41MW em capacidade instalada. As usinas Galpões (8MW), Cerro dos Trindade (8MW), Ibirapuitã (8MW), Cerro Chato IV (8MW) e Capão do Inglês (9MW) estão todas localizadas em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul.
As empresas interessadas têm até 30 de julho para responder à chamada pública da estatal. A Eletrosul deixa claro que poderá, antes ou depois do leilão, ceder parcialmente sua participação nos empreendimentos a qualquer empresa do Sistema Eletrobras.
Clique aqui para ter acesso ao documento da chamada pública.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Flickr: Your Photostream

Novas imagens de Termografia Flickr: Your Photostream: "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

Metalmecânica 2010 é oportunidade de acesso a tecnologia e negócios

Maior evento do setor no Sul do País reúne mais de 150 marcas brasileiras e estrangeiras e tem previsão de fomentar R$ 40 milhões em negócios a Feira Metalmecânica 2010, que acontece no Parque de Exposição de Maringá, desde quarta-feira (21) até amanhã, sábado (24) é uma porta de acesso das indústrias à tecnologia de ponta,que contribuem para a economia da região Noroeste. 
Estes são os aspectos do evento ressaltados pelo presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, e pelos dirigentes das entidades realizadoras da feira, Carlos Walter Martins Pedro, do Sindimetal Maringá; João Barreto Lopes, do Senai Paraná, e Miguel Tranin, da Alcopar. A feira reúne mais de 150 marcas brasileiras e estrangeiras e tem previsão de fomentar R$ 40 milhões em negócios. "O evento está totalmente nivelado com o mais alto nível de tecnologia existente no mundo", afirma Mauro Eduardo Trevisan, gerente de marketing da Deb'Maq - que participa da feira desde sua primeira edição, em 2001, e é uma das âncoras do evento.

Ensino profissional, saúde e inovação

  Estande expõe serviços e produtos destinados à indústria (Foto: Gilson Abreu)
As ações e serviços ofertados pelo Sistema Fiep para apoiar as indústrias, bem como os programas institucionais da entidade, estão sendo apresentados em um espaço de mais de mil metros quadrados, dentro da Feira Metalmecânica. O Senai-CTM apresenta equipamentos e produtos das áreas de vestuário, metalmecânica e automação. O Senai Maringá reúne alunos e professores para mostrar cursos de eletroeletrônica, automotiva leve, mecânica de motor, construção civil e bioprocessos. No Sesi, empresários e públicos passar por teste de visão, aferição de pressão arterial, avaliação bucal, além de avaliação física. O Centro Internacional de Inovação (C2i) apresenta o plano de inovação, que envolve um diagnóstico do grau de maturidade nesta área e rotas de atividades que permitam oportunidades reais de inovação (produtos e serviços) e formas de a empresa incorporar a inovação constante e estratégica. No espaço da Fiep o público pode conhecer o Movimento Nós Podemos Paraná, o Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial e a Rede de Desenvolvimento Local. O estande do Sistema mostra, ainda, os programas do IEL para inserção de estagiários nas empresas.

Projetos inovadores

 Mostra apresenta projetos desenvolvidos por instituições de ensino (Foto: Gilson Abreu)
Moto para deficientes físicos, triciclo de carga para transporte de mercadorias no trânsito urbano, equipamento para medir a velocidade do chute e projetos como o do uso de própolis para fabricação de ração e animal e o do concreto para construção civil feito de resíduos de garrafa pet e cinza de bagaços de cana. Esses são alguns dos projetos e produtos inovadores que estão sendo apresentados na V Mostra Tecnológica de Maringá, evento paralelo à Feira Metalmecânica 2010. Estão sendo apresentados, também, 10 projetos  desenvolvidos por alunos e professores do Senai e do Sesi Paraná, premiados na Mostra-Inova, concurso realizado pelas duas entidades. Quatro deles já passaram pelo Hotel de Projetos Inovadores e foram graduados na tarde de quinta-feira. A criatividade e as soluções apresentadas na Mostra Tecnológica estão chamando a atenção dos empresários e visitantes da feira. A Universidade Estadual de Maringá apresentada 17 projetos de alunos e professores, muitos já prontos para produção. Outros nove produtos são apresentados pela Incubadora Tecnológica de Maringá. O Centro Universitário de Maringá levou 18 projetos de seus alunos e professores.

Convênio

c Convênio foi assinado durante solenidade de abertura da feira (Foto: Gilson Abreu)
Na abertura do evento, realizada quarta-feira (21), foi assinado convênio entre o Hotel de Projetos Inovadores (HPI), do Senai de Maringá, e a Incubadora Tecnológica de Maringá. Pelo acordo de cooperação, projetos graduados no HPI Senai, e que tenham perfil para se tornar empresas, poderão ingressar na Incubadora Tecnológica. Assinaram o convênio o presidente do Sindimetal Maringá, Carlos Walter Martins Pedro, pela Incubadora, e o diretor regional do Senai, João Barreto Lopes, além do presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, e do prefeito de Maringá, Silvio Barros.

Pára-raios e aterramentos

Conforme divulgado algumas vezes pela imprensa, a incidência de raios no Brasil é uma das maiores do mundo. Não são muito raras notícias de pessoas atingidas, em alguns casos com conseqüências infelizmente fatais.

