terça-feira, 18 de outubro de 2011

Lançado primeiro selo de qualidade para consumidores de energia eólica

Autor: Fabiano Ávila - Fonte: Instituto CarbonoBrasil


 
Com o apoio de entidades como as Nações Unidas, Global Wind Energy Council (GWEC), WWF e das empresas Bloomberg, PricewaterhouseCooper e Vestas, o selo WindMade foi lançado na semana passada como uma forma de estimular o crescimento da energia eólica.

A ideia do selo é que os consumidores, em geral a iniciativa privada, possam exibir em seus produtos ou publicidade a porcentagem de energia eólica em sua matriz energética. Assim, essas empresas ganhariam espaço com o público mais consciente ambientalmente.

Para obter o WindMade é preciso cumprir uma série de requisitos, entre eles ter pelo menos 25% de toda a sua demanda elétrica sendo abastecida por energia eólica.

“Os critérios para a exibição do selo garantirão que as companhias que o possuam estejam realmente contribuindo para o crescimento do setor de energias renováveis. Acreditamos que este tipo de iniciativa é importante para direcionar o mundo para uma economia de baixo carbono”, afirmou Samantha Smith, diretora de Energia Global e da Iniciativa Climática do WWF.

A ONU anunciará oficialmente as primeiras empresas a obterem o WindMade em uma cerimônia no dia 18 de novembro em Nova York.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Lojas montadas em containers faturam R$ 12 milhões por ano

Criada no Brasil, rede de franquias Container Ecology Store reúne sustentabilidade, mobilidade e design moderno

Por Fernanda Salem, do Mundo do Marketing | 
Transformar lixo em pontos de venda de sucesso, com base na sustentabilidade, apresentando ainda design moderno e mobilidade. Esta é a proposta da empresa Container Ecology Store, que, seguindo tendências mundiais, utiliza containers abandonados e transforma-os em lojas de roupas multimarcas. 
O negócio criado há dois anos já tem 40 franquias em todo país, além de contratos assinados para mais de 100 lojas só no ano que vem. A loja reúne produtos de 500 marcas, entre elas Coca-Cola Clothing, Triton, Abercrombie & Fitch, Pólo Ralph Lauren, Lacoste, Hollister e Aéropostale.


A ideia surgiu de uma necessidade. “Eu queria abrir uma rede de lojas no sul do país, mas os alugueis de terreno e em shoppings eram muito caros. Então pensei em adaptar um projeto que vi em Cingapura, de lojas em caixas de metal”, diz André Krai (foto), fundador da rede de franquias Container Ecology Store, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Cada container custa cerca de R$ 10 mil, mas o valor mais alto vai para a reforma, que não sai por menos de R$ 20 mil. O maior investimento, portanto, é na estruturação, no suporte e na decoração. “Custa caro transformar lixo em algo útil”, conta Krai.

Mas dá resultado. O faturamento anual da empresa foi de R$ 12 milhões este ano e as perspectivas são de triplicar este valor com a ampliação da rede planejada para os próximos anos. Cada franquia paga à Container royalties de cerca de R$ 1,5 mil por mês. “O maior obstáculo para o empreendimento é encontrar terrenos livres em bons locais, principalmente na zona sul do Rio de Janeiro e em São Paulo”, diz Krai.

Chave na Mão

O modelo de negócios da Container Ecology Store, chamado Sistema Franquia Chave na Mão, provém diversos serviços para o franqueado. “A empresa busca o terreno que será o ponto comercial, instala a loja em uma semana com tudo pronto para o cliente e faz a gestão do negócio dele. O franqueado está comprando um pacote”, explica Krai.

Outra facilidade é a lista de 500 marcas, nacionais e internacionais, que já vêm como opção com a loja, disponíveis para o franqueado vender, como a Coca-Cola Clothing, a Fórum e a Abercrombie & Fitch. Todas voltadas para a moda jovem, que se relacionam com o target da empresa.

“O modelo exige um operador moderno devido ao tipo de loja, que é diferente. Podemos treinar qualquer um para o perfil, mas o franqueado precisa ter, acima de tudo, garra e tino para inovação”, diz Krai, explicando que para adquirir uma loja da Container o valor mínimo a ser investido é de R$ 100 mil.

