sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Energias renováveis:45% da matriz brasileira em 10 anos


Projeção é do Plano Decenal de Expansão de Energia, da EPE


Com crescimento estimado de 5,1% ao ano, as fontes renováveis de energia devem passar de 43,1% para 45% da matriz brasileira em 2021. A projeção está no Plano Decenal de Expansão de Energia, produzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O documento, que fica em consulta pública no Ministério de Minas e Energia até o dia 31 de outubro, traz as metas para adaptação do setor conforme prevê o Decreto 7.390/2010 que regulamenta a Política Nacional sobre Mudança do Clima.

De acordo com o presidente interino da EPE, Amilcar Guerreiro, a meta para o setor é não ultrapassar 680 milhões de toneladas de gás carbônico de emissões absolutas em 2020. 

Para que isso ocorra, foi feito o planejamento de crescimento de cada fonte de energia a longo prazo.

“Para uma parte do horizonte os leilões já estão feitos e estão com uma probabilidade de ocorrência muito alta. Claro que sempre tem a incerteza da demanda. Mas nos primeiros cinco, seis anos, boa parte da oferta já está basicamente definida. 

Agora, para completar o horizonte de dez anos, aí você tem exatamente o plano e, portanto, tem metas a serem atingidas”.

Um dos destaques é o aumento da produção de energia eólica, que hoje não chega a 1.000 megawatts (MW). A meta é chegar a 16 mil MW em 2021. Segundo Guerreiro, uma parte já está leiloada e deve entrar em operação a partir do ano que vem. 

Outra oferta em ascensão é a das energias derivadas da cana-de-açúcar, tanto o etanol como o bagaço, com crescimento de 8,1% ao ano.

Mesmo com a previsão de aumento da participação do gás natural dos atuais 11% para 15,5% em 2021, devido à exploração na camada pré-sal, o presidente interino da EPE disse que as metas de emissão de gases de efeito estufa no setor energético serão mantidas. 

De acordo com ele, o mais importante é que as emissões não cresçam em uma proporção maior do que o crescimento da economia do Brasil.

“Com a evolução da demanda, com essa estratégia de oferta, você mantém, em 2020, a intensidade de carbono na economia. 

Quer dizer, você não está emitindo mais gás carbônico por unidade de PIB [Produto Interno Bruto]. A sua economia cresce, mas ela não fica emitindo mais do que proporcionalmente ao aumento da economia”, declarou.

A meta é manter a intensidade de carbono na mesma proporção medida em 2005, ano em que foi feito o segundo inventário brasileiro de emissões de gás carbônico.

O Plano Decenal da EPE prevê crescimento na capacidade instalada no Sistema Interligado Nacional de 56% até 2021, com destaque para a geração hidrelétrica, com a entrada em operação da Usina de Belo Monte. A malha de transmissão deve chegar a 150,5 quilômetros. 

Guerreiro lembra que o nível de atendimento de energia elétrica atualmente está muito perto de 100% e o crescimento é de 1,5 milhão de ligações residenciais por ano.

No setor de hidrocarbonetos, a produção de petróleo deve saltar de 2 milhões de barris por dia (bpd) para 5,43 milhões até 2021, com a entrada em operação de 90 plataformas de produção. 

Como a demanda projetada é de 2,89 milhões de bpd, o excedente de 2,54 milhões será destinado à exportação.

A previsão é que a oferta de energia não-renovável cresça 4,7% ao ano, enquanto a de energias renováveis aumente 5,1%. 

Com isso, será possível suprir a demanda, que deve crescer 4,7% ao ano até 2021. O investimento total estimado para os próximos dez anos é R$ 1 trilhão.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Políticas de estímulo à utilização das energias renováveis

Enviado por luisnassif 
Por Ronaldo Bicalho
Do blog Infopetro
Um balanço das políticas de estímulo à utilização das energias renováveis
Por Jacqueline Batista Silva

Em recente relatório publicado pela KPMG Internacional são apresentadas as principais iniciativas em termos de taxas e incentivos realizados por 23 países ao redor do mundo em prol do estímulo ao desenvolvimento tecnológico e a promoção de diversas fontes de energias renováveis: eólica, solar, biomassa, geotérmica e hidroelétrica.

Em 2009 havia 83 países com algum tipo de política de promoção de renováveis; hoje, esse número chega a 96. São observadas políticas regulatórias, além de incentivos fiscais e financiamento público.

Na União Europeia foi observada uma redução dos incentivos, devido ao quadro econômico vivido. 