Como forma de proteção, o pára-raios é um dispositivo simples e eficiente, desde que corretamente dimensionado e instalado.
 Durante as tempestades observa-se uma queda da temperatura e um aumento da umidade relativa do ar, o que diminui suas propriedades dielétricas.
Como os raios se formam
Fig 01
Ao mesmo tempo, o movimento das nuvens provoca um aumento do potencial elétrico entre elas e o solo. Esses dois fatores contribuem para eventual movimento de cargas elétricas entre nuvem e solo, isto é, uma descarga elétrica de curta duração e de alta intensidade.

O pára-raios nada mais é que um elemento metálico situado a determinada altura e eletricamente ligado à terra, de forma que as descargas ocorram pelo caminho mais fácil, protegendo as suas imediações.
Algumas definições
A palavra captor é freqüentemente usada como sinônimo de pára-raios. Em geral, se refere especificamente ao elemento situado no topo, que recebe diretamente o raio.
Fig 01
O captor mais usado atualmente é o tipo Franklin, que consiste de um conjunto de algumas hastes pontiagudas para facilitar a condução, montado em um mastro vertical. Ver esquema na figura.
Até certa época, foram usados tipos semelhantes, mas com adição de material radioativo que, segundo os fabricantes, aumentava o raio de ação. Não são mais permitidos devido ao riscos inerentes.

Em alguns casos são também usados fios horizontais como captores, mas essa forma não está no escopo desta página.

Curiosidade relacionada: o pára-raios foi inventado por Benjamin Franklin em 1752. Inicialmente houve resistência das religiões porque raio era considerado fúria de deus e o homem não podia interferir. A igreja católica declinou da objeção em 1769, quando um raio atingiu uma igreja perto de Veneza e provocou a ignição de uma grande quantidade de pólvora estocada nas proximidades, matando cerca de 3000 pessoas.
Campo de proteção
Um captor Franklin em mastro vertical (Fig 01):
Fig 01
O campo de proteção é dado pelo cone com vértice no captor, com geratriz que faz ângulo de 60º com a vertical (para níveis de proteção maiores esse ângulo deve ser menor).

Portanto, r = h √ 3 #A.1#.
Dois captores Franklin em mastro vertical (Fig 02):

Sejam 2 captores de alturas h1 e h2, distanciados de d, tal que: d < √ [ 3 (h1 + h2) ]. Neste caso, a influência mútua pode ser considerada conforme equações a seguir (supõe-se que h1 > h2).

A linha curva entre h1 e h2 tem forma de parábola e, assim, a equação genérica da sua altura h em relação ao solo é:
Fig 02
h = ax2 + bx + c onde x é a distância horizontal em relação a h1.

E os coeficientes são dados por:

a = (h2 - h1) d2 + (√ 3) / (3d) #B.1#.

b = - (√ 3) / 3 #B.2#.
c = h1 #B.3#.
E o campo de proteção será:

a) nas extremidades, superfícies cônicas conforme item anterior.

b) entre os captores, a superfície com vértice na parábola aqui definida, com geratriz reta partindo desta parábola e em ângulo de 60º com a vertical.

Para mais de 2 captores:

Determinam-se as superfícies para cada agrupamento de 2 captores conforme item anterior e se faz a sobreposição das mesmas.
Instalação típica
A figura abaixo mostra a instalação padrão com apenas 1 captor. Entretanto, o número de captores deve ser dado em função da área a proteger conforme critério anterior. Todo o prédio e áreas a proteger devem estar dentro do campo de proteção.
Fig 01
O cabo de descida é normalmente de cobre, com seção não inferior a 35 mm2.

Como regra geral, a descida deve ser a mais direta possível, com o mínimo de curvas. Essas, quando necessárias, devem ter raio mínimo de 20 cm.

Não deve haver emendas, exceto para o conector indicado, próximo ao solo, que permite separar as partes para medições do aterramento.

Os espaçadores devem ser usados a cada 2 m no máximo e devem proporcionar um separação mínima de 20 cm entre cabo e prédio ou outras partes.


Número de descidas:

Quando se tem mais de um captor, o número de descidas deve ser dado pelo valor máximo entre as expressões abaixo:

(a + 100) / 300

h / 20

(p + 10) / 60
onde:
a: área coberta do prédio em metros quadrados. h: altura do prédio em metros. p: perímetro do prédio em metros. Se o valor de alguma for fracionário, ele dever ser arredondado para o inteiro imediatamente superior.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Para responder de modo adequado e sintético, abordamos resumidamente as fibras óticas. Em seguida, veremos uma síntese do processo de "emenda" destas fibras. 
 
Fibras óticas:
 
 
 

* As fibras óticas são finos fios feitos de sílica, silicone, vidro, nylon ou plástico, que são materiais dielétricos (isolantes elétricos) e transparentes para a faixa do espectro da luz visível e infravermelho próximo.

* Elas são "guias de onda", e podem ser informalmente entendidas como "encanamentos de luz": a luz aplicada a uma das extremidades percorre a fibra até sair pela outra extremidade, podendo este percurso atingir centenas de quilômetros sem a necessidade de que o sinal seja regenerado.

