quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Preço de eólica é alvo de polêmica no setor

O leilão de energia realizado na sexta-feira provocou uma racha no setor eólico. O pivô da polêmica foi a Bioenergy, do empresário Sergio Marques, que vendeu a energia de sete novos parques eólicos no Maranhão por R$ 87,77 por MWh, o mais baixo preço já oferecido no país. 


Os parques possuem potência instalada de 201 MW e representaram 73% da energia eólica comercializada no leilão. 

A agressividade do empresário causou desconforto no setor, após ter recebido elogios do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim. 

"O preço do Sérgio Marques [da Bioenergy] não é o preço da energia eólica no Brasil e não deve servir de referência", afirmou a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo. 

A entidade levanta dúvidas sobre as taxas de retorno dos empreendimentos. "É difícil entender como alguém aceita uma remuneração tão baixa". Segundo Elbia, os preços preocupam os fornecedores que se instalaram no país. 

Em entrevista ao Valor, Marques afirmou que as taxas de retorno dos parques eólicos ainda são de dois dígitos - entre 10% e 12% - e que pôde vender a energia a R$ 87 devido à combinação de uma série de fatores. 

Entre eles, Marques cita a queda dos preço do aço, que responde por 60% do custo das turbinas, a facilidade de financiamento, redução das taxas de juros no país e no mundo, além do excesso de equipamentos eólicos nos Estados Unidos e Europa. 

"Outro aspecto favorável é a curva de aprendizagem", disse Marques, que atua no setor eólico há cerca de 10 anos. 

Após fechar os preços no leilão de sexta-feira, a Bioenergy está, neste momento, em negociações com três fornecedores de equipamentos. Um deles é a chinesa Sinovel. 

A empresa não faz parte dos fabricantes credenciados pelos BNDES, mas, em compensação, é financiada pelo banco de fomento da China, que oferece condições agressivas de crédito. Os outros dois fabricantes com os quais a Bioenergy está negociando são a Alstom (França) e a GE (EUA). 

Apesar da polêmica em torno dos preços, tanto a Bioenergy quanto a Abeeólica foram unânimes ao dizer que a demanda no leilão foi bem mais fraca do que a prevista, o que acendeu um sinal de alerta. 

Foram vendidos apenas 574 MW, dos quais 281 MW de eólicas. A quantidade representa 10% dos 2,7 mil MW de energia eólica comercializados nos três leilões realizados em 2011. 

Elbia prevê que a demanda volte a se normalizar. "No ano que vem, teremos leilões de verdade". 

Neste ano, diz ela, as incertezas em torno das alocações da cotas da energia "velha", o desempenho mais fraco do PIB e a indefinição em torno das térmicas do Bertin atrapalharam a aquisição de novos contratos de energia pelas distribuidoras, mas essas questões tendem a ficar mais claras em 2013. 


(Valor Econômico)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Cerro dos Trindade é o primeiro projeto eólico prioritário


Cerro dos Trindade é o primeiro projeto eólico prioritário

O Ministério de Minas e Energia (MME) aprovou como prioritário, por meio da Portaria 612, o projeto da usina eólica Cerro dos Trindade (8MW), que está sendo implantada no município de Santana do Livramento, Rio Grande do Sul. 

Trata-se do primeiro empreendimento eólico a receber esse status desde a publicação da Portaria Interministerial 868, de 23 de novembro, que determinou que os projetos de fonte eólica, biomassa, nuclear e solar, além da indústria de equipamentos, podem receber ser considerados prioritários para o país e, como tal, captar recursos por meio da emissão de debêntures de infraestrutura.

O empreendimento faz parte do Complexo Livramento, constituído por cinco parques com capacidade instalada total de 78MW. 

O complexo é fruto de uma parceria entre a Eletrosul (49%), o Fundo Rio Bravo Investimentos (41%) e a Fundação Eletrosul de Previdência e Assistência Social - Elos (10%).

Assim, de acordo com o disposto, a empresa Eólica Cerro dos Trindade que é a responsável pelo empreendimento deverá manter atualizada, junto ao MME, a relação das pessoas jurídicas que a integram; destacar, quando da emissão pública das debêntures, o número e a data de publicação da Portaria e o compromisso de alocar os recursos obtidos no projeto prioritário aprovado, bem como manter a documentação relativa à utilização dos recursos captados, até cinco anos após o vencimento das debêntures emitidas, para consulta e fiscalização pelos órgãos de controle.

Cabe à responsável pelo empreendimento, ainda, o encaminhamento ao MME, no prazo de vinte dias a contar da sua emissão, cópia do ato autorizativo da operação comercial da usina Cerro dos Trindade.

Fonte: Jornal da Energia

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Energias renováveis para cidades sustentáveis



Imagem aérea mostra painéis solares instalados no telhado de uma casa na Alemanha. Miguel Villagran/GettyImage

A palavra sustentável foi usada pela primeira vez como estratégia de equilíbrio para o desenvolvimento urbano por Lester Brown, fundador do WWI-Worldwatch Institute, no início da década de oitenta, para conceituar como sociedade sustentável “aquela capaz de satisfazer as necessidades do presente sem comprometer os direitos das futuras gerações”. 

Hoje, a urbanização caótica causa um gigantesco ônus à qualidade de vida e à saúde humana e ao ambiente, contribuindo para a instabilidade social, ecológica e econômica, exigindo soluções sustentáveis nas cidades.

Mundialmente, a maior parte do uso da energia e das emissões de carbono provém de cidades que estão descobrindo modos mais eficientes de gestão, melhorando a qualidade de vida e impactando menos a saúde humana. 

Nos Estados Unidos, cidades aderiram ao Acordo de Proteção ao Clima realizado por governos municipais. 

Em Nova York, prefeito Bloomberg, que está cobrando de pedágio urbano, quer fazer da cidade dele a primeira “cidade sustentável do século 21″, usando a renovação do Empire State Building, um ícone da cidade, para exemplos de eficiência energética, construção verde e produção de eletricidade limpa. 
Em Rizhao, cidade costeira chinesa, 90% de todas as residências de mais de 3 milhões de habitantes, já usam aquecedores
 de água solares, e o governo local instalou painéis solares para alimentar a iluminação de rua e os semáforos.

Tel Aviv, a maior área metropolitana de Israel, toda água do banho e da descarga vai para o maior complexo de tratamento do Oriente Médio, o Shafdan, movido a energia limpa, onde o esgoto é bombeado para dentro da terra e novamente retirado, passando por tratamentos físicos, químicos e biológicos, para ser purificada e recuperada. 