No entanto, os países permanecem comprometidos com as metas de redução de emissões: a Suécia excedeu seus requisitos regulatórios; a Alemanha dobrou sua capacidade de geração solar fotovoltaica; a França delineou um plano de participação de 25% de renováveis no mercado de energia até 2020; e, segundo alguns analistas, a energia solar nas regiões mais ensolaradas do Mediterrâneo está a ponto de tornar-se competitiva com os combustíveis fósseis.

Em contrapartida são observadas, ainda assim, reduções no investimento. Mesmo a Alemanha, com muito bons índices, reduziu em 15% os subsídios, com indicações de 29% de cortes em 2012. 

O Reino Unido e a Itália reduziram subsídios em 50%. Na Espanha, várias instalações solares fecharam, levando ao desemprego na casa dos milhares. A República Tcheca poderá reduzir, ou mesmo eliminar os incentivos, a despeito dos compromissos firmados pela União Européia. 

Houve também o fator China, reduzindo os preços de painéis fotovoltaicos solares – quase 50% nos últimos 3 anos, devido ao aumento massivo da produção dos painéis.

Na Ásia, contudo, os incentivos foram mantidos ou aumentaram. E, mais uma vez, a China é um importante player, impulsionando outros países asiáticos. A Coreia do Sul afirma que, até 2030, 11 % de sua energia total será proveniente de renováveis, numa medida que intitulou de Crescimento Verde. 

Na Índia, a produção de renováveis tem sido associada ao provimento de eletricidade para as regiões fora do grid, através das instalações fotovoltaicas e de geração elétrica independente por instalações movidas a biocombustíveis.

O relatório trata especificamente de vários países, e é dada atenção especial também ao Brasil. Aqui, foi observada uma queda de 5% em novos investimentos. Mas isso é explicado pela atenção dada à consolidação do setor de biocombustíveis, no qual boa parte dos recursos são injetados nos processos de fusões e aquisições – não computados como novos investimentos. 

O relatório apresenta o regime especial de impostos para produtores e importadores de biodiesel, o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS): taxas são menores e não cumulativas na revenda para atacadistas, distribuidores e varejistas.

Alguns outros dados também são apresentados: o Brasil é o sexto investidor mundial em renováveis, com 43,9% da oferta interna de energia proveniente dessas fontes. 

Também é destacado como um país que contém as condições ideais para o cultivo de oleaginosas, e o crescimento da utilização do biodiesel encontra um aliado na regulação, com a exigência de adição de 5% de biodiesel ao diesel e o monitoramento dessa taxa no mercado. Programas de financiamento também foram introduzidos em todas as fases de produção.

O Brasil formalizou o compromisso com a redução das emissões de carbono, após a COP-15, aumentando sua meta para 2,8%, tendo se comprometido a reduzir em 38,9% em 2020. 

Uma meta ambiciosa, à qual é imprescindível a implementação de uma série de benefícios fiscais para estímulo da utilização de renováveis.

O quadro a seguir apresenta os cinco países que mais se destacam em novos investimentos em diferentes áreas de energia renovável segundo os dados disponíveis (2010).



Fonte: KPMG, 2012.

No quadro percebemos o destaque do Brasil em investimento (5ª posição) e em produção de etanol e biodiesel (2ª posição mundial). 

Não considerando as adições anuais referentes a 2010, o Brasil ocupava até o fim daquele ano a 4ª posição em renováveis (incluindo recursos hidrelétricos) e a 2ª posição em capacidade de geração de energia através de biomassa.

Um fator destacado no estudo é o fato de o “centro de gravidade” do setor de renováveis estar em processo de migração: dos países desenvolvidos para os emergentes – tanto no polo da manufatura como no polo consumo. 

E, se essa tendência se confirmará será “uma questão da integração dos fatores econômicos, políticos e tecnológicos relacionados à energia verde”. Como sempre.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

A Revolução Eólica (43) - IMPSA produz geradores para Complexo Eólico Livramento



Por Cleber Dioni Tentardini

O grupo argentino IMPSA vai fornecer as 39 turbinas eólicas de 2MW cada, dos próximos cinco parques eólicos que já estão sendo construídos no Cerro Chato, em Sant’Ana do Livramento.

Esses parques representam a primeira fase do Complexo Eólico Livramento, um projeto da Eletrosul Centrais Elétricas, que detém 49% do investimento, em parceria com a Fundação Eletrosul de Previdência e Assistência Social - Elos, com 10%, e o Fundo de Investimento Privado (FIP) Rio Bravo , com 41% das ações. A estatal e as entidades constituíram a Livramento Holding S.A para gerenciar as usinas.

Nessa mesma região da fronteira-oeste do Rio Grande do Sul, a estatal subsidiaria da Eletrobras é proprietária das usinas eólicas Cerro Chato I, II e III, com 45 aerogeradores e 90MW de capacidade instalada, em funcionamento desde 2011.