* Cada metade do cabo de fibra óptica é composta de camadas de material. Na parte externa, uma cobertura plástica deve obedecer às normas de construção no prédio e aos códigos de proteção contra incêndio para que o cabo inteiro fique protegido. Sob a cobertura, uma camada de fibras Kevlar (também usada em coletes à prova de bala) amortece impactos e proporciona maior robustez. Sob as fibras de Kevlar, outra camada de plástico, denominada capa, dá proteção e amortece impactos. Alguns cabos de fibra óptica projetados para entrarem em contato com o solo devem conter fios de aço inoxidável ou de outro material que proporcionam maior robustez. Todo esse materiais protegem o "fio de vidro", que é tão fino quanto um fio de cabelo.

* Os dados percorrem o centro de cada fio de fibra de vidro, denominado núcleo. A luz de um diodo ou laser entra no núcleo através de uma das extremidades do cabo e segue adiante, por meio de um fenômeno denominado reflexão total interna.
  
* As fibras ópticas podem ser consideradas basicamente como guias de luz. A luz transmite a informação no sistema binário, ou seja, pulso de luz ou não. Para entendermos como funciona o sistema digital de comunicação, vamos entender inicialmente a diferença entre ele e o sistema analógico: Um toca-discos funciona através do método de transmissão de sinal analógico, pois há uma agulha que é colocada sobre os sulcos do disco e transmite ao amplificador as vibrações que nela estão gravadas. Se você quiser experimentar, pode colocar nos sulcos de um disco, bem velho de preferência, uma lâmina afiada e você vai perceber que a música do disco começará a ser reproduzida num volume bem reduzido através das vibrações da lâmina. Se analisarmos agora um CD Player, veremos que a informação dele é digital, ou seja, é dada apenas pela informação 0 ou 1 do código binário e, portanto, tem de ser traduzida antes de ser amplificada.

* Nas fibras ópticas é isto o que acontece, pois transformamos sinais contínuos, como, por exemplo, nossa voz, que varre freqüências desde poucos Hz até um máximo de 4000Hz, em sinais discretos na forma binária. Temos então que cada zero corresponde a uma ausência de pulso luminoso e o um corresponde a um pulso luminoso. O pulso luminoso pode ser devido a um laser ou a um diodo emissor de luz (LED).

* A moderna tecnologia encontrou na fibra ótica um meio de transmissão de informações que apresenta notáveis vantagens sobre os tradicionais, com vastas aplicações nas telecomunicações, na medicina e na engenharia. As fibras ópticas são atualmente as maiores responsáveis pelas revoluções ocorridas nas telecomunicações. Elas têm tomados os lugares dos cabos metálicos na transmissão de dados e têm capacidade de transmitir uma quantidade enorme de informações com confiabilidade e velocidade incríveis.

Emendas em fibra óticas e processos para a realização de emendas em fibras óticas:

1) Emenda por Fusão

Basicamente, como o próprio nome diz, este processo consiste em "fundir" uma fibra óptica à outra. Este processo não é exatamente simples ou rápido, como se pode ver abaixo.

Para que seja possível a fusão das fibras é necessária a utilização de uma "Máquina de Emenda Óptica" na qual as duas fibras são alinhadas frente a frente, mantendo-se uma pequena distância entre as mesmas. No local onde existe esta pequena distância encontram-se, de forma perpendicular com as fibras, dois "pólos" também alinhados frente a frente um com o outro, todavia, com uma certa distância entre os mesmos. Faz-se necessário passar energia elétrica de um pólo para o outro e devido à distância que existe entre os mesmos são formados arcos voltaicos que aquecem as fibras a temperaturas altíssimas, que provocam a fusão entre as mesmas. Ou seja, a fibra é introduzida na máquina de fusão, limpa e clivada, para, após o delicado alinhamento apropriado, ser submetida à um arco voltaico que eleva a temperatura nas faces das fibras, provocando o seu derretimento e a sua soldagem.

Após o término do processo de fusão, é necessário fazer a cobertura das fibras ópticas nos pontos em que foram feitas as emendas. Para tanto existe um protetor de emenda feito de tubo cilíndrico termocontrátil transparente contendo um elemento metálico em aço inoxidável, o qual tem a finalidade de garantir o reforço mecânico das emendas, protegendo-a contra quebras e fraturas. Após a proteção, a fibra emendada é acomodada em recipientes chamados caixa de emendas. As caixas de emendas podem ser de vários tipos, de acordo com a aplicação e o número de fibras. Umas, por exemplo, são pressurizáveis ou impermeáveis, já outras são resistentes ao sol, para instalação aérea.
O custo de todo o material necessário para este tipo de emenda é alto, pois o processo de "Emenda Óptica por Fusão" exige um custo alto de investimento nos equipamentos para a sua operação. Entretanto, este processo agiliza as instalações e garante uma grande confiabilidade no sistema.

A clivagem, acima citada, é o processo de corte da ponta da fibra óptica. É efetuada a partir de um pequeno ferimento na casca da fibra óptica (risco), a fibra é tracionada e curvada sob o risco, assim o ferimento se propaga pela estrutura cristalina da fibra. A qualidade de uma clivagem deve ser observada com microscópio. 

2) Emenda Mecânica

Este processo consiste em alinhar duas fibras através do uso de um tipo de "luva" especialmente desenvolvida para tal finalidade, a qual mantém estas fibras posicionadas frente a frente, sem uni-las definitivamente. O custo de investimento em materiais para a operação deste tipo de processo é relativamente reduzido, porém não é aconselhável em sistemas que exijam uma grande confiabilidade.