Conquistando clientes
Uma das franquias de maior sucesso, segundo Krai, é a da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O empreendimento tem dois containers e vende sete marcas: Abercrombie & Fitch, Hollister, Adidas Originals, Calvin Klein, Lança Perfume, Coca-Cola Clothing e Labellamafia, algumas delas conquistadas pelos próprios franqueados.

“O maior benefício que tirei com essa franquia é um aluguel muito mais barato do que em shoppings, então dá para vender os produtos a um preço mais acessível, além de poder remover o container para outro ponto, se achar necessário”, diz Luiz Otavio de Azevedo, dono da loja na Barra da Tijuca (foto), em entrevista ao Mundo do Marketing.

 
A unidade foi inaugurada em setembro de 2010 e o faturamento mensal é de cerca de R$ 45 mil. “O valor ainda não pagou o investimento inicial. Estamos fazendo clientes neste primeiro ano. Acredito que a partir do ano que vem já ultrapassaremos o investimento inicial”, diz. “A previsão para 2012 é faturar de R$ 60 mil a R$ 70 mil por mês com a loja”.

Solução ambiental

Um dos grandes trunfos do negócio é seu apelo ambiental e ecológico, tendência mundial que a rede aproveita na divulgação da empresa desde o nome até o texto no site, dizendo ser a única franquia totalmente sustentável do mundo e chamando os clientes a participar do movimento para salvar o planeta.

Efetivamente, a utilização de materiais reciclados como containers com mais de 20 anos de uso já é uma ação que contribui para o meio ambiente. Além disso, as lojas contam com itens como araras feitas de corrimão de ônibus e decks de casca de arroz na decoração. A rede também não usa nenhum produto que polua o meio ambiente e 50% do ponto de venda é reciclado.

 
Modelos internacionais
A inovação já existe internacionalmente, com algumas lojas feitas em containers de navios. Nos Estados Unidos, a incubadora de design 3rd Ward criou em agosto deste ano uma loja utilizando o objeto, que foi chamado de Shopbox (foto).

Os produtos, como mochilas e objetos de decoração, ficam expostos no container e os consumidores podem escolher o produto desejado, sem a ajuda de um vendedor, e se cadastrar utilizando um iPad disponível no local. O cliente então envia uma mensagem de texto e a mercadoria é entregue em seu endereço.

No Canadá, a Nescafé fez recentemente uma ação de loja pop-up em um container para divulgar a linha Dolce Gusto. A instalação fez uma turnê pelos locais mais movimentados de Toronto e Montreal como uma cafeteria itinerante.

 
Lojas viajam pelo mundo

A agência de design LOT-EK tem um histórico em trabalhar com projetos criados a partir de container abandonados, de instalações de arte a lojas. Há dois anos, a empresa criou um ponto de venda para a Uniqlo em Nova York, nos Estados Unidos, pequeno e eficiente.

Seu case de maior sucesso, no entanto, foi para a Puma, chamado de Puma City. O espaço de 24 containers criado em 2008 tem escritórios, área para a imprensa, um bar, local para eventos e ainda uma grande varanda aberta no teto. A loja é móvel, passando por algumas cidades dos Estados Unidos, e já foi até a Espanha e África do Sul, vendendo os produtos da marca durante a Copa do Mundo de 2010.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Economia verde – Energia renovável em ascensão

A China liderou os investimentos em 2010

Passados os efeitos mais agudos da crise financeira internacional de 2008 e 2009, os investimentos em novos negócios de energia “verde” voltaram a crescer de maneira robusta, chegando a US$ 211 bilhões em 2010.
 
 
A tendência é acompanhada desde 2004 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e mostra que o crescimento é cada vez mais orientado para as grandes economias emergentes. Em 2010, a China atraiu o maior volume de novos investimentos pelo segundo ano consecutivo, com US$ 49 bilhões, quase um quarto do volume global no ano.

A Índia recebeu US$ 3,8 bilhões de novos investimentos, um crescimento de quase 25% em relação a 2009. No Brasil, por outro lado, o total de novos aportes caiu 5%, para US$ 6,9 bilhões. 
 