Fábrica no RS

Os aerogeradoresestão sendo produzidos na WPE – fábrica da IMPSA no Complexo Industrial e Portuário de Suape, em Pernambuco, instalada em 2008, com 600 funcionários, e capacidade de produzir 500 máquinas por ano e abastecer 1000 MW/ano. 

A entrega das turbinas modelo IWP-100, mais atual da empresa, está prevista para o primeiro trimestre de 2013, de acordo com o diretor de Comunicação do grupo argentino, Santiago Miles

A partir de 2014, o grupo espera reduzir os custos logísticos de operação quando pretende já estar operando sua nova planta em solo gaúcho – o município sede ainda não foi definido, ficará no eixo Região Metropolitana de Porto Alegre e Caxias do Sul. 

Ainda estão sendo verificados fatores como resistência do solo, nível de terraplanagem e acessos.

A IMPSA espera iniciar ainda este ano as obras da sua fábrica gaúcha, prevendo começar a operar no segundo semestre de 2013. Vai investir R$ 87,5 milhões na unidade que terá capacidade de fabricar 200 aerogeradores por ano.

Presente em 40 países

Em seus mais de cem anos de história no setor de energia, a IMPSA já forneceu equipamentos para centrais de geração elétrica que totalizam mais de 45.000MW de potência instalada. 

Está presente em mais de 40 países, nos cinco continentes, com mais de seis mil empregados. A multinacional possui contratos superiores a U$S 3.900 milhões.

Desde os anos 80 a multinacional acompanha a evolução do setor de energia eólica através da pesquisa e desenvolvimento. 

Em 1998 foram iniciados os estudos sobre materiais compostos e no inicio de 2003, o desenvolvimento de tecnologia própria até conseguir o primeiro protótipo de 1,5 MW. 

A IMPSA desenvolveu seu próprio conceito UNIPOWER®, com acionamento direto (DDPM) que une em um só componente ao gerador elétrico e o cubo rotor, eliminando peças complexas e reduzindo e facilitando o transporte, a operação e manutenção. 

Graças à tecnologia UNIPOWER®, melhora-se a eficiência e a confiabilidade dos aerogeradores.Hoje, produz aerogeradores de até 2,5MW.

Os centros de produção estão no Brasil, na Argentina e na Malásia. 

Em Pernambuco, além da fábrica de turbinas, haverá uma planta para produção de componentes hidrelétricos. 

Fotos

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Bahia ganha complexo eólico de R$ 425 mi


Da Redação
Manu Dias | Divulgação | Secom

O vento tem velocidade média de 25 quilômetros por hora

A geração de energia limpa segue em expansão na Bahia. 

Na quinta-feira, 20, no município de Brotas de Macaúbas, na região da Chapada Diamantina, foi inaugurado um parque eólico com 95 MW de capacidade instalada - energia suficiente para abastecer uma cidade com até 350 mil habitantes. 

 O empreendimento, que pertence a Desenvix Energias Renováveis S.A, exigiu um investimento da ordem de R$ 425 milhões.

O Parque Eólico de Brotas de Macaúbas é formado por três usinas eólicas EOL Macaúbas, EOL Seabra e EOL Novo Horizonte. 

Juntas, elas possuem 57 turbinas em operação.

"A geografia privilegiada da Bahia, a presença de indústrias construtoras de aerogeradores no Estado e os estímulos ao investimento privado oferecidos pelo governo foram determinantes para o sucesso do empreendimento", comentou o sócio-diretor presidente da Desenvix, José Antunes Sobrinho, durante a solenidade de inauguração ocorrida na quinta e que contou com a presença do governador Jaques Wagner.

Além de ampliar a capacidade energética do Brasil e proporcionar uma energia limpa, o empreendimento beneficiou os moradores da região, com geração de emprego e renda. 

Durante a construção do complexo foram empregadas 600 pessoas, sendo 450 de mão de obra local.

O Parque Eólico de Brotas de Macaúbas é o segundo empreendimento deste tipo inaugurado este ano na Bahia. 

O primeiro foi o complexo eólico Alto Sertão I, em julho deste ano, e abrange os municípios de Caetité, Igaporã e Guanambi, na região sudoeste, considerado o maior da América Latina, com capacidade para fornecer energia a uma cidade com aproximadamente dois milhões de habitantes.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Brasil está próximo de um boom no mercado de energia sola, diz especialista


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Para o engenheiro, nos próximos anos os brasileiros começarão a converter 
patrimônios imobiliários em usinas geradoras de energia.
Foto: Clara Corrêa/Redação EcoD


Nos próximos anos, o Brasil verá um boom no mercado das tecnologias de energia solar - especialmente aquelas aplicadas às edificações e cidades. 