Os relatórios do WWI, usados em todo o mundo como referência para a sustentabilidade, mostram como a eficiência energética e a economia de gases de efeito estufa a partir de tecnologias de construção: isolamento de tubos, vedação de ar, revestimentos reflexivos de telhado, pigmentos e janelas isolantes, estimando que as melhorias na eficiência da construção, com menor teor de emissões, podem levar a uma redução de 41% no uso de energia e uma redução de 70% nas emissões de gases de efeito até 2030.

No Brasil, ações urbanas começam a fazer parte das novas gestões das cidades. 

No Rio, o projeto “Estudantes pela Sustentabilidade”, apoiado pela Siemens, uma corporação transnacional que já descobriu que a sustentabilidade faz parte transversalmente dos seus negócios, que a América Latina é a região mais urbanizada no mundo em desenvolvimento e que atualmente 196 milhões de pessoas vivem em cidades brasileiras – um lucrativo locus para seus negócios sustentáveis – reuniu equipes de estudantes de diferentes países para desenvolver a próxima geração de líderes em sustentabilidade. 

São Paulo lançou a campanha “Assina Prefeito”, do Programa Cidades Sustentáveis, visando intensificar a divulgação nas redes sociais para que mais prefeitos tomem conhecimento e assinem a carta compromisso por cidades justas e sustentáveis.

Em Pernambuco, a Cidade da Copa prepara a implantação de usina de geração solar fotovoltaica conectada à rede elétrica da Companhia Pernambucana de Energia. 

Na Bahia, a arrojada Arena Fonte Nova que voltará a ser o prédio que mais “vibra” no estado, usando o conceito “fonte nova”, perceberá o filão dos econegócios que está entrando para lançar, por exemplo, tecidos termoelétricos capazes de produzir energia a partir do calor liberado pelo corpo humano durante jogos, caminhadas intensas ou pela prática de exercícios físicos e recarregar celulares e outros aparelhos portáteis. Realidades do dia a dia nesta década.

Um ícone esquecido do Brasil, o cartão postal mundialmente famoso e localmente mal tratado Forte de São Marcelo, na Bahia, conhecido historicamente como o umbigo da America Latina por estar na curva inferior da “barriga” do continente, atravessou os séculos incólume como capitão-mor do porto da Baia de Todos os Santos. 

O velho forte sente diariamente a energia maremotriz que passa por ele quatro vezes todos os dias durante os fluxos de enchente e vazante, torcendo para que descubram que tanto a energia solar que o ilumina como a energia das marés, se capturadas, podem abastecer a sua cidade. 

Satisfazendo as necessidades do presente sem comprometer os direitos das futuras gerações o forte aguarda, pacientemente, o despertar dos gestores para os potencial sustentável da cidades.

Eduardo Athayde é diretor do WWI-Worldwatch Institute no Brasil. eduathayde@gmail.com

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Gamesa prioriza Brasil em plano de negócios


Crédito: Divulgação Gamesa













Emergentes devem avançar mais do que economias tradicionais e serão motores de demanda
Por Fabíola Binas


Ao apresentar seu plano de negócios para o período 2013-2015, a espanhola Gamesa projeta uma mudança em seu mix de clientes, com regiões emergentes como a América Latina, por exemplo, ganhando mais espaço frente à mercados tradicionais como Estados Unidos e Europa, por conta do atual cenário econômico. 

“Determinados emergentes como Índia, México e Brasil serão importantes como motores da demanda”, pontuou a companhia durante apresentação do The Way Forward - Caminho a seguir, em português.


De acordo com o documento, outros países da América Latina como Chile e Uruguai também terão peso na nova configuração de mercado, além de regiões do continente africano. 


“Também temos confiança na Índia, que por conta da energia cara e da falta de infraestrutura, faz a eólica ter um papel importante no desenvolvimento do setor”, pontuou a Gamesa ao lembrar que ela foi o primeiro fabricante estrangeiro do setor a apostar no território indiano, o que traz um diferencial na hora de expandir mercado.


Diante das mudanças, a fabricante eólica prevê que seu patamar de instalações anuais caia dos 47,6 GW em 2012, para 42 GW no próximo ano, apresentando então um recuperação quando chegar aos 51,4 GW em 2014, montante que permanecerá praticamente estável em 2015.

“Não podemos nos considerar especiais, temos que ser realistas e nos adaptar à nova situação de mercado”, afirma a empresa.


Cenário 
Em relação à desaceleração alguns mercados-chave, a Gamesa disse que a definição eleitoral nos Estados Unidos deve interferir nos negócios regionais - provavelmente porque Obama levanta a bandeira das fontes renováveis.

Outra questão levantada foi a falta de perspectiva de novas encomendas na Espanha, por conta da nova situação regulatória e a desaceleração econômica europeia.

A Gamesa aponta que a China estaria apresentando problemas por conta de 14GW que estariam sem conexão com o sistema, o que deverá levar tempo para ser resolvido, não acontecendo no curto prazo.


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Brasil pretende reduzir 10% o consumo final de energia até 2030


A experiência norte-americana e a expectativa brasileira na busca do uso racional de energia foram apresentadas no Fórum de Eficiência Energética, na quarta-feira (24), na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

Trata-se de matrizes diferentes de energia. Enquanto no Brasil, 75,4% da energia é gerada por hidrelétricas, nos Estados Unidos 80% da energia é oriunda de usinas térmicas de carvão ou gás natural.

De acordo com Roberto Meira Junior, coordenador-geral de Fontes Alternativas do Departamento de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, o País tem grande potencial de investimentos em fontes de energia renováveis. 

“O Brasil, diferentemente de outros países, tem uma diversidade de alternativas elétricas, através de fontes naturais: hidrelétricas, termoelétricas e outras. Isso permite que trabalhemos com um sistema híbrido, em que não precisamos colocar todos os ovos em uma única cesta.”

A partir 2001, quando ocorreu a crise energética em diversas capitais brasileiras, o famoso apagão, o governo passou a desenvolver medidas que garantissem o consumo racional de energia e a utilização de fontes alternativas. 

Uma das premissas do Plano Nacional de Eficiência Energética, desenvolvido pelo Ministério de Minas e Energia, é reduzir cerca de 10% do consumo final de energia, até 2030. Além disso, a pasta espera que até a referida data, o País conte com a definição de uma política e um Plano Nacional de Eficiência Energética.

Já nos EUA, por causa da centralização energética, estados e municípios desenvolvem suas próprias metas de diminuição de energia e estratégias de promoção de práticas sustentáveis. 

Ao todo, 24 estados utilizam leis de eficiência energética mínimas para cerca de 50 produtos, entre eletrodomésticos e automóveis. 

“Um exemplo da eficiência dessas leis é o setor de refrigeradores, que desde 1972, vem apresentando redução de 75% no consumo de energia em seus produtos. 

