quarta-feira, 25 de abril de 2012

Eficiência energética: nova política vai possibilitar introdução de novas tecnologias


O novo regime automotivo vai possibilitar a introdução de mais tecnologia. Como? Através do programa de eficiência energética do governo. 

Esse programa será efetuado através da etiquetagem nacional de veículos, que vai indicar ao consumidor quais são os carros mais eficientes, portanto, mais econômicos.

No entanto, esse programa do governo não é obrigatório, já que as montadoras poderão atender aos outros três pontos do novo regime automotivo para se beneficiarem do desconto de 30% no IPI.

A obrigatoriedade já está sendo estudada pelo governo, sendo ainda apoiada pelas montadoras. Acontece que a etiquetagem veicular vai promover os carros mais eficientes, deixando de lado os “gastões”. Assim, cada montadora terá que se esforçar para que toda sua linha seja mais eficiente.

Por isso, o governo quer estimular o menor consumo com descontos no IPI, o que deve favorecer a introdução de tecnologias mais avançadas. O Brasil é o único grande mercado do mundo que não tem um programa de redução de emissão de poluentes.

Com novas regras, as montadoras deverão acabar por introduzir itens, tais como injeção direta, comandos variáveis, turbocompressor, carrocerias mais leves, freios regenerativos, entre outros. Mas isto vai levar algum tempo, embora alguns fabricantes já estejam apostando nisso.

O Brasil tem o etanol, mas a tecnologia de redução de emissão ainda está bem aquém do desejável, visto que as emissões de CO2 nos carros brasileiros são bem maiores que os equivalentes europeus, americanos e japoneses.

Se nada for feito a esse respeito, o Brasil continuará com carros ineficientes, mesmo tendo o etanol como combustível alternativo, que mesmo sendo mais ecológico, polui mais em um carronacional do que um equivalente europeu com gasolina.

Exemplos? Um Fiat Punto 1.4 emite 165,3 g/km de CO2, enquanto que com etanol fica em 163,8 g/km. Percebe-se que a diminuição é irrisória entre um e outro combustível. Na Europa, oFiat Punto 1.4 MultiAir emite 134 g/km, usando tecnologia de comando variável.

Já um Ford New Fiesta 1.6 emite 168 g/km com gasolina e 153,5 com etanol. Aqui a diferença já é substancial entre os dois combustíveis, mas na Europa o modelo emite 133 g/km com injeção direta, turbo e comando variável.

Isso sem contar os muitos modelos a gasolina que estão abaixo de 120 g/km de CO2, especialmente modelos com motor 1.0. E por fim, os carros a diesel. Mas isso já é outra história…

[Fonte: Automotive Business]