A perspectiva é do engenheiro, empresário e consultor Carlos Farias. Em entrevista ao Portal EcoD ele destacou o desenvolvimento do setor, as vantagens do uso da energia renovável e a expectativa de um novo mercado de produção individual de eletricidade no Brasil.

Segundo Farias, o Brasil vive um “momento incrível” para o uso das ciências renováveis e para que os arquitetos insiram o uso delas nos projetos. 

Entre as principais tecnologias, ele destaca os coletores solares de água e os sistemas fotovoltaicos.

Cada chuveiro que um cidadão brasileiro instala custa ao governo de R$2.000,00 a R$3.000,00 para produzir energia para aquecê-lo.”
Carlos Farias, especialista em energia solar
A primeira é utilizada para gerar calor, enquanto a segunda produz eletricidade a partir do sol, conta o engenheiro. 

Ele destaca ainda que, enquanto os coletores já se consolidaram no mercado com alternativa barata e acessível para moradores de todo o país, os sistemas fotovoltaicos enfrentam problemas como a ausência de fábricas nacionais e de profissionais capacitados para projetar e instalar os equipamentos corretamente.

Com isso, os custos aumentam e dificulta a difusão da tecnologia em larga escala, diz Farias. 

Apesar disso, ele acredita que dentro de um futuro próximo projetistas, arquitetos e moradores já poderão ser produtores de eletricidade utilizando a energia solar, além de também poderem aquecer a água com redução de até 100% na conta de luz. 

“A expectativa é de que o Brasil inteiro possa gerar energia fotovoltaica nos próximos cinco anos”, afirma.

No vídeo abaixo, Farias comenta as principais vantagens do uso das tecnologias renováveis, da melhor distribuição da energia, as consequências da produção local de eletricidade e as oportunidades que surgirão com as novas demandas. 
 



Fonte: www.ecodesenvolvimento.org

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Complexo Eólico no Sul














A Eletrobras Eletrosul e o Fundo de Investimentos em Participações (FIP) Rio Bravo assinaram, na sexta-feira, 14 de setembro, a ordem de serviço com a espanhola Gamesa – fabricante de aerogeradores – para a construção do Complexo Eólico Geribatu, em Santa Vitória do Palmar, no litoral sul do Rio Grande do Sul
Trata-se do maior empreendimento eólico da empresa e de um dos maiores da América Latina, com 258 megawatts (MW) de capacidade instalada ou o equivalente ao consumo de mais de 1,6 milhão de pessoas. 
Os 129 aerogeradores estarão divididos em dez parques. O investimento previsto é de aproximadamente R$ 1 bilhão.
De acordo com o diretor de Engenharia e Operação da Eletrobras Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio, o início da implantação será imediato, com a mobilização do canteiro de obras para o começo dos trabalhos de campo, como abertura de acessos e construção de plataformas, a partir de outubro. 

Serão abertos e recuperados cerca de 70 quilômetros de estradas. 

“Estamos investindo em uma região nova do Brasil em termos de aproveitamento do potencial dos ventos e nos transformando em um dos maiores players de energia eólica do país”, afirmou o executivo.

Integra, ainda, o consórcio construtor a Schahin Engenharia S.A., que ficará responsável pela parte de construção civil, como as bases das torres eólicas, e a implantação da rede de média tensão. 

Serão 60 quilômetros de linhas subterrâneas, que transportarão a energia dos aerogeradores até uma subestação coletora. 

Os aerogeradores fornecidos pela Gamesa (modelo G97) têm 78 metros de altura (do solo até o eixo) e rotor com 97 metros de diâmetro. A ABB fornecerá os equipamentos do sistema de transmissão.

A expectativa é que sejam gerados cerca de três mil empregos diretos e indiretos durante as obras do Complexo Eólico Geribatu, o que terá reflexos positivos para a economia de Santa Vitória do Palmar e redondezas. 

Além da importância para o setor elétrico brasileiro, o empreendimento dará mais qualidade e segurança ao suprimento de energia da região, criando oportunidades de crescimento econômico.

O Complexo Geribatu é um dos quatro empreendimentos eólicos da carteira de investimentos da Eletrobras Eletrosul. Em junho, a empresa inaugurou o Complexo Eólico Cerro Chato, com 90 MW de capacidade, em Sant’Ana do Livramento (RS), na divisa com o Uruguai. 