A determinação proporcionou o avanço de novas tecnologias, o que contribuiu para a queda dos preços para o consumidor”, afirma Howard Geller, diretor-executivo do Projeto de Eficiência Energética de Southwest (Southwest Energy Efficiency Project) – organização de interesse público operando no Arizona, Colorado, Nevada, New Mexico, Utah e Wyoming – que conduziu estudos de eficiência energética para concessionárias de energia, organizações governamentais e agências.

Desde a década de 1970 até 2010, os programas de eficiência energética trouxeram benefício de US$ 1,1 trilhão aos Estados Unidos.

O debate contou ainda com a participação do professor José Goldemberg, presidente do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP, que salientou a importância de se discutir questões energéticas no Brasil, para evitar desperdícios de recursos naturais e pensar em meios alternativos de geração de energia. 

“Estamos no limite da produção energética. Será que não poderíamos utilizar a energia de uma forma mais racional?”

Fonte: Fecomercio

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Confiante, WEG quer aumentar presença no setor eólico

Empresa apresentou lucro de R$194,7 milhões no terceiro trimestre, alta de 32,1% frente aos resultados de 2011
Por Wagner Freire

Crédito: Getty Images












A catarinense WEG reafirmou nesta quinta-feira (25/10) suas perspectivas para o setor de equipamentos eólicos. Segundo o diretor de Relações com Investidores da companhia, Laurence Beltrão Gomes, o contrato firmado em setembro deste ano, que prevê o fornecimento de turbinas eólicas no montante de 90MW, é apenas o primeiro passo da empresa no setor.

De acordo com o diretor, esse primeiro contrato mostra que a empresa conseguiu desenvolver produtos interessantes para esse mercado, de alta tecnologia e fabricados localmente. 

"Esse contrato nos dá uma oportunidade de crescimento gradual, aumentando a nossa presença no mercado nos próximos anos", disse, em teleconferência.

Nesta quarta-feira (24/10), a WEG divulgou o resultado do terceiro trimestre do ano, apresentando um lucro líquido de R$194,7 milhões, alta de 32,1% se comparado com o desempenho apresentado em igual período no ano passado. 

E embora esteja engatinhando no setor eólico, a empresa é especialista na fabricação de motores elétricos, geradores, transformadores e subestações de energia elétrica.

Para 2013, segundo Gomes, a companhia projeta um desempenho semelhante ao deste ano. Ele destacou que “as condições de mercado continuam desafiadoras”, mas que a WEG vem mantendo sua política de aumentar sua competitividade. “Todo nosso trabalho é em aumentar a competitividade em relação aos nossos concorrentes de mercado.”

O gerente de Relações com Investidores da empresa, Luís Fernando Oliveira, lembrou que a política econômica adotada pela presidente Dilma Rousseff - de controlar o câmbio, diminuir as taxas de jutos, entre outras medidas adotadas pelo governo - impactam diretamente na indústria e em seus clientes. 

"Todos esses fatores contribuirão para aumentar a demanda no ano que vem. Os empresários precisam ter confiança e continuar investindo", observou.

Para atender o contrato de 90MW eólicos, a WEG possui uma unidade fabril de nacelles em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, com capacidade de produzir 65 nacelles por ano. Em 2014, serão 108 e, em 2015, 130 máquinas. 

Entre elas, um modelo novo, que deve começar a ser disponibilizado em 2014. Essa turbina terá 2,3MW, contra os 1,65MW das máquinas atualmente produzidas.

Gomes explicou que, como esse contrato de fornecimento é para atender um parque do Nordeste que vendeu energia em 2011, com início de suprimento em 2016 - os equipamentos serão entregues ao longo dos próximos anos.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Energia solar pelo lado social



A EDP Escelsa, distribuidora de energia elétrica do Grupo EDP no Brasil, em parceria com o Governo do Estado e com a Agência de Serviços Públicos de Energia do Espírito Santo (Aspe), ampliou o projeto “Boa Energia Solar”. 

Com isso, 218 residências de um conjunto habitacional no bairro Eldorado, na Serra, receberam a instalação de painéis solares para aquecimento de água, permitindo, assim, a substituição dos chuveiros elétricos existentes por outros mais eficientes.

O Boa Energia Solar faz parte do Programa de Eficiência Energética da Distribuidora e promove o uso eficiente e racional da energia elétrica.

Em uma iniciativa inédita, a EDP Escelsa, em julho deste ano, inaugurou a implantação do programa Boa Energia Solar nos bairros Serra Dourada I, II e III, também no município da Serra.

As residências recebem, gratuitamente, a instalação de painéis solares para o aquecimento da água, reservatório térmico para armazenamento, misturadores de água quente e fria para regular a temperatura até que a água fique agradável ao banho, substituição das lâmpadas ineficientes por outras fluorescentes compactas com Selo PROCEL “A” de eficiência energética, além de orientações de técnicos capacitados sobre a perfeita utilização dos equipamentos.

O sistema a ser implantado pela EDP Escelsa garante que a luz do sol será suficiente para aquecer a água do banho em cerca de 80% dos dias do ano. 

Nos poucos dias em que não houver energia solar, o chuveiro elétrico poderá ser utilizado, mantendo a temperatura da água ideal para um banho confortável.

“Com mais essa ação, a EDP Escelsa reforça o seu compromisso de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos seus Clientes, com ações que reduzem a conta de luz e contribuem para a preservação do meio ambiente”, destaca o gestor Executivo da EDP Escelsa, Amadeu Wetler.

Paralelamente às instalações, os moradores contemplados também recebem lâmpadas fluorescentes, compactas e econômicas, em substituição às incandescentes convencionais e orientações sobre o uso eficiente e seguro da energia elétrica.

“A economia média no valor da fatura com a utilização de equipamentos eficientes e por meio do uso dos chuveiros com aquecimento solar pode variar entre 25% a 30%”, informa Wetler.

Além da implementação do programa Boa Energia Solar nos bairros Serra Dourada I, II e III e Eldorado, no município da Serra, a EDP Escelsa está ainda alargando o referido programa para 240 apartamentos de um conjunto habitacional com 15 prédios, no bairro Itanguá, em Cariacica.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Energias renováveis:45% da matriz brasileira em 10 anos


Projeção é do Plano Decenal de Expansão de Energia, da EPE


Com crescimento estimado de 5,1% ao ano, as fontes renováveis de energia devem passar de 43,1% para 45% da matriz brasileira em 2021. A projeção está no Plano Decenal de Expansão de Energia, produzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O documento, que fica em consulta pública no Ministério de Minas e Energia até o dia 31 de outubro, traz as metas para adaptação do setor conforme prevê o Decreto 7.390/2010 que regulamenta a Política Nacional sobre Mudança do Clima.