Segundo o relatório do Pnuma, a queda ocorreu porque o Brasil optou por consolidar o setor de biocombustíveis em vez de investir em novas fontes. A América Central e a América do Sul registram expressivo incremento de 39%, com US$ 13,1 bilhões em novos investimentos no ano passado. 
 
O estudo considera como energia renovável a biomassa, os biocombustíveis e as fontes geotérmica, marinha e eólica superior a 1 megawatt (MW), hidrelétrica entre 0,5 e 50 MW e solar acima de 0,3 MW. O relatório Tendências Globais de Investimentos em Energias Renováveis está disponível em inglês.
 

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Mercado livre responde por 28% da energia comercializada no País

Além das siderúrgicas, shoppings também passam a preferir o modelo, diz presidente da CCEE
 
Da redação, com informações da Agência Rio



Do total de 55,6 mil MW que o País comercializou até o momento, 28% foram negociados no mercado livre. Os cálculos são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), órgão responsável por administrar as negociações de energia elétrica.

Segundo o presidente da CCEE, Luiz Eduardo Barata, esse mercado não mais se restringe a consumidores como siderúrgicas, como era comum em tempos passados. Ele conta que, atualmente, os shopping centers também estão preferindo comprar eletricidade no mercado livre.

O executivo destacou ainda que mais da metade dos cerca de 16 mil MW comercializados nessa modalidade, estão em contratos de longo prazo, com validade superior a quatro anos, o que segundo Barata, confere maior estabilidade ao mercado.

Os outros 72% são comercializados no mercado regulado, por meio das distribuidoras de energia elétrica.
 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

ABNT publica norma que visa redução de CO2

O Procobre – Instituto Brasileiro do Cobre – junto à comissão de estudos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) lançou no dia 4 de outubro, uma nova norma brasileira, que associa o dimensionamento elétrico das edificações à economia de energia e redução das emissões de CO2.
 

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A norma associa o dimensionamento elétrico das edificações à economia de energia

A NBR 15920:2011 foi apresentada durante um evento, em São Paulo, para projetistas e é aplicável a todas as instalações de baixa e média tensão e também a redes de transmissão e distribuição de energia. O documento traz fórmulas para calcular o custo inicial e operacional de um projeto, além de uma fórmula que resulta no dimensionamento econômico.

Com isso, a norma chancelada pela ABNT, tem como objetivo o redimensionamento da seção (diâmetro) do cabo elétrico para obter menos perda de energia e assim reduzir o consumo; por consequência, também diminui a emissão de gases de efeito estufa, como o CO2.

Para facilitar o cálculo, um software foi desenvolvido para dimensionar os circuitos elétricos das edificações, levando em conta aspectos de economia de energia e os efeitos positivos para o meio ambiente.

De acordo com o engenheiro eletricista e consultor do Procobre, Hilton Moreno, responsável pelo software e também pela elaboração do manual “Dimensionamento Econômico e Ambiental de Condutores Elétricos”, as emissões de CO2 mais significativas em um sistema elétrico ocorrem quando os condutores estão sendo utilizados no transporte de energia elétrica. Apenas um circuito elétrico, sob más condições, pode emitir indiretamente milhares de quilos de CO2 na atmosfera no decorrer dos anos.

“O software é direcionado a profissionais envolvidos com instalações elétricas e interessados em dimensionar circuitos elétricos com condutores de cobre de baixa tensão, até 1.000V, pelo critério de dimensionamento econômico descrito na NBR 15920, acrescido de uma metodologia de cálculo para determinação da redução da emissão de dióxido de carbono desenvolvida por técnicos no Japão”, explicou Moreno.

Já o manual traz os critérios de dimensionamento econômico para todos os tipos de instalação elétrica de baixa tensão, tanto prediais ou comerciais quanto industriais ou nas redes públicas de distribuição de energia.

Testes
O Procobre realizou estudos de casos com o software para verificar a economia de energia e a redução das emissões de CO2 em seis tipos de edificações: um prédio de escritórios, dois shopping centers, um galpão industrial, um hospital e um hotel. Em todos os casos, houve economia de energia e ganho ambiental pela aplicação dos critérios da NBR 15920.