Nas imediações, está construindo o Complexo Eólico Livramento, com 78 MW, que deverá entrar em operação no primeiro trimestre de 2013. O quarto empreendimento, com 144 MW, será implantado em Chuí, no extremo sul gaúcho. A expectativa é que as obras sejam iniciadas ainda este ano.

Esses investimentos, que somam 570 MW de potência, consolidam a Eletrobras Eletrosul como a maior estatal eólica do país. 

A decisão da empresa de investir nesse tipo de energia é resultado dos estudos e medições de vento realizados nos últimos anos, que apontaram o excelente potencial no extremo sul do Rio Grande do Sul.

Integração
Para escoar a energia dos complexos eólicos do litoral sul gaúcho, a Eletrobras Eletrosul, em parceria com a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE-GT), irá construir cerca de 490 quilômetros de linhas de transmissão (525 kV), três novas subestações e ampliar uma unidade existente. 

A previsão é que as obras comecem no início de 2013. “Além da conexão dos parques eólicos, esse complexo de transmissão integrará a metade sul do Rio Grande do Sul ao Sistema Interligado Nacional (SIN), permitindo não só o aproveitamento do potencial eólico como também o melhor aproveitamento do potencial do setor produtivo da região”, ponderou Custódio.

Serão investidos aproximadamente R$ 700 milhões no sistema de transmissão que inclui as subestações Povo Novo (525/230 kV), Marmeleiro (525 kV) e Santa Vitória do Palmar (525/138 kV); as linhas de transmissão Nova Santa Rita-Povo Novo, Povo Novo-Marmeleiro e Marmeleiro-Santa Vitória do Palmar (todas em 525 kV); e o seccionamento da linha Camaquã 3-Quinta na subestação Povo Novo (230 kV). 

Os empreendimentos foram arrematados no leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizado em junho. 

O prazo para a conclusão das obras é de 24 meses, contados a partir de agosto, quando foi assinado o contrato de concessão, mas a expectativa é antecipar a entrega para o início de 2014 para compatibilizar com o prazo de entrada em operação dos parques eólicos.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Impsa em alta voltagem


Conhecida por seus parques eólicos, a portenha Impsa anuncia investimentos de R$ 1,8 bilhão e a produção de turbinas hidráulicas no Brasil
Por Rosenildo Gomes Ferreira

A portenha Impsa Wind, fabricante de equipamentos para geração de energia eólica, desembarcou no Brasil em 2008, atraída pela força dos ventos nas regiões Sul e Nordeste. 

Em menos de três anos, a companhia fechou contratos de US$ 1,2 bilhão para a instalação de fazendas eólicas no Ceará e em Santa Catarina.

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Nova planta em Suape: filial comandada por Menghini contará com 
linha de montagem de turbinas e um laboratório hidráulico

Foi o suficiente para fazer do País a sua maior base de operações, superando a Argentina e a Malásia, onde a Impsa Corporation também mantém unidades produtivas. 

O País deverá responder por uma receita de R$ 1,1 bilhão em 2010, mais da metade dos R$ 2,1 bilhões previstos para todo o grupo no período. Os portenhos, no entanto, querem mais.

De olho na construção de dezenas de usinas hidrelétricas nas regiões Norte e Centro-Oeste, negócios que deverão consumir R$ 214 bilhões até 2019, os executivos da Impsa pretendem abocanhar uma fatia desses investimentos.

Para isso, a empresa vai aplicar R$ 250 milhões na instalação de uma linha para produção de turbinas para hidrelétricas, além de um laboratório hidráulico na sua planta de Suape (PE). 

No total, os investimentos da Impsa para o período 2010-2011 deverão somar R$ 1,8 bilhão. A fatia restante será usada para cumprir os contratos em andamento.


US$ 1,2 bilhão é o valor da carteira de pedidos da Impsa para o 
fornecimento de turbinas para parques de energia eólica no Ceará 
e em Santa Catarina

“O Brasil se transformou em um terreno fértil para quem atua no setor energético”, destaca Jose Luis Menghini, vice-presidente da Impsa Wind do Brasil. Com exceção da China, nenhum outro país do mundo está investindo tanto em energia.

E a produção local é um imperativo para quem pretende ser um jogador de destaque nesse campo. Primeiro porque facilita a obtenção de financiamento junto aos órgãos de fomento, como o BNDES. 

Além disso, atende à exigência de conteúdo mínimo de insumos nacionais, normalmente incluídos em contratos dessa natureza.

Não foi por outro motivo que as rivais Siemens, General Electric, Alstom, ABB e Voith desembarcaram por aqui nos últimos 50 anos. 

Hoje, a Impsa já possui contratos com a Odebrecht para fornecer equipamentos para as usinas de Simplício, na divisa entre Rio de Janeiro e Minas Gerais, e Dardanelos, em Mato Grosso, que somam R$ 655 milhões.