De acordo com o presidente interino da EPE, Amilcar Guerreiro, a meta para o setor é não ultrapassar 680 milhões de toneladas de gás carbônico de emissões absolutas em 2020. 

Para que isso ocorra, foi feito o planejamento de crescimento de cada fonte de energia a longo prazo.

“Para uma parte do horizonte os leilões já estão feitos e estão com uma probabilidade de ocorrência muito alta. Claro que sempre tem a incerteza da demanda. Mas nos primeiros cinco, seis anos, boa parte da oferta já está basicamente definida. 

Agora, para completar o horizonte de dez anos, aí você tem exatamente o plano e, portanto, tem metas a serem atingidas”.

Um dos destaques é o aumento da produção de energia eólica, que hoje não chega a 1.000 megawatts (MW). A meta é chegar a 16 mil MW em 2021. Segundo Guerreiro, uma parte já está leiloada e deve entrar em operação a partir do ano que vem. 

Outra oferta em ascensão é a das energias derivadas da cana-de-açúcar, tanto o etanol como o bagaço, com crescimento de 8,1% ao ano.

Mesmo com a previsão de aumento da participação do gás natural dos atuais 11% para 15,5% em 2021, devido à exploração na camada pré-sal, o presidente interino da EPE disse que as metas de emissão de gases de efeito estufa no setor energético serão mantidas. 

De acordo com ele, o mais importante é que as emissões não cresçam em uma proporção maior do que o crescimento da economia do Brasil.

“Com a evolução da demanda, com essa estratégia de oferta, você mantém, em 2020, a intensidade de carbono na economia. 

Quer dizer, você não está emitindo mais gás carbônico por unidade de PIB [Produto Interno Bruto]. A sua economia cresce, mas ela não fica emitindo mais do que proporcionalmente ao aumento da economia”, declarou.

A meta é manter a intensidade de carbono na mesma proporção medida em 2005, ano em que foi feito o segundo inventário brasileiro de emissões de gás carbônico.

O Plano Decenal da EPE prevê crescimento na capacidade instalada no Sistema Interligado Nacional de 56% até 2021, com destaque para a geração hidrelétrica, com a entrada em operação da Usina de Belo Monte. A malha de transmissão deve chegar a 150,5 quilômetros. 

Guerreiro lembra que o nível de atendimento de energia elétrica atualmente está muito perto de 100% e o crescimento é de 1,5 milhão de ligações residenciais por ano.

No setor de hidrocarbonetos, a produção de petróleo deve saltar de 2 milhões de barris por dia (bpd) para 5,43 milhões até 2021, com a entrada em operação de 90 plataformas de produção. 

Como a demanda projetada é de 2,89 milhões de bpd, o excedente de 2,54 milhões será destinado à exportação.

A previsão é que a oferta de energia não-renovável cresça 4,7% ao ano, enquanto a de energias renováveis aumente 5,1%. 

Com isso, será possível suprir a demanda, que deve crescer 4,7% ao ano até 2021. O investimento total estimado para os próximos dez anos é R$ 1 trilhão.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Políticas de estímulo à utilização das energias renováveis

Enviado por luisnassif 
Por Ronaldo Bicalho
Do blog Infopetro
Um balanço das políticas de estímulo à utilização das energias renováveis
Por Jacqueline Batista Silva

Em recente relatório publicado pela KPMG Internacional são apresentadas as principais iniciativas em termos de taxas e incentivos realizados por 23 países ao redor do mundo em prol do estímulo ao desenvolvimento tecnológico e a promoção de diversas fontes de energias renováveis: eólica, solar, biomassa, geotérmica e hidroelétrica.

Em 2009 havia 83 países com algum tipo de política de promoção de renováveis; hoje, esse número chega a 96. São observadas políticas regulatórias, além de incentivos fiscais e financiamento público.

Na União Europeia foi observada uma redução dos incentivos, devido ao quadro econômico vivido. 

No entanto, os países permanecem comprometidos com as metas de redução de emissões: a Suécia excedeu seus requisitos regulatórios; a Alemanha dobrou sua capacidade de geração solar fotovoltaica; a França delineou um plano de participação de 25% de renováveis no mercado de energia até 2020; e, segundo alguns analistas, a energia solar nas regiões mais ensolaradas do Mediterrâneo está a ponto de tornar-se competitiva com os combustíveis fósseis.

Em contrapartida são observadas, ainda assim, reduções no investimento. Mesmo a Alemanha, com muito bons índices, reduziu em 15% os subsídios, com indicações de 29% de cortes em 2012. 

O Reino Unido e a Itália reduziram subsídios em 50%. Na Espanha, várias instalações solares fecharam, levando ao desemprego na casa dos milhares. A República Tcheca poderá reduzir, ou mesmo eliminar os incentivos, a despeito dos compromissos firmados pela União Européia. 

Houve também o fator China, reduzindo os preços de painéis fotovoltaicos solares – quase 50% nos últimos 3 anos, devido ao aumento massivo da produção dos painéis.

Na Ásia, contudo, os incentivos foram mantidos ou aumentaram. E, mais uma vez, a China é um importante player, impulsionando outros países asiáticos. A Coreia do Sul afirma que, até 2030, 11 % de sua energia total será proveniente de renováveis, numa medida que intitulou de Crescimento Verde. 

Na Índia, a produção de renováveis tem sido associada ao provimento de eletricidade para as regiões fora do grid, através das instalações fotovoltaicas e de geração elétrica independente por instalações movidas a biocombustíveis.

O relatório trata especificamente de vários países, e é dada atenção especial também ao Brasil. Aqui, foi observada uma queda de 5% em novos investimentos. Mas isso é explicado pela atenção dada à consolidação do setor de biocombustíveis, no qual boa parte dos recursos são injetados nos processos de fusões e aquisições – não computados como novos investimentos. 

O relatório apresenta o regime especial de impostos para produtores e importadores de biodiesel, o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS): taxas são menores e não cumulativas na revenda para atacadistas, distribuidores e varejistas.

Alguns outros dados também são apresentados: o Brasil é o sexto investidor mundial em renováveis, com 43,9% da oferta interna de energia proveniente dessas fontes. 

Também é destacado como um país que contém as condições ideais para o cultivo de oleaginosas, e o crescimento da utilização do biodiesel encontra um aliado na regulação, com a exigência de adição de 5% de biodiesel ao diesel e o monitoramento dessa taxa no mercado. Programas de financiamento também foram introduzidos em todas as fases de produção.

O Brasil formalizou o compromisso com a redução das emissões de carbono, após a COP-15, aumentando sua meta para 2,8%, tendo se comprometido a reduzir em 38,9% em 2020. 