3) Emenda por Acoplamento de Conectores

Este processo é bem semelhante ao processo de Emenda Mecânica, onde duas fibras devem ser alinhadas. Entretanto, em cada fibra é colocado um conector óptico e estes dois conectores são encaixados em um acoplador óptico de modo a tornar possível o alinhamento entre as fibras, sem uni-las definitivamente. Este processo é o menos aconselhável de todos, já que apesar do custo mais reduzido é o que demanda maior tempo para realização.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Clube da Reforma busca aumentar a qualidade das construções

Visando auxiliar a população de baixa renda, a iniciativa reúne indústria, varejo e sociedade. 

Por: Lilian Júlio
Valter Frigieri Junior
Na hora de construir uma casa muitas famílias brasileiras acabam optando por fazer isso sem a ajuda de uma construtora – é o mercado de autoconstrução, que abriga 70% das moradias do país. De acordo com dados da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) são cerca de 14 milhões de operações de construção realizadas por ano nas quais os próprios moradores escolhem os materiais da obra, contratam profissionais sem a qualificação necessária e desenvolvem o projeto. Para melhorar a qualidade dessas construções a ABCP criou o Clube da Reforma.
O que mais preocupa os idealizadores do clube é a falta de capacitação profissional: por causa dela as residências acabam tendo sérios problemas, como infiltração, rachaduras e desconforto térmico. Para resolver estes problemas o Clube da Reforma atua em quatro frentes: assistência técnica, comunicação, crédito e multiplicação. “O mercado de autoconstrução (ou autogestão) é muito grande, porém desorganizado. Algumas instituições já trabalham para reverter este quadro e o trabalho do Clube da Reforma é reunir todas essas ações e agir em conjunto com a sociedade”, explica o idealizador do Clube da Reforma, Valter Frigieri Junior.
Atuação do Clube da Reforma
Os trabalhos do Clube da Reforma começaram há 10 meses, quando a ABCP montou a estrutura primária do projeto. “Nós organizamos a casa – como funcionaria o Clube, quem faria parte da coordenação, como aconteceria o relacionamento com a sociedade. O próximo passo é buscar entidades parceiras – empresas produtoras, varejo, organizações sociais – para colocar em prática nosso objetivo: melhorar a qualidade das construções brasileiras, principalmente, as moradias da população de baixa renda”, afirma Frigieri, que também é gerente nacional de mercado da ABCP.
Mesmo, efetivamente, antes de buscar parceiros, cerca de 40 organizações já declararam seu apoio ao Clube. “Como nossa intenção é trabalhar em nível nacional, precisamos de mais parceiros – nesse primeiro momento, buscamos empresas já com tradição no mercado”, declara Frigieri. A meta do Clube da Reforma é, até 2014, influenciar um milhão de moradias por todo o Brasil – e para isso irá trabalhar com quatro temas – pilares do projeto. “Tudo parte da assistência técnica – a criação de cursos, cartilhas, treinamentos, liberação de crédito, além de dicas técnicas para a população de baixa renda”, explica.
Além da assistência técnica, o Clube da Reforma irá promover a liberação de crédito para reformas (dentro dos padrões de qualidade) e também a comunicação, para que a população tome conhecimento de que existe uma frente que luta para aumentar a qualidade das edificações. “Tudo o que for produzido pelas entidades não será propriedade do Clube e, sim, da sociedade. Qualquer um – varejo, empresas, organizações sociais – pode usar o material, afinal a multiplicação do conhecimento é direito de todos”, afirma Frigieri.
Para ajudar o Clube da Reforma é preciso fazer parte de uma organização – empresarial ou social. “Nesse primeiro momento não será possível a participação da pessoa física, mas já estamos criando mecanismos de interação para que todo cidadão possa contribuir com essa causa”, finaliza Frigieri.
Para conhecer o Clube da Reforma acesse www.clubedareforma.com.br.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Áreas classificadas – a necessidade de se capacitar os projetistas

A edição 2004 da NR 10 exige, no item 10.8.8.4, que os trabalhos para edificações que apresentem áreas sujeitas a riscos de explosão devam ser desenvolvidos por profissionais que – além da formação específica em eletricidade e instrumentação e das 40 horas do curso básico de segurança em eletricidade – participem de programas de treinamento específicos em equipamentos e instalações para atmosferas explosivas.
 

Dentre os envolvidos em serviços para áreas classificadas, observamos que estão inseridos profissionais de projeto, montagem, segurança, processos, operação, manutenção, reparos, fiscalização, inspeção e comissionamento de diferentes especialidades, inclusive não somente os diretamente envolvidos, mas também os usuários dessas instalações, conforme o item 10.1 da norma. Isso porque todos devem ter noção dos riscos envolvidos, bem como das soluções adotadas para o correspondente gerenciamento.

Portanto, embora todos devam passar por, pelo menos, um treinamento para capacitação, é imperativo que os projetistas de elétrica e de instrumentação, sejam técnicos, tecnólogos ou engenheiros, tenham um curso de especialização em equipamentos e instalações para atmosferas explosivas, com base na normalização e legislação vigentes, uma vez que são os responsáveis legais (registro da ART do projeto) pela escolha dos equipamentos e correspondentes formas de instalação e interligações.