Com a ampliação da planta de Suape, que quase triplicará para 51 mil metros quadrados de área construída, será possível operar em um novo patamar. 

No novo galpão poderão ser montadas turbinas hidráulicas com peso de até 800 toneladas e 38 metros de altura, equivalente ao tamanho da estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

“Os investimentos em energia estão repetindo patamares somente vistos na década de 1970, durante o chamado milagre econômico”, opina o economista Fernando Camargo, sócio-diretor da LCA Consultores. 

É que para continuar crescendo no ritmo de 5% ao ano, o Brasil precisará adicionar seis mil Mega-Watts (MW) por ano à sua capacidade de geração – montante suficiente para abastecer uma cidade com 18 milhões de habitantes.

“O grande potencial do Brasil ainda é a hidroeletricidade”, reforça Rosângela Ribeiro, analista de investimentos da SLW Corretora. 

Para Menghini, a polêmica ao redor da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, situada no Pará e duramente criticada por ambientalistas, não deverá inviabilizar os megaprojetos. 

“O governo terá de optar entre atender às reclamações dos ecologistas ou deixar milhões de pessoas no escuro”, completa o executivo.

MDL evita a emissão de um bilhão de toneladas de CO2

Fabiano Ávila, do Instituto CarbonoBrasil
Uma indústria na Índia que passará a usar biomassa em vez de carvão e petróleo como fonte de energia recebeu no dia sete de setembro a Redução Certificada de Emissão (RCE) de número um bilhão do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.

Projeto de energia renovável do MDL em Benin / UNFCCC

“É uma marca excitante e uma prova da expansão do MDL. O mecanismo não apenas está tendo um impacto importante nos países em desenvolvimento com a transferência de tecnologias e o avanço do desenvolvimento sustentável, como também está encorajando nações desenvolvidas a aumentarem suas metas de redução de emissões, já que derruba o custo da mitigação”, afirmou Christiana Figueres, presidente da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC).

O projeto indiano promete evitar as emissões de 17.475 toneladas de dióxido de carbono (CO2), o equivalente a retirar 3.100 carros de passeio das ruas.

O MDL funciona justamente assim, iniciativas em países em desenvolvimento que reduzem as emissões recebem créditos, as RCEs, que podem ser comercializadas com os países ricos signatários do Protocolo de Quioto ou com qualquer outra nação que possua metas de emissão e aceite as RCEs como uma de suas “moedas”.

Atualmente existem mais de 4.500 projetos de 75 países registrados no MDL; desde ações de substituição de fornos à lenha por modelos mais limpos e eficientes à aplicação de tecnologias que diminuem as emissões de gases do efeito estufa na geração de energia.

O Brasil ocupa o 3º lugar em número de projetos, com 211, sendo que a China domina completamente a ferramenta, com 2.307 iniciativas. 

O MDL contém ainda mais 8.971 projetos nos diversos níveis do processo de aprovação (pipeline).

Em agosto, o Comitê Executivo do mecanismo registrou 160 novos projetos, o maior número até então. O número de RCEs expedidas foi de 21 milhões no mês passado.

Crise

Apesar de a quantidade de projetos estar crescendo, o mesmo não pode ser dito com relação aos preços das RCEs, que na última quarta-feira (5) alcançaram o menor valor já registrado, €2,45/t.

A principal razão para a queda é o excesso de créditos nos mercados, resultante de políticas pouco rigorosas para a emissão dos diversos tipos de créditos e também da recessão econômica na União Europeia, que derrubou a produção industrial e por consequência a necessidade de compensar emissões.

Esta não é a primeira crise enfrentada pelo MDL, que já foi criticado por possuir regras pouco rígidas, o que facilitou casos de fraudes, e por ser muito burocrático e caro, o que dificultava a inclusão dos países mais pobres no esquema.

O Comitê Executivo que administra o mecanismo vem promovendo medidas justamente para lidar com esses problemas.

Uma das mais recentes foi o lançamento do “CDM Help Desk”, uma iniciativa voltada para o apoio dos participantes de projetos em países pouco representados no MDL.

O painel permite que desenvolvedores, coordenadores, gestores, Autoridades Nacionais Designadas e Entidades Operacionais Designadas obtenham informações confiáveis do secretariado sobre questões relacionadas aos projetos de MDL.

“Nosso objetivo é garantir a integridade ambiental, melhorar a eficiência e a transparência e levar os benefícios do MDL para todos os países em desenvolvimento. 