Uma meta ambiciosa, à qual é imprescindível a implementação de uma série de benefícios fiscais para estímulo da utilização de renováveis.

O quadro a seguir apresenta os cinco países que mais se destacam em novos investimentos em diferentes áreas de energia renovável segundo os dados disponíveis (2010).



Fonte: KPMG, 2012.

No quadro percebemos o destaque do Brasil em investimento (5ª posição) e em produção de etanol e biodiesel (2ª posição mundial). 

Não considerando as adições anuais referentes a 2010, o Brasil ocupava até o fim daquele ano a 4ª posição em renováveis (incluindo recursos hidrelétricos) e a 2ª posição em capacidade de geração de energia através de biomassa.

Um fator destacado no estudo é o fato de o “centro de gravidade” do setor de renováveis estar em processo de migração: dos países desenvolvidos para os emergentes – tanto no polo da manufatura como no polo consumo. 

E, se essa tendência se confirmará será “uma questão da integração dos fatores econômicos, políticos e tecnológicos relacionados à energia verde”. Como sempre.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

A Revolução Eólica (43) - IMPSA produz geradores para Complexo Eólico Livramento



Por Cleber Dioni Tentardini

O grupo argentino IMPSA vai fornecer as 39 turbinas eólicas de 2MW cada, dos próximos cinco parques eólicos que já estão sendo construídos no Cerro Chato, em Sant’Ana do Livramento.

Esses parques representam a primeira fase do Complexo Eólico Livramento, um projeto da Eletrosul Centrais Elétricas, que detém 49% do investimento, em parceria com a Fundação Eletrosul de Previdência e Assistência Social - Elos, com 10%, e o Fundo de Investimento Privado (FIP) Rio Bravo , com 41% das ações. A estatal e as entidades constituíram a Livramento Holding S.A para gerenciar as usinas.

Nessa mesma região da fronteira-oeste do Rio Grande do Sul, a estatal subsidiaria da Eletrobras é proprietária das usinas eólicas Cerro Chato I, II e III, com 45 aerogeradores e 90MW de capacidade instalada, em funcionamento desde 2011.

Fábrica no RS

Os aerogeradoresestão sendo produzidos na WPE – fábrica da IMPSA no Complexo Industrial e Portuário de Suape, em Pernambuco, instalada em 2008, com 600 funcionários, e capacidade de produzir 500 máquinas por ano e abastecer 1000 MW/ano. 

A entrega das turbinas modelo IWP-100, mais atual da empresa, está prevista para o primeiro trimestre de 2013, de acordo com o diretor de Comunicação do grupo argentino, Santiago Miles

A partir de 2014, o grupo espera reduzir os custos logísticos de operação quando pretende já estar operando sua nova planta em solo gaúcho – o município sede ainda não foi definido, ficará no eixo Região Metropolitana de Porto Alegre e Caxias do Sul. 

Ainda estão sendo verificados fatores como resistência do solo, nível de terraplanagem e acessos.

A IMPSA espera iniciar ainda este ano as obras da sua fábrica gaúcha, prevendo começar a operar no segundo semestre de 2013. Vai investir R$ 87,5 milhões na unidade que terá capacidade de fabricar 200 aerogeradores por ano.

Presente em 40 países

Em seus mais de cem anos de história no setor de energia, a IMPSA já forneceu equipamentos para centrais de geração elétrica que totalizam mais de 45.000MW de potência instalada. 

Está presente em mais de 40 países, nos cinco continentes, com mais de seis mil empregados. A multinacional possui contratos superiores a U$S 3.900 milhões.

Desde os anos 80 a multinacional acompanha a evolução do setor de energia eólica através da pesquisa e desenvolvimento. 

Em 1998 foram iniciados os estudos sobre materiais compostos e no inicio de 2003, o desenvolvimento de tecnologia própria até conseguir o primeiro protótipo de 1,5 MW. 

A IMPSA desenvolveu seu próprio conceito UNIPOWER®, com acionamento direto (DDPM) que une em um só componente ao gerador elétrico e o cubo rotor, eliminando peças complexas e reduzindo e facilitando o transporte, a operação e manutenção. 

Graças à tecnologia UNIPOWER®, melhora-se a eficiência e a confiabilidade dos aerogeradores.Hoje, produz aerogeradores de até 2,5MW.

Os centros de produção estão no Brasil, na Argentina e na Malásia. 

Em Pernambuco, além da fábrica de turbinas, haverá uma planta para produção de componentes hidrelétricos. 

Fotos

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Bahia ganha complexo eólico de R$ 425 mi


Da Redação
Manu Dias | Divulgação | Secom

O vento tem velocidade média de 25 quilômetros por hora

A geração de energia limpa segue em expansão na Bahia. 

Na quinta-feira, 20, no município de Brotas de Macaúbas, na região da Chapada Diamantina, foi inaugurado um parque eólico com 95 MW de capacidade instalada - energia suficiente para abastecer uma cidade com até 350 mil habitantes. 

 O empreendimento, que pertence a Desenvix Energias Renováveis S.A, exigiu um investimento da ordem de R$ 425 milhões.

O Parque Eólico de Brotas de Macaúbas é formado por três usinas eólicas EOL Macaúbas, EOL Seabra e EOL Novo Horizonte. 

Juntas, elas possuem 57 turbinas em operação.

"A geografia privilegiada da Bahia, a presença de indústrias construtoras de aerogeradores no Estado e os estímulos ao investimento privado oferecidos pelo governo foram determinantes para o sucesso do empreendimento", comentou o sócio-diretor presidente da Desenvix, José Antunes Sobrinho, durante a solenidade de inauguração ocorrida na quinta e que contou com a presença do governador Jaques Wagner.

Além de ampliar a capacidade energética do Brasil e proporcionar uma energia limpa, o empreendimento beneficiou os moradores da região, com geração de emprego e renda. 

Durante a construção do complexo foram empregadas 600 pessoas, sendo 450 de mão de obra local.

O Parque Eólico de Brotas de Macaúbas é o segundo empreendimento deste tipo inaugurado este ano na Bahia. 

O primeiro foi o complexo eólico Alto Sertão I, em julho deste ano, e abrange os municípios de Caetité, Igaporã e Guanambi, na região sudoeste, considerado o maior da América Latina, com capacidade para fornecer energia a uma cidade com aproximadamente dois milhões de habitantes.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Brasil está próximo de um boom no mercado de energia sola, diz especialista


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Para o engenheiro, nos próximos anos os brasileiros começarão a converter 
patrimônios imobiliários em usinas geradoras de energia.
Foto: Clara Corrêa/Redação EcoD


Nos próximos anos, o Brasil verá um boom no mercado das tecnologias de energia solar - especialmente aquelas aplicadas às edificações e cidades. 