O resultado mais significativo foi verificado em um dos shoppings. Segundo a estimativa calculada, caso o dimensionamento econômico e ambiental seja utilizado nesta obra, em um prazo de 30 anos o complexo registrará um ganho ambiental de 380 toneladas de CO2 e economizará cerca de 2.220.700kWh de energia.

“Uma casa popular de uma família de quatro pessoas consome, em média, 100kWh por mês de energia elétrica. Desta forma, a economia de energia calculada no shopping center, em 30 anos, corresponderá ao consumo de 22.200 casas populares em um mês ou de 62 casas durante 30 anos”, explicou Moreno.

Em cada caso analisado foram consideradas diversas alternativas de tarifas de energia, tempo de funcionamento da instalação, vida útil estimada da obra, taxa de juros e outros parâmetros que fazem parte das fórmulas de cálculos. No total foram calculados mais de 4.000 circuitos e os resultados obtidos são muito variados.

“Isso demonstra que deve ser realizada uma análise criteriosa caso a caso”, disse Moreno.

O efeito do dimensionamento econômico e ambiental dos condutores elétricos torna-se ainda mais relevante quando se multiplica os resultados obtidos em apenas um caso pelos milhões de empreendimentos existentes ou a serem construídos no País.

“Se considerarmos que existem centenas de milhões de circuitos elétricos nas edificações do Brasil, fora os milhares de quilômetros de redes de transmissão e distribuição de energia, o ganho energético e ambiental da aplicação do método assumiria uma escala gigantesca”, disse Moreno.

Um estudo recente, produzido por especialistas do Instituto Europeu do Cobre, simulou o que aconteceria se os 27 países membros da União Européia passassem a dimensionar todos os circuitos elétricos da região pelo critério energético e ambiental. O resultado mostrou que haveria um potencial de economia de energia elétrica de 3% em relação ao consumo total da região. A partir dessa resultante, 12 usinas nucleares de médio porte ou 47 usinas termelétricas poderiam deixar de ser construídas, uma vez que essas construções utilizam combustíveis fósseis. O simulado ainda equivale à metade da capacidade instalada de geração de energia eólica na União Européia em 2010.

“Não temos ainda um estudo similar a este para o Brasil, mas tudo indica que, apesar da matriz energética brasileira ser significativamente mais limpa que a da União Européia, os resultados ainda seriam igualmente expressivos", afirmou Moreno.

O software está diponível gratuitamente no site: www.leonardo-energy.org

:: Da Redação www.portallumiere.com.br

MME, BNDES e Nova de Bolsa de Energia

MME aprova sistemática do leilão de energia A-5

O Ministério de Minas e Energia aprovou a sistemática do leilão de energia A-5, que acontece em 20 de dezembro. O certame vai contratar usinas para início de suprimento em janeiro de 2016 e terá entre as fontes concorrentes hidrelétricas, parques eólicos, térmicas a gás natural e biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). 
 
 
A licitação será realizada via internet e envolverá as mesmas regras utilizadas em anos anteriores. O leilão acontece em duas fases. 
 
Na primeira delas, os empreendedores oferecerão lances pela concessão das hidrelétricas que serão ofertadas. Ganha quem oferecer o menor custo de energia final para o mercato cativo. Essa fase terá a etapa inicial e a etapa contínua.Na segunda fase, os proponentes vendedores deverão oferecer lances para a venda da energia de seus empreendimentos. 
 
O preço de lance será representado pelo ICB, o Índice de Custo Benefício das usinas cadastradas. Nessa fase, haverá etapa uniforme e etapa discriminatória. Clique aqui para acessar a portaria com a íntegra da sistemática, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (4/10).


BNDES aprova financiamento para construção de cinco parques eólicos

O BNDES aprovou o financiamento no valor de R$ 297,4 milhões para a construção de cinco parques eólicos no interior da Bahia, totalizando potência de 98,8 megawatts (MW). A estimativa é que as obras e a operação dos empreendimentos criarão mais de 1.400 postos de trabalho diretos e indiretos. A participação do BNDES corresponde a 70% do valor total do projeto (R$ 423,3 milhões). 
 