Grandes tentativas já estão sendo feitas nessas áreas e o comitê continuará seus esforços para melhorar o mecanismo e deixá-lo mais atraente para os atuais mercados e para os inúmeros sistemas de comércios de emissão que estão surgindo”, concluiu Maosheng Duan, presidente do Comitê Executivo.

(Instituto CarbonoBrasil)

II Seminário - Um olhar sobre A Energia Sol Fotovoltaica no Brasil: Tendências e Oportunidades

Fonte: Procel Info
Rio de Janeiro – O II Seminário - Um olhar sobre A Energia Solar Fotovoltaica no Brasil: Tendências e Oportunidades será realizado no dia dia 20 de setembro de 2012 – das 8:30 às 17:30 h na sede da Firjan do Rio de Janeiro.



O evento tratará de temas importantes como os tipos de sistemas fotovoltaicos, novos negócios, equipamento básico, casos de sucesso, legislação e incentivos no Brasil, Rio Capital da Energia, impactos na matriz energética, perfil do Brasil (hoje), oportunidades de mercado, geração de empregos, marketing ambiental e certificação. 

O conteúdo será ministrado pela arquiteta Isabelle de Loys, M.Sc. de Loys Arquitetura, pesquisadora e doutoranda IVIG/PPE/COPPE, pelo consultor e instrutor do Sebrae e da GIZ, Hans Rauschmayer e Marcelo Vertis, subsecretário de Estado de Energia, Logística e Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro. 

Os interessados em participar do seminário devem entrar em contato com os telefones: 

Marie - (21) 7950-8444 / 8280-4277 ou Mauro(21) 8867-2337 / 2616-4641. 

Mais informações também podem ser adquiridas pelos e-mails: 

Marie de Loys: deloysarquitetura@gmail.com e Mauro Lerer: contato@solarize.com.br.


Postado por Empresa Verde às terça-feira, setembro 11, 2012

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Energia solar deve abastecer rede de clientes em Campinas a partir de 2013

Projeto avaliado em R$ 13,8 milhões reúne três docentes da Unicamp.
Sistema beneficia meio ambiente, mas instalação apresenta preço 'salgado'.


Fernando PacíficoDo G1 Campinas e Região
Painéis fotovoltaicos no estacionamento do zoológico de Cincinnati (Foto: Associated Press)Painéis fotovoltaicos no estacionamento do
zoológico de Cincinnati (Foto: Associated Press)
A energia fotovoltaica, obtida através da conversão direta da luz solar em eletricidade, deve integrar a rede de abastecimento dos clientes de Campinas (SP) a partir de 2013. 

Um dos 18 projetos aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para diversificação da matriz energética no país, é desenvolvido pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), com auxílio de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e empresas spin-offs - que derivaram da própria instituição.

O professor Ennio Peres, do Instituto de Física Gleb Wataghin, explica que 1 megawatt (MW) será produzido em uma usina a ser instalada na subestação Tanquinho, que pertence à concessionária. Além disso, outros 75 quilowatts (kW) terão origem na universidade. O projeto é pioneiro no estado de São Paulo.

"A inauguração está prevista para o mês de novembro e o início de funcionamento, que é a injeção de eletricidade na rede, para o mês de janeiro. A produção da usina é suficiente para abastecer pelo menos 650 clientes, cujo consumo médio é de 200 kWh / mês", explica o pesquisador. 

Os projetos aprovados pela Aneel, na 'Chamada 13', devem gerar 25 MW de energia, valor quatro vezes superior à produção nacional atual desta fonte, com capacidade para abastecer pelo menos 16,5 mil clientes.

Peres salienta que o olhar mais atento do governo federal para a ampliação da tecnologia deve trazer benefícios aos consumidores a longo prazo. 

"Por enquanto, o ideal é que os clientes não vejam diferença em suas residências, pois a energia deve ser injetada com qualidade necessária para não perturbar o fornecimento. 

Além disso, determinar quanto de fato será produzido e como isso variará durante o dia também é um dos objetivos", diz o pesquisador. O projeto da CPFL tem investimento de R$ 13,8 milhões.
Esquema mostra residência com abastecimento de energia fotovoltaica 
(Foto: Arte / G1 Campinas)

Como funciona?Compostos por estruturas chamadas células solares, os painéis fotovoltaicos têm a propriedade de criar uma diferença de potencial elétrico entre os terminais por ação da luz. Ela faz com que as células absorvam a energia solar e façam a corrente elétrica fluir entre duas camadas com cargas opostas, como uma bateria.

"A Aneel permite que as residências utilizem painéis fotovoltaicos e se conectarem à rede, usando e eventualmente fornecendo a energia elétrica produzida durante o dia e retirando eletricidade da rede durante a noite", explica Peres.