A perspectiva é do engenheiro, empresário e consultor Carlos Farias. Em entrevista ao Portal EcoD ele destacou o desenvolvimento do setor, as vantagens do uso da energia renovável e a expectativa de um novo mercado de produção individual de eletricidade no Brasil.

Segundo Farias, o Brasil vive um “momento incrível” para o uso das ciências renováveis e para que os arquitetos insiram o uso delas nos projetos. 

Entre as principais tecnologias, ele destaca os coletores solares de água e os sistemas fotovoltaicos.

Cada chuveiro que um cidadão brasileiro instala custa ao governo de R$2.000,00 a R$3.000,00 para produzir energia para aquecê-lo.”
Carlos Farias, especialista em energia solar
A primeira é utilizada para gerar calor, enquanto a segunda produz eletricidade a partir do sol, conta o engenheiro. 

Ele destaca ainda que, enquanto os coletores já se consolidaram no mercado com alternativa barata e acessível para moradores de todo o país, os sistemas fotovoltaicos enfrentam problemas como a ausência de fábricas nacionais e de profissionais capacitados para projetar e instalar os equipamentos corretamente.

Com isso, os custos aumentam e dificulta a difusão da tecnologia em larga escala, diz Farias. 

Apesar disso, ele acredita que dentro de um futuro próximo projetistas, arquitetos e moradores já poderão ser produtores de eletricidade utilizando a energia solar, além de também poderem aquecer a água com redução de até 100% na conta de luz. 

“A expectativa é de que o Brasil inteiro possa gerar energia fotovoltaica nos próximos cinco anos”, afirma.

No vídeo abaixo, Farias comenta as principais vantagens do uso das tecnologias renováveis, da melhor distribuição da energia, as consequências da produção local de eletricidade e as oportunidades que surgirão com as novas demandas. 
 



Fonte: www.ecodesenvolvimento.org

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Complexo Eólico no Sul














A Eletrobras Eletrosul e o Fundo de Investimentos em Participações (FIP) Rio Bravo assinaram, na sexta-feira, 14 de setembro, a ordem de serviço com a espanhola Gamesa – fabricante de aerogeradores – para a construção do Complexo Eólico Geribatu, em Santa Vitória do Palmar, no litoral sul do Rio Grande do Sul
Trata-se do maior empreendimento eólico da empresa e de um dos maiores da América Latina, com 258 megawatts (MW) de capacidade instalada ou o equivalente ao consumo de mais de 1,6 milhão de pessoas. 
Os 129 aerogeradores estarão divididos em dez parques. O investimento previsto é de aproximadamente R$ 1 bilhão.
De acordo com o diretor de Engenharia e Operação da Eletrobras Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio, o início da implantação será imediato, com a mobilização do canteiro de obras para o começo dos trabalhos de campo, como abertura de acessos e construção de plataformas, a partir de outubro. 

Serão abertos e recuperados cerca de 70 quilômetros de estradas. 

“Estamos investindo em uma região nova do Brasil em termos de aproveitamento do potencial dos ventos e nos transformando em um dos maiores players de energia eólica do país”, afirmou o executivo.

Integra, ainda, o consórcio construtor a Schahin Engenharia S.A., que ficará responsável pela parte de construção civil, como as bases das torres eólicas, e a implantação da rede de média tensão. 

Serão 60 quilômetros de linhas subterrâneas, que transportarão a energia dos aerogeradores até uma subestação coletora. 

Os aerogeradores fornecidos pela Gamesa (modelo G97) têm 78 metros de altura (do solo até o eixo) e rotor com 97 metros de diâmetro. A ABB fornecerá os equipamentos do sistema de transmissão.

A expectativa é que sejam gerados cerca de três mil empregos diretos e indiretos durante as obras do Complexo Eólico Geribatu, o que terá reflexos positivos para a economia de Santa Vitória do Palmar e redondezas. 

Além da importância para o setor elétrico brasileiro, o empreendimento dará mais qualidade e segurança ao suprimento de energia da região, criando oportunidades de crescimento econômico.

O Complexo Geribatu é um dos quatro empreendimentos eólicos da carteira de investimentos da Eletrobras Eletrosul. Em junho, a empresa inaugurou o Complexo Eólico Cerro Chato, com 90 MW de capacidade, em Sant’Ana do Livramento (RS), na divisa com o Uruguai. 

Nas imediações, está construindo o Complexo Eólico Livramento, com 78 MW, que deverá entrar em operação no primeiro trimestre de 2013. O quarto empreendimento, com 144 MW, será implantado em Chuí, no extremo sul gaúcho. A expectativa é que as obras sejam iniciadas ainda este ano.

Esses investimentos, que somam 570 MW de potência, consolidam a Eletrobras Eletrosul como a maior estatal eólica do país. 

A decisão da empresa de investir nesse tipo de energia é resultado dos estudos e medições de vento realizados nos últimos anos, que apontaram o excelente potencial no extremo sul do Rio Grande do Sul.

Integração
Para escoar a energia dos complexos eólicos do litoral sul gaúcho, a Eletrobras Eletrosul, em parceria com a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE-GT), irá construir cerca de 490 quilômetros de linhas de transmissão (525 kV), três novas subestações e ampliar uma unidade existente. 

A previsão é que as obras comecem no início de 2013. “Além da conexão dos parques eólicos, esse complexo de transmissão integrará a metade sul do Rio Grande do Sul ao Sistema Interligado Nacional (SIN), permitindo não só o aproveitamento do potencial eólico como também o melhor aproveitamento do potencial do setor produtivo da região”, ponderou Custódio.

Serão investidos aproximadamente R$ 700 milhões no sistema de transmissão que inclui as subestações Povo Novo (525/230 kV), Marmeleiro (525 kV) e Santa Vitória do Palmar (525/138 kV); as linhas de transmissão Nova Santa Rita-Povo Novo, Povo Novo-Marmeleiro e Marmeleiro-Santa Vitória do Palmar (todas em 525 kV); e o seccionamento da linha Camaquã 3-Quinta na subestação Povo Novo (230 kV). 

Os empreendimentos foram arrematados no leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizado em junho. 

O prazo para a conclusão das obras é de 24 meses, contados a partir de agosto, quando foi assinado o contrato de concessão, mas a expectativa é antecipar a entrega para o início de 2014 para compatibilizar com o prazo de entrada em operação dos parques eólicos.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Impsa em alta voltagem


Conhecida por seus parques eólicos, a portenha Impsa anuncia investimentos de R$ 1,8 bilhão e a produção de turbinas hidráulicas no Brasil
Por Rosenildo Gomes Ferreira

A portenha Impsa Wind, fabricante de equipamentos para geração de energia eólica, desembarcou no Brasil em 2008, atraída pela força dos ventos nas regiões Sul e Nordeste. 