Este curso deve incluir, entre outros tópicos, discussões sobre comportamento dos gases, vapores, poeiras e fibras combustíveis ou inflamáveis, princípios de classificação de áreas, características dos tipos de proteções normalizados para equipamentos, soluções para segurança de processo, detalhamento dos métodos de instalação, inspeção e comissionamento.

Além disso, tendo em vista o alinhamento formalizado entre a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) com a ISO/IEC, o comitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Telecomunicações e Iluminação (Cobei), que trata da normalização de equipamentos e instalações para atmosferas explosivas, está elaborando o projeto “Competências Pessoais para Atmosferas Explosivas”, objetivando a certificação dos profissionais via Sistema Nacional de Qualificação e Certificação de Pessoas (SNQC).

No entanto, a Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (Abendi) está elaborando sua norma para certificação de pessoas, que relaciona os conhecimentos específicos a serem comprovados por parte dos profissionais que atuam nestes ambientes, subdivididos conforme suas áreas de atuação: projetos, montagens, manutenção, inspeção, reparos, etc.

Há que se destacar, ainda nesse sentido, os treinamentos que vêm sendo ministrados pela Associação Brasileira para Prevenção de Explosões (ABPEx), com a finalidade de capacitar profissionais que lidam com atmosferas explosivas.

Cumpre citar que, não obstante a futura exigência da certificação de profissionais, esta transcende o âmbito da empresa, resultando em projeção e oportunidades internacionais para todos aqueles que vierem a participar deste processo.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

SPDA na proteção de equipamentos

“...mas estava tudo bem, agora que instalei o para-raios, meus equipamentos começaram a queimar...”. Esta é uma frase que ouvimos cotidianamente, principalmente daquelas pessoas que contratam serviços olhando somente o valor das propostas que chegam em suas mãos, desprezando o escopo técnico delas.


O Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) externo, ou para-raios, não tem como finalidade a proteção do equipamento ou da instalação elétrica, mas sim deve ser instalado para prioritariamente proteger as estruturas, as edificações e as pessoas que nelas habitem ou que por elas transitem contra os impactos diretos dos raios.
A diminuição no tamanho dos componentes e dos equipamentos eletroeletrônicos teve como consequência a queda da suportabilidade a tensões impulsivas (surtos). Se a esse evento somarmos fatores como: equipamentos alimentados pela mesma rede de energia elétrica e que troquem dados por meio de condutores metálicos, sua localização em salas ou edificações diferentes, sistemas de aterramento inadequadamente instalados, dentre outros, concluiremos que é necessário muito mais que a instalação do para-raios para minimizar os efeitos que causam defeito ou queima de componentes da instalação elétrica e dos equipamentos por ela servidos.
Para corrigir o problema, um estudo aprimorado com vistoria técnica no local é sempre recomendável, uma vez que nenhuma condição de instalação é igual a outra. Podemos, entretanto, enumerar um conjunto de pontos-padrão a serem considerados:
  • Qualidade do aterramento: verificação da condição de eletrodo único de aterramento para a edificação, correta escolha do esquema de aterramento e equipotencialização* local;
  • Instalação praticamente obrigatória de proteção contra surtos no primeiro nível de proteção (ponto de entrada da instalação na edificação ou no quadro de distribuição principal (QDP), dependendo da situação), além da verificação da necessidade de proteção adicional (segundo, terceiro e outros níveis) contra surtos de tensão, dependendo da distância e do posicionamento dos componentes e equipamentos;
  • Instalação adequada das linhas elétricas de energia e de sinal, compreendendo diminuição na área do "loop" (laço) causado pelos cabos de energia e de sinal, instalação dos cabos em bandejas ou eletrodutos metálicos com continuidade elétrica assegurada e aterramento em suas extremidades com os barramentos de “terra” dos painéis;
  • Sob certas condições, a instalação de um transformador isolador e de um regulador de tensão para atenuar ruídos causados por componentes harmônicos e o comprometimento nas variações ou surtos de tensão transferidos pela rede de energia elétrica.
Uma vez conhecido o conceito fica mais simples entender que nossa segurança depende cada vez mais de sistemas bem projetados, instalados e mantidos. O conceito do “baratinho” precisa ser banido e dar lugar ao “seguro, com preço justo”.

*Há condições específicas para a utilização deste conceito descritas nas normas ABNT NBR 5410 e ABNT NBR 5419.

Como funciona a energia eólica?



O vento gira uma hélice gigante conectada a um gerador que produz eletricidade. Quando vários mecanismos como esse - conhecido como turbina de vento - são ligados a uma central de transmissão de energia, temos uma central eólica. A quantidade de energia produzida por uma turbina varia de acordo com o tamanho das suas hélices e, claro, do regime de ventos na região em que está instalada. E não pense que o ideal écontar simplesmente com ventos fortes. "Além da velocidade dos ventos, éimportante que eles sejam regulares, não sofram turbulências e nem estejam sujeitos a fenômenos climáticos como tufões", diz o engenheiro mecânico Everaldo Feitosa, vice-presidente da Associação Mundial de Energia Eólica.
O Brasil tem um dos maiores potenciais eólicos do planeta e, embora hoje o vento seja responsável por míseros 29 megawatts (MW) dos cerca de 92 mil MW instalados no país, há planos ambiciosos para exploração dessa fonte de energia. Apoiado no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa), lançado pelo Ministério de Minas e Energia, o Brasil pretende atingir, em 2008, cerca de 1.500 MW gerados pelo vento - um terço disso será instalado no Ceará e deve suprir mais da metade da demanda do estado.
O que impede a instalação de mais centrais eólicas ainda éo preço. A energia gerada por uma central eólica custa entre 60% e 70% a mais que a mesma quantidade gerada por uma usina hidrelétrica. Por outro lado, a energia do vento tem a grande vantagem de ser inesgotável e causar pouquíssimo impacto ao ambiente.
Fonte: Planeta Sustentável

