sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Equatorial foca eólicas e térmicas para expandir negócios em geração

Companhia, porém, nega a possibilidade de comprar ativos do Grupo Bertin


A Equatorial está de olho no mercado para ampliar a fatia ocupada pela geração de energia em seus negócios. Atualmente, a holding tem participação na Cemar, que atua na distribuição de energia no Maranhão, e na Geramar, que opera termelétricas no mesmo Estado. O setor termelétrico, aliás, deve ser, juntamente com a energia eólica, o foco da companhia na busca por novos empreendimentos. A revelação foi feita nesta quinta-feira (11/11) pelo diretor financeiro, Eduardo Haiama, durante teleconferência com acionistas e analistas de mercado.
De acordo com Haiama, a atenção está em projetos greenfield e aquisições. O executivo afirma que "as conversas têm andado bem" e os investimentos devem ser em empreendimentos de pequeno e médio porte. Até por isso, quando questionado por um analista, Haiama descartou a hipótese de negociar a compra de termelétricas do Grupo Bertin. A Bertin arrematou a concessão de diversas usinas nos últimos leilões de energia, mas tem enfrentado atrasos no cronograma dos projetos e atualmente recorre junto à Aneel para não ser multada.
"Sinceramente, não temos nenhuma discussão especificamente com a Bertin, nunca chegamos a ter discussões sérias sobre comprar as térmicas deles. Temos conversas com grupos menores, onde achamos que podemos agregar valor. Esses projetos (da Bertin) são maiores, não seria o perfil da Equatorial negociar aqueles ativos", explicou o executivo.
Segundo Haiama, a Equatorial quer fechar algum negócio até o final deste ano ou já no início de 2011. Caso a intenção não se concretize, a política de dividendos da companhia pode ser revista. Isso porque, hoje, parte do lucro que poderia ser distribuído está sendo guardada para cumprir a estratégia de expandir o parque gerador da empresa.