Em menos de três anos, a companhia fechou contratos de US$ 1,2 bilhão para a instalação de fazendas eólicas no Ceará e em Santa Catarina.

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Nova planta em Suape: filial comandada por Menghini contará com 
linha de montagem de turbinas e um laboratório hidráulico

Foi o suficiente para fazer do País a sua maior base de operações, superando a Argentina e a Malásia, onde a Impsa Corporation também mantém unidades produtivas. 

O País deverá responder por uma receita de R$ 1,1 bilhão em 2010, mais da metade dos R$ 2,1 bilhões previstos para todo o grupo no período. Os portenhos, no entanto, querem mais.

De olho na construção de dezenas de usinas hidrelétricas nas regiões Norte e Centro-Oeste, negócios que deverão consumir R$ 214 bilhões até 2019, os executivos da Impsa pretendem abocanhar uma fatia desses investimentos.

Para isso, a empresa vai aplicar R$ 250 milhões na instalação de uma linha para produção de turbinas para hidrelétricas, além de um laboratório hidráulico na sua planta de Suape (PE). 

No total, os investimentos da Impsa para o período 2010-2011 deverão somar R$ 1,8 bilhão. A fatia restante será usada para cumprir os contratos em andamento.


US$ 1,2 bilhão é o valor da carteira de pedidos da Impsa para o 
fornecimento de turbinas para parques de energia eólica no Ceará 
e em Santa Catarina

“O Brasil se transformou em um terreno fértil para quem atua no setor energético”, destaca Jose Luis Menghini, vice-presidente da Impsa Wind do Brasil. Com exceção da China, nenhum outro país do mundo está investindo tanto em energia.

E a produção local é um imperativo para quem pretende ser um jogador de destaque nesse campo. Primeiro porque facilita a obtenção de financiamento junto aos órgãos de fomento, como o BNDES. 

Além disso, atende à exigência de conteúdo mínimo de insumos nacionais, normalmente incluídos em contratos dessa natureza.

Não foi por outro motivo que as rivais Siemens, General Electric, Alstom, ABB e Voith desembarcaram por aqui nos últimos 50 anos. 

Hoje, a Impsa já possui contratos com a Odebrecht para fornecer equipamentos para as usinas de Simplício, na divisa entre Rio de Janeiro e Minas Gerais, e Dardanelos, em Mato Grosso, que somam R$ 655 milhões.



Com a ampliação da planta de Suape, que quase triplicará para 51 mil metros quadrados de área construída, será possível operar em um novo patamar. 

No novo galpão poderão ser montadas turbinas hidráulicas com peso de até 800 toneladas e 38 metros de altura, equivalente ao tamanho da estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

“Os investimentos em energia estão repetindo patamares somente vistos na década de 1970, durante o chamado milagre econômico”, opina o economista Fernando Camargo, sócio-diretor da LCA Consultores. 

É que para continuar crescendo no ritmo de 5% ao ano, o Brasil precisará adicionar seis mil Mega-Watts (MW) por ano à sua capacidade de geração – montante suficiente para abastecer uma cidade com 18 milhões de habitantes.

“O grande potencial do Brasil ainda é a hidroeletricidade”, reforça Rosângela Ribeiro, analista de investimentos da SLW Corretora. 

Para Menghini, a polêmica ao redor da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, situada no Pará e duramente criticada por ambientalistas, não deverá inviabilizar os megaprojetos. 

“O governo terá de optar entre atender às reclamações dos ecologistas ou deixar milhões de pessoas no escuro”, completa o executivo.

MDL evita a emissão de um bilhão de toneladas de CO2

Fabiano Ávila, do Instituto CarbonoBrasil
Uma indústria na Índia que passará a usar biomassa em vez de carvão e petróleo como fonte de energia recebeu no dia sete de setembro a Redução Certificada de Emissão (RCE) de número um bilhão do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.

Projeto de energia renovável do MDL em Benin / UNFCCC

“É uma marca excitante e uma prova da expansão do MDL. O mecanismo não apenas está tendo um impacto importante nos países em desenvolvimento com a transferência de tecnologias e o avanço do desenvolvimento sustentável, como também está encorajando nações desenvolvidas a aumentarem suas metas de redução de emissões, já que derruba o custo da mitigação”, afirmou Christiana Figueres, presidente da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC).

O projeto indiano promete evitar as emissões de 17.475 toneladas de dióxido de carbono (CO2), o equivalente a retirar 3.100 carros de passeio das ruas.

O MDL funciona justamente assim, iniciativas em países em desenvolvimento que reduzem as emissões recebem créditos, as RCEs, que podem ser comercializadas com os países ricos signatários do Protocolo de Quioto ou com qualquer outra nação que possua metas de emissão e aceite as RCEs como uma de suas “moedas”.

Atualmente existem mais de 4.500 projetos de 75 países registrados no MDL; desde ações de substituição de fornos à lenha por modelos mais limpos e eficientes à aplicação de tecnologias que diminuem as emissões de gases do efeito estufa na geração de energia.

O Brasil ocupa o 3º lugar em número de projetos, com 211, sendo que a China domina completamente a ferramenta, com 2.307 iniciativas. 

O MDL contém ainda mais 8.971 projetos nos diversos níveis do processo de aprovação (pipeline).

Em agosto, o Comitê Executivo do mecanismo registrou 160 novos projetos, o maior número até então. O número de RCEs expedidas foi de 21 milhões no mês passado.

Crise

Apesar de a quantidade de projetos estar crescendo, o mesmo não pode ser dito com relação aos preços das RCEs, que na última quarta-feira (5) alcançaram o menor valor já registrado, €2,45/t.

A principal razão para a queda é o excesso de créditos nos mercados, resultante de políticas pouco rigorosas para a emissão dos diversos tipos de créditos e também da recessão econômica na União Europeia, que derrubou a produção industrial e por consequência a necessidade de compensar emissões.

Esta não é a primeira crise enfrentada pelo MDL, que já foi criticado por possuir regras pouco rígidas, o que facilitou casos de fraudes, e por ser muito burocrático e caro, o que dificultava a inclusão dos países mais pobres no esquema.

O Comitê Executivo que administra o mecanismo vem promovendo medidas justamente para lidar com esses problemas.

Uma das mais recentes foi o lançamento do “CDM Help Desk”, uma iniciativa voltada para o apoio dos participantes de projetos em países pouco representados no MDL.

O painel permite que desenvolvedores, coordenadores, gestores, Autoridades Nacionais Designadas e Entidades Operacionais Designadas obtenham informações confiáveis do secretariado sobre questões relacionadas aos projetos de MDL.