sábado, 17 de julho de 2010

Por Dentro da Indústria aborda déficit de engenheiros no País

 
Programa que vai ao ar neste sábado, 9 horas, na Rede Massa, trata ainda dos Objetivos do Milênio e apresenta as atividades que movimentam o Sistema Fiep
O programa Por Dentro da Indústria deste sábado, que vai ao ar às 9 horas, pela Rede Massa de Televisão (SBT), destaca as dificuldades que muitas empresas brasileiras encontram para contratar engenheiros. Segundo a reportagem, a estimativa é que, até 2012, 150 mil vagas deixem de ser preenchidas no País por conta da falta de profissionais dessa área. No quadro sobre profissões industriais, um perfil do trabalho dos soldadores. O programa apresenta também o case de sucesso de uma indústria de brinquedos de Ponta Grossa surgida por conta de uma necessidade.

Site e sugestões
Uma parceria da Fiep com a SoftCine Vídeo e a Rede Massa, com apoio do Sesi, do Senai e da agência de publicidade Tif, o Por Dentro da Indústria também pode ser conferido posteriormente no site:
 www.fiepr.org.br/pordentrodaindustria.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Lixo pode virar energia limpa e reduzir impacto ambiental

Parece coisa de desenho animado, onde o lixo é usado para mover carros e foguetes. Mas é a vida real: o que você joga fora hoje pode voltar para sua casa, conduzido por fios de eletricidade.
 
 
No Brasil já existem alguns aterros com usinas que reaproveitam o lixo por meio da queima. Agora, os resíduos também poderão virar energia por meio de um reator de micro-ondas. E Matozinhos, no interior de Minas Gerais, será o primeiro no país a ter essa tecnologia. Para começar, a usina de tratamento de resíduos, que está sendo construída junto com o aterro, terá capacidade de 1,5 MW/h, o suficiente para abastecer 3.000 residências.

A tecnologia foi desenvolvida pelo brasileiro Luciano Prozillo, diretor da Micro Ambiental. "O lixo passa por um reator de micro-ondas que retira sua umidade, aumentando seu poder combustível. Depois, ele é compactado e se transforma em briquetes (tijolinhos), que são queimados, liberando o vapor que vai mover turbinas e gerar energia, que poderá ser usada pela prefeitura ou comercializada no mercado livre", explica.

O projeto de Matozinhos é feito em parceria com a Cavo Serviços & Meio Ambiente. De acordo com diretor comercial da empresa, João Carlos David, o aterro deve ficar pronto em agosto e a usina em outubro ou novembro deste ano. "Nós fazemos a instalação dos equipamentos, quando tudo estiver pronto, a Prefeitura de Matozinhos vai ter que realizar uma licitação para definir quem vai operar a usina".

Ganhos
A prefeitura pode fazer essa licitação ou vender briquetes diretamente para potenciais consumidores, como cimenteiras. A procuradora geral do município, Maria Sílvia Viana, explica que ainda isso não está definido. Entretanto, qualquer uma das opções trará impactos econômicos e ambientais muito positivos. "Com a comercialização de energia, teremos aumento na arrecadação de impostos sobre serviços, além disso, como a tecnologia vai reduzir a emissão de poluentes, vamos nos credenciar a receber ICMS ecológico", avalia.

O projeto recebeu investimentos de R$ 10 milhões. Os recursos vieram do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (Fhidro), pois, com a implantação da usina de tratamento de lixo, os afluentes do rio das Velhas estarão protegidos da contaminação por chorume - líquido tóxico gerado na decomposição do lixo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Reativa Service Engenharia Elétrica

Reativa Service Engenharia Elétrica: "Índice de Sustentabilidade Empresarial - ISE

– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

Cabeamento Estruturado

Montar um rede local em uma Empresa é bem diferente do que montar uma rede doméstica. Não apenas porque o trabalho é mais complexo,mas também porque existem normas mais estritas a cumprir. O padrão para instalação de redes locais em prédios é o ANSI/TIA/EIA-568-B, que especifica normas para a instalação do cabeamento, topologia da rede e outros quesitos, que genéricamente chamamos de Cabeamento Estruturado. No Brasil, temos a norma NBR 14565, publicada pela ABNT em 2001. 
Surge daí a necessidade da contratação de uma Empresa qualificada para a realização de tal projeto.  
A norma da ABNT é ligeiramente diferente da norma internacional, a começar pelos nomes, que são modificados e traduzidos para o português, por isso abordardamos os pontos centrais para que se entenda como o sistema funciona.
A idéia central do cabeamento estruturado é cabear todo o prédio de forma a colocar pontos de rede em todos os pontos onde eles possam ser necessários. Todos os cabos vão para um ponto central, onde ficam os switches e outros equipamentos de rede. Os pontos não precisam ficar necessariamente ativados, mas a instalação fica pronta e preparada para  ser utilizada a qualquer momento. É provado que,   é muito mais prático (e barato) instalar todo o cabeamento de uma vez, de preferência antes do local ser ocupado, do que ficar fazendo modificações cada vez que for necessário adicionar um novo ponto de rede. Podem existir alterações posteriores mas sempre seguindo um projeto estrutural.
O início: 
Tudo começa com a sala de equipamento (equipment room), que é a área central da rede, onde ficam os servidores, switches e os roteadores principais. A sala de equipamento deve ser uma área de acesso restrito, onde os equipamentos fiquem fisicamente protegidos.
Em um prédio, a sala de equipamento ficará normalmente no andar térreo. Seria inviável puxar um cabo separado para cada um dos pontos de rede do prédio, seguindo da sala de equipamento até cada ponto de rede individual, por isso é criado um segundo nível hierárquico, representado pelos armários de telecomunicações (telecommunications closed).
O armário de telecomunicações é um ponto de distribuição, de onde saem os cabos que vão até os pontos individuais. Normalmente é usado um rack, contendo todos os equipamentos, que é também instalado em uma sala ou em um armário também de acesso restrito.
Fora os switches, um equipamento muito utilizado no armário de telecomunicações é o patch panel ou painel de conexão. Ele é um intermediário entre as tomadas de parede e outros pontos de conexão e os switches da rede. Os cabos vindos dos pontos individuais são numerados e instalados em portas correspondentes do patch panel e as portas utilizadas são então ligadas aos switches:

Patch panel e detalhe dos conectores
Além de melhorarem a organização dos cabos, os patch panels permitem que se utilize um número muito maior de pontos de rede do que portas nos switches. A idéia é cabear todo o escritório, ou todo o andar do prédio, deixando todas as tomadas ligadas ao patch-panel. Se for um escritório novo, provavelmente poucas das tomadas serão utilizadas de início, permitindo o uso um único switch. Conforme mais tomadas passarem a ser usadas, adicionamos mais switches e outros componentes de rede.
Outra vantagem é que com os cabos concentrados no patch panel, tarefas como desativar um ponto ou ligá-lo a outro segmento da rede (ligando-o a outro switch ou roteador) ficam muito mais simples.
Os patch panels são apenas suportes, sem componentes eletrônicos e por isso são relativamente baratos. Eles são normalmente instalados em racks, junto com os switches e outros equipamentos. Os switches são ligados às portas do patch panel usando cabos de rede curtos, chamados de "patch cords" (cabos de conexão). Os patch cords são muitas vezes feitos com cabos stranded (os cabos de par trançado com várias fibras) de forma a serem mais flexíveis.
Cada andar tem um ou mais armários de telecomunicações (de acordo com as peculiaridades da construção e a distância a cobrir) e todos são ligados a um switch ou um roteador na sala de equipamento através de cabos verticais chamados de rede primária (eles são também chamados de cabeamento vertical ou de backbones). Se a distância permitir, podem ser utilizados cabos de par trançado, mas é muito comum usar cabos de fibra óptica para esta função.
Na entrada do prédio teríamos ainda a sala de entrada de telecomunicações, onde são conectados os cabos externos, como: linhas de telefones, links de Internet, cabos ligando o prédio a outros prédios vizinhos e assim por diante:

Temos em seguida a rede secundária (que na norma internacional é chamada de "horizontal cabling", ou cabeamento horizontal), que é composta pelos cabos que ligam o armário de telecomunicações às tomadas onde são conectados os PCs da rede. Estes são os cabos permanentes, que são instalados como parte do cabeamento inicial e continuam sendo usados por muito tempo.
Como se pode notar, este sistema prevê o uso de três segmentos de cabo:a) O patch cord ligando o switch ao patch panel.
b) O cabo da rede secundária, ligando o patch panel à tomada na área de trabalho.
c) O cabo entre a tomada e o PC.
Dentro do padrão, o cabo da rede secundária não deve ter mais do que 90 metros, o patch cord entre o patch panel e o switch não deve ter mais do que 6 metros e o cabo entre a tomada e o PC não deve ter mais do que 3 metros.
Estes valores foram definidos tomando por base o limite de 100 metros para cabos de par trançado (90+6+3=99), de forma que, ao usar um cabo de rede secundária com menos de 90 metros, você pode usar um patch cord, ou um cabo maior para o PC, desde que o comprimento total não exceda os 100 metros permitidos.
Em um ambiente já existente, os cabos podem ser passados através de um teto falso, ou através das canaletas usadas pelos fios de telefone. Em casos extremos pode ser usado piso falso (piso elevado), permitindo que o cabeamento passe por baixo. O problema de se usar piso falso é que os suportes são caros. No caso de prédios em construção, é possível incluir canaletas específicas para os cabos de rede, facilitando o cabeamento:

As salas e os outros ambientes contendo as tomadas, onde ficam os micros, são chamadas de área de trabalho (work area), já que em um escritório corresponderiam às áreas úteis, onde os funcionários trabalham. Na norma da ABNT, as tomadas são chamadas de "pontos de telecomunicações" e não de "pontos de rede". Isso acontece porque o cabeamento estruturado prevê também o uso de cabos de telefone e de outros tipos de cabos de telecomunicação, não se limitando aos cabos de rede.                                 