A operação de apoio a energias renováveis é priorizada pela direção do banco. Segundo o banco, as novas usinas integram o conjunto de 14 centrais eólicas que foi vencedor do 2º Leilão de Energia de Reserva, realizado em 2009. As centrais eólicas são controladas pela empresa Renova Energia. 
 
Nove dessas usinas já obtiveram financiamento do BNDES, no ano passado. Incluindo esses cinco novos parques na Bahia, sobe para 70 o número de usinas eólicas construídas com apoio do BNDES no país. A capacidade instalada é de 1,5 mil MW. Os empréstimos do banco para o setor somam R$ 4,5 bilhões.


Agentes preparam plataforma para negociar energia

Uma nova plataforma de comercialização de energia no mercado livre está sendo preparada para lançamento, segundo três fontes com conhecimento do tema que falaram à Reuters. A nova plataforma poderia ser uma concorrente da Brix, bolsa de energia lançada em julho deste ano que tem entre os sócios o empresário Eike Batista e a IntercontinentalExchange (ICE). 
 
Agentes do segmento de comercialização se reuniram recentemente na Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), onde foi apresentado o plano para a nova plataforma, que se chamaria "Matrix", segundo uma fonte do setor de comercialização de energia que estava presente no encontro. 
 
Apesar de ter sido apresentada em reunião na Abraceel, a associação não tem vínculo com o projeto, conforme informou a fonte. Segundo um dos idealizadores do projeto que falou à Reuters em condição de anonimato, o negócio começaria como uma "plataforma de comercialização de energia e formalização de transações". A intenção seria dar maior transparência ao mercado nas negociações no ambiente de contratação livre. 
 
O responsável por uma comercializadora de energia elétrica disse que está avaliando a participação na nova plataforma, por se tratar de uma iniciativa dos próprios agentes que já atuam no setor de comercialização de energia. A nova plataforma seria apenas uma de outras iniciativas que estariam sendo idealizadas pelos agentes do setor, afirmou o responsável pela comercializadora, sob condição de anonimato. 
 
A expectativa dele é de que uma nova plataforma de comercialização de energia, além da Brix, já esteja em funcionamento no início de 2012. (Reuters)
 

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Bahia fala em energia solar a R$150 por MWh e pede entrada da fonte em leilões

Secretário também afirma que mais empresas de energia eólica estão perto de fechar instalação no Estado

Por Luciano Costa




A secretaria de Indústria, Comércio e Mineração da Bahia está em contato com diversos empreendedores do setor elétrico interessados em se instalar no Estado. Após assinar um memorando de intenções com a GE, que produzirá turbinas eólicas na região, o secretário James Correia revela que investidores da geração solar também estão sondando fortemente a região. Segundo ele, o interesse é tanto que o governo irá se empenhar em convencer o Ministério de Minas e Energia a abrir os próximos leilões para a participação da fonte.

"Achamos que alguns projetos já podem ser competitivos na casa dos R$150 por MWh. Então, por que não deixar participar, qual é a restrição? Defendo essa liberação o mais rápido possível", explica Correia. Segundo ele, esse número, muito mais baixo que os valores que têm sido apontados no mercado para a energia solar, não é uma estimativa do governo, mas de gente da área. "Tem empreendedor nos procurando e dizendo que está com projetos nesse preço.Até em função da conjuntura. Você tem um mercado com dificuldades na Europa, nos Estados Unidos, e quem tem linha de produção montada está disposto a produzir por preço menor".

O secretário lembra o caso da energia eólica, que enfrentava resistência e, após começar a aparecer em leilões, teve o preço em queda livre, chegando a patamares abaixo dos R$100 por MWh. No primeiro certame envolvendo a fonte, agentes falavam que não seria possível viabilizar usinas abaixo de R$180 por MWh. "O governo tem que abrir. Não cabe julgar se (as usinas) vão ter preço (baixo) ou não. O leilão é para isso", argumenta Correia.

Para o representante do governo baiano, a viabilização dos primeiros projetos é importante para atrair os fabricantes para o País, uma vez que, por enquanto, o interesse em se instalar no Estado tem sido mais de usinas do que de fornecedores. "Tem que ter mercado. A própria energia eólica só foi desenvolver fábricas quando começaram os leilões, três anos atrás. Com a solar a mesma coisa. Você não vai conseguir atrair fábrica para cá sem ter uma política de contratação. Só um louco viria", brinca o secretário.