“Nosso objetivo é garantir a integridade ambiental, melhorar a eficiência e a transparência e levar os benefícios do MDL para todos os países em desenvolvimento. 

Grandes tentativas já estão sendo feitas nessas áreas e o comitê continuará seus esforços para melhorar o mecanismo e deixá-lo mais atraente para os atuais mercados e para os inúmeros sistemas de comércios de emissão que estão surgindo”, concluiu Maosheng Duan, presidente do Comitê Executivo.

(Instituto CarbonoBrasil)

II Seminário - Um olhar sobre A Energia Sol Fotovoltaica no Brasil: Tendências e Oportunidades

Fonte: Procel Info
Rio de Janeiro – O II Seminário - Um olhar sobre A Energia Solar Fotovoltaica no Brasil: Tendências e Oportunidades será realizado no dia dia 20 de setembro de 2012 – das 8:30 às 17:30 h na sede da Firjan do Rio de Janeiro.



O evento tratará de temas importantes como os tipos de sistemas fotovoltaicos, novos negócios, equipamento básico, casos de sucesso, legislação e incentivos no Brasil, Rio Capital da Energia, impactos na matriz energética, perfil do Brasil (hoje), oportunidades de mercado, geração de empregos, marketing ambiental e certificação. 

O conteúdo será ministrado pela arquiteta Isabelle de Loys, M.Sc. de Loys Arquitetura, pesquisadora e doutoranda IVIG/PPE/COPPE, pelo consultor e instrutor do Sebrae e da GIZ, Hans Rauschmayer e Marcelo Vertis, subsecretário de Estado de Energia, Logística e Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro. 

Os interessados em participar do seminário devem entrar em contato com os telefones: 

Marie - (21) 7950-8444 / 8280-4277 ou Mauro(21) 8867-2337 / 2616-4641. 

Mais informações também podem ser adquiridas pelos e-mails: 

Marie de Loys: deloysarquitetura@gmail.com e Mauro Lerer: contato@solarize.com.br.


Postado por Empresa Verde às terça-feira, setembro 11, 2012

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Energia solar deve abastecer rede de clientes em Campinas a partir de 2013

Projeto avaliado em R$ 13,8 milhões reúne três docentes da Unicamp.
Sistema beneficia meio ambiente, mas instalação apresenta preço 'salgado'.


Fernando PacíficoDo G1 Campinas e Região
Painéis fotovoltaicos no estacionamento do zoológico de Cincinnati (Foto: Associated Press)Painéis fotovoltaicos no estacionamento do
zoológico de Cincinnati (Foto: Associated Press)
A energia fotovoltaica, obtida através da conversão direta da luz solar em eletricidade, deve integrar a rede de abastecimento dos clientes de Campinas (SP) a partir de 2013. 

Um dos 18 projetos aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para diversificação da matriz energética no país, é desenvolvido pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), com auxílio de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e empresas spin-offs - que derivaram da própria instituição.

O professor Ennio Peres, do Instituto de Física Gleb Wataghin, explica que 1 megawatt (MW) será produzido em uma usina a ser instalada na subestação Tanquinho, que pertence à concessionária. Além disso, outros 75 quilowatts (kW) terão origem na universidade. O projeto é pioneiro no estado de São Paulo.

"A inauguração está prevista para o mês de novembro e o início de funcionamento, que é a injeção de eletricidade na rede, para o mês de janeiro. A produção da usina é suficiente para abastecer pelo menos 650 clientes, cujo consumo médio é de 200 kWh / mês", explica o pesquisador. 

Os projetos aprovados pela Aneel, na 'Chamada 13', devem gerar 25 MW de energia, valor quatro vezes superior à produção nacional atual desta fonte, com capacidade para abastecer pelo menos 16,5 mil clientes.

Peres salienta que o olhar mais atento do governo federal para a ampliação da tecnologia deve trazer benefícios aos consumidores a longo prazo. 

"Por enquanto, o ideal é que os clientes não vejam diferença em suas residências, pois a energia deve ser injetada com qualidade necessária para não perturbar o fornecimento. 

Além disso, determinar quanto de fato será produzido e como isso variará durante o dia também é um dos objetivos", diz o pesquisador. O projeto da CPFL tem investimento de R$ 13,8 milhões.
Esquema mostra residência com abastecimento de energia fotovoltaica 
(Foto: Arte / G1 Campinas)

Como funciona?Compostos por estruturas chamadas células solares, os painéis fotovoltaicos têm a propriedade de criar uma diferença de potencial elétrico entre os terminais por ação da luz. Ela faz com que as células absorvam a energia solar e façam a corrente elétrica fluir entre duas camadas com cargas opostas, como uma bateria.

"A Aneel permite que as residências utilizem painéis fotovoltaicos e se conectarem à rede, usando e eventualmente fornecendo a energia elétrica produzida durante o dia e retirando eletricidade da rede durante a noite", explica Peres.


Ennio Peres ressalta benefícios no uso da energia
fotovoltaica (Foto: Antonio Scarpinetti / Unicamp)

Benefícios x 'preço salgado'

O pesquisador da Unicamp valoriza os benefícios ambientais atrelados ao uso da energia fotovoltaica, como a não emissão de gás carbônico ou comprometimento de áreas alagadas pela construção de hidrelétricas. Entretanto, admite que a popularização das instalações deve ocorrer a longo prazo.

"Um estudo da Empresa de Planejamento Energético mostra que há viabilidade em vários estados, mas é necessário um investimento de quase R$ 40 mil", explica Peres, antes de fazer uma recomendação aos clientes que desejam economizar. 

"O mais prático hoje é o consumidor instalar um coletor solar de aquecimento de água, que pode economizar de 25 a 50% de sua conta de luz, com um investimento inferior a R$ 2 mil".

Créditos de carbono e uso mundialAo considerar que a implantação do sistema fotovoltaico pode ser usado em negociações de créditos de carbono pelos países, Peres ressalta a entrada da China no mercado e entende que a valorização pode ser maior, caso a energia nuclear seja deixada de lado.

"O uso cresceu muito em vários países nos últimos anos, principalmente na Espanha e EUA. Por conta da crise, o crescimento foi refreado. 

Outro ponto importante é a energia nuclear. Se os países desistirem como a Alemanha fez, e o Japão diz que fará, então novo impulso será dado às energias renováveis", avalia o pesquisador.

Produtora de frutas Subsole está usando painéis fotovoltaicos para obter energia no Atacama (Foto: Subsole/BBC)Produtora de frutas usa painéis fotovoltaicos para obter energia no Atacama (Foto: Subsole / BBC)
Fonte: g1.globo.com