quarta-feira, 10 de novembro de 2010

EPE se prepara para desenvolver banco de dados eólico

Usinas vencedoras de leilões vão repassar medições e dados para o órgão do governo
Da redação
 
 
 
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia que atua no planejamento do setor, começa a receber, a partir de fevereiro, informações dos parques eólicos que foram negociados no primeiro leilão específico da fonte, promovido em 2009. O objetivo do governo é, a partir dessa colaboração, elaborar um banco de dados para desenvolver um inventário do potencial brasileiro de produção de energia a partir dos ventos. Segundo a EPE, a análise trará vários benefícios, como a possibilidade de estudar melhor o comportamento complementar entre a produção eólica e a hidrelétrica.
Os parques que venderam energia nos leilões devem começar a remeter dados à EPE seis meses antes de sua entrada em operação. Assim, o primeiro dos parques viabilizado pelos leilões inicia o envio de informações a partir de 16 de fevereiro. O banco de dados será gerenciado pela própria EPE.
Para se preparar para a empreitada, a EPE promoveu nesta segunda-feira (8/11), em seu escritório no Rio de Janeiro, encontro com os responsáveis técnicos dos parques do primeiro leilão eólico. Durante o evento, foi apresentado o sistema de coleta de informações anemométricas e climatológicas AMA, desenvolvido em parceria com especialistas alemães da GTZ.
Na reunião, estiveram presentes também a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e o Operador Nacional do Sistema (ONS). Ainda foram discutidos