Ennio Peres ressalta benefícios no uso da energia
fotovoltaica (Foto: Antonio Scarpinetti / Unicamp)

Benefícios x 'preço salgado'

O pesquisador da Unicamp valoriza os benefícios ambientais atrelados ao uso da energia fotovoltaica, como a não emissão de gás carbônico ou comprometimento de áreas alagadas pela construção de hidrelétricas. Entretanto, admite que a popularização das instalações deve ocorrer a longo prazo.

"Um estudo da Empresa de Planejamento Energético mostra que há viabilidade em vários estados, mas é necessário um investimento de quase R$ 40 mil", explica Peres, antes de fazer uma recomendação aos clientes que desejam economizar. 

"O mais prático hoje é o consumidor instalar um coletor solar de aquecimento de água, que pode economizar de 25 a 50% de sua conta de luz, com um investimento inferior a R$ 2 mil".

Créditos de carbono e uso mundialAo considerar que a implantação do sistema fotovoltaico pode ser usado em negociações de créditos de carbono pelos países, Peres ressalta a entrada da China no mercado e entende que a valorização pode ser maior, caso a energia nuclear seja deixada de lado.

"O uso cresceu muito em vários países nos últimos anos, principalmente na Espanha e EUA. Por conta da crise, o crescimento foi refreado. 

Outro ponto importante é a energia nuclear. Se os países desistirem como a Alemanha fez, e o Japão diz que fará, então novo impulso será dado às energias renováveis", avalia o pesquisador.

Produtora de frutas Subsole está usando painéis fotovoltaicos para obter energia no Atacama (Foto: Subsole/BBC)Produtora de frutas usa painéis fotovoltaicos para obter energia no Atacama (Foto: Subsole / BBC)
Fonte: g1.globo.com

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Investimentos em energia eólica devem chegar a R$ 40 bilhões até 2020

A energia eólica vive agora nova etapa de competitividade no país, com previsão de investir, até 2020, mais R$ 40 bilhões. 


Essa nova fase, iniciada em 2009, totaliza a contratação de 6,7 gigawatts (GW) de potência, ao preço de R$ 100 por megawatt-hora (MWh).

Os primeiros investimentos em energia eólica no país foram feitos em 2004, com subsídios do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). 

O objetivo era trazer novas tecnologias e formas renováveis de produção de energia, entre elas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), biomassa e eólica.

A eólica é a segunda fonte mais competitiva no país. “Hoje, ela só não é mais barata que as grandes hidrelétricas”, disse à Agência Brasil a presidenta executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo. 

Questões de tecnologia, mercado e financiamento serão debatidos pelo setor, a partir de hoje (29), no Rio de Janeiro, durante o 3º Brazil WindPower. É o maior evento da indústria eólica da América Latina e se estenderá até o próximo dia 31.

O investimento feito pela indústria eólica em todos os leilões realizados no Brasil, entre 2004 e 2011, alcançou R$ 25 bilhões. 

O potencial eólico no país soma 300 GW e está concentrado, basicamente, no Nordeste e no Sul, com destaque para os estados da Bahia, do Rio Grande do Norte, Ceará e Rio Grande do Sul, disse Elbia. 

O número foi revisto este ano, com base na nova tecnologia implantada. O primeiro levantamento, realizado em 2001, identificou potencial para geração eólica da ordem de 143 GW.

Em junho deste ano, o indústria eólica completou 2 GW de capacidade instalada para gerar energia, distribuídos por 71 parques. 

Até o fim de 2016, a meta é inserir no sistema elétrico nacional 8,4 GW de potência eólica, o que significará 5,4% de participação na matriz elétrica brasileira, contra os atuais 1,5%. 

“Vai crescendo ao longo dos anos e deve chegar, em 2020, a um patamar de 15% de participação da fonte eólica, se nós mantivermos esse ritmo de contratação”. A previsão é vender em leilões cerca de 2 GW por ano.

“O cenário da eólica é bastante favorável em termos de perspectivas futuras porque, além de inserir essa fonte na matriz, nós trouxemos a cadeia produtiva, de suprimentos, como um todo”, frisou. 

Como se trata de uma fonte intensiva em capital e tecnologia, o número de fabricantes de equipamentos no país passou de dois, em 2008, para 11, no ano passado.

Questões tecnológicas explicam a grande competitividade apresentada pela fonte eólica, disse Elbia. As torres para produção de energia a partir dos ventos, que tinham 50 metros de altura até 2009, hoje têm 100 metros. 

Ela destacou que essa mudança melhorou a captação do vento e a produtividade, tornando os custos de produção mais baratos.

Fonte: Agência Brasil (http://agenciabrasil.ebc.com.br)