Indústria eólica aquecida
Grandes nomes da indústria como Gamesa, Alstom e GE já comunicaram a escolha da Bahia como sede para fábricas no Brasil. E, de acordo com Correia, os anúncios não vão parar por aí. Ele adianta que "duas grandes empresas" estão próximas de fechar acordos com o governo para produzir aerogeradores localmente. E outros agentes da cadeia do setor, como produtores de pás e torres, também estão na mira.

"A Angrade Gutierrez está vindo fabricar aqui torres de concreto de até 100 metros e uma empresa espanhola vai fabricar torres metálicas. Estamos avançando a cadeia aqui", afirma. Correia destaca que o governo tem assinados protocolos de intenção para receber 20 mil MW em projetos eólicos. Considerando-se um custo de investimento médio de R$4 milhões por MW instalado, o Estado calcula que pode receber R$80 bilhões em empreendimentos. "Temos um mercado definido. Posso dizer que a Bahia é a bola da vez na energia eólica: tem o maior mercado, os melhores evntos, e tem atraído uma série de empresas para cá por causa disso", comemora o secretário do Estado.
 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Energias Limpas: Seagro trará personalidades Seminário Estadual

 












O dia 19 de outubro promete marcar a história da agroenergia tocantinense. 

É que nesta data será realizado o I Seminário Estadual de Energias Limpas, em Palmas, que contará com a participação de especialistas nacionais, como o coordenador Geral de Inserção de Novos Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energias, Marlon Leal, e o coordenador de projetos da Fundação Getúlio Vargas, Cleber Guarany. O evento ocorrerá dentro da programação da sétima edição do AmazonTech, marcada para os dias 18 a 22 de outubro, no Espaço Cultural.  
 
Segundo o subsecretário de Energias Limpas, Ailton Araújo, o Seminário de Energias Limpas será um marco porque irá chamar a atenção da população para o setor, que está adormecido no Estado. “A intenção é que toda a região comece a pensar em energias limpas. É uma área promissora porque a cada dia aumenta o consumo de energia e o Tocantins, assim como a Região Norte do País, tem muitas potencialidades. Podemos ter energia eólica, solar, produzir biocombustíveis em nossas extensas áreas”, disse o subsecretário.
 
Além de oportunizar uma troca de informações entre profissionais e empresários, as demandas do Estado e da Região também poderão ser apresentadas aos representantes de órgãos nacionais e institutos de pesquisa. “Teremos a oportunidade de solicitar melhorias, incentivos e financiamentos para que o setor se desenvolva ainda mais”, explicou Ailton.

Ao todo, serão ministradas 11 palestras no Seminário, inclusive do Subsecretário de Energias Limpas, que finalizará o evento com uma proposta: ‘A Criação do Fórum de Cooperação entre os Estados da Região Norte’. “Unidos, os estados podem fazer muito mais. Iremos propor a criação de um grupo para trocar experiências sobre o setor de Energias Limpas, visando sempre o desenvolvimento econômico e sustentável”, disse o Ailton Araújo.

Dentro das temáticas abordadas estão: ‘Mercado e Tendências no uso de biocombustíveis’, ‘O Desafio e o Uso de energia limpa em comunidades isoladas da região Norte’ e ‘Lixo: oportunidades de geração de energias, emprego e renda’.
 
AmazonTech

Realizado no Espaço Cultural em Palmas, o evento de projeção internacional quer promover o crescimento econômico sustentável da Amazônia Legal e contará com participação de representantes de nove estados brasileiros e também de outros países. Toda a programação será desenvolvida em sete eixos temáticos, dentre eles: Tecnologias de uso sustentável dos recursos naturais e Fontes Alternativas de Energia. A expectativa da organização, comandada pelo Sebrae - Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas, é reunir cerca de 35 mil visitantes, 100 empresas e instituições expositoras e oferecer 100 capacitações, 300 agendamentos na rodada de negócios e apresentar 60 projetos, garantindo um volume de negócios da ordem de R$ 22 milhões.