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A inserção digital das empresas de construção civil

As principais empresas da construção civil já se adaptaram às ferramentas da internet. 
Por: Camila Braga

O uso da internet vem crescendo exponencialmente em todo mundo e, no Brasil, o cenário não é diferente. Dados apontam que 34% dos brasileiros já possuem acesso à rede, seja de casa, do trabalho ou, inclusive, dos próprios celulares. No campo da construção civil, a internet é usada para troca de informações entre profissionais do ramo como cursos, notícias, dados sobre empreendimentos em todo o mundo e, também, como mecanismo de venda.
Construtoras e imobiliárias com sites diferenciados atraem a atenção de seus consumidores, despertando o interesse pelos seus produtos já no campo virtual. O comércio desse setor mudou bastante nos últimos dez anos, ainda que a compra de um imóvel, por exemplo, não seja feita integralmente pela internet, já que o papel do vendedor é fundamental em alguma etapa do processo. Patrícia Alves, gerente de marketing do Grupo Thá, de Curitiba (PR), afirma: “creio que para um investidor, que está habituado à avaliação de imóveis e que conhece a região escolhida, esse processo (de compra) pode ser completado on line. No entanto, para o comprador de primeira moradia, certamente a visita ao plantão e a conversa pessoalmente com o corretor são imprescindíveis para que ele se sinta seguro para o fechamento da compra”.
 Marketing na Internet


Outro uso frequente da internet é como ferramenta de marketing. Divulgar, promover, posicionar de forma estratégica uma empresa ou produto, diante de um mercado específico. “Estar na rede já não é mais uma opção, é essencial para quem quer ser encontrado”, argumenta o consultor de marketing Olimpio Araujo Junior, da OAJ Gestão de Marketing. As empresas já deixaram o formato básico do site com endereço, telefone e email de contato para trás e hoje trabalham com recursos como fotos, vídeos da obra ou da planta e, inclusive, calculadoras de preço.
Segundo o consultor, não basta mais ter um site para divulgar seus imóveis e empreendimentos. “É preciso ser encontrado, é cada vez mais importante ser indicado e é indispensável ser interativo”. Estar presente na rede é fundamental, se posicionando e garantindo seu espaço no mercado. E para isso, é preciso contar com os profissionais e os recursos adequados: “é necessário trabalhar com o consumidor, entender o seu cliente, usar as ferramentas de marketing adequadas. Qualquer detalhe pode levar seu cliente para o concorrente, que seguramente estará trabalhando sua divulgação através de site e email”, afirma.
Recente pesquisa do IBGE “E-commerce x Varejo de materiais de construção” aponta que do total de entrevistados que diz aceitar receber material de divulgação, 87% afirma preferir recebê-lo por email. Isso demonstra a necessidade de se ter uma boa base de contatos atualizada e frequentemente trabalhada.
Casos de sucesso
Grandes empresas da construção civil já têm resultados expressivos com o uso da internet. A Apolar Imóveis, de Curitiba (PR), além de disponibilizar imagens de seus imóveis com preços e localização, possui ainda um simulador de crédito imobiliário para a compra de novos imóveis. Já a incorporadora Gafisa, de São Paulo, formatou seu site para ser lido também pelo Iphone. A Thá, também de Curitiba, por sua vez, leva o internauta por um tour virtual em todos os cantos do seu novo empreendimento, em 360º graus. “A Thá já está na internet há muitos anos, mas há aproximadamente dois anos o investimento cresceu tendo em vista as tendências de mercado e referências em pesquisa. Foram multiplicados os canais, investido em redes e conteúdos”, ressalta Patrícia Alves, gerente de marketing da Thá.
Conforme o consultor Olimpio, a construtora Tecnisa tem 27% de seus produtos comercializados via web. Já 70% dos clientes da MRV Engenharia consultam seu site antes de comprar. No caso da Gafisa, as vendas on line representam 25% do total.
Redes sociais na Internet
Recentemente, novas comunidades ganharam força no meio digital. São as chamadas redes sociais, como o orkut, facebook e twitter, que vêm ganhando adeptos a cada dia. Nesses espaços, internautas dos mais diversos lugares trocam opiniões, ideias e informações sobre variados temas, baseadas em suas experiências pessoais. Isso faz com que as informações que circulam na rede sobre determinada empresa ou produto tenham um fundo verossímil muito maior do que se vindas somente da própria empresa.
Daí a importância de ter uma marca com muitos seguidores no twitter ou com muitos fãs no facebook. As redes sociais fornecem o que antes era mais complicado de se obter, a informação mais preciosa, opinião. Informação sobre a reputação de um produto ou empresa, vinda diretamente de quem já viveu a experiência desse produto. Existe uma grande diferença entre escutar a opinião de um vendedor e a de um comprador, finaliza Olimpio.
Entrevistado:
Olimpio Araujo Junior
- Licenciado em Geografia pela UEPG
- Master em Comunicação Integrada de Marketing da Fundação Getulio Vargas (FGV)
- MBA em Gestão Comercial pela FGV.
- Sócio Diretor da Curitiba Business School (CWBS), entre 2008 e 2009.
- Atualmente é Diretor da OAJ Gestão de Marketing, empresa que foi responsável pela gestão da comunicação e marketing do Instituto Superior de Administração e Economia/Fundação Getulio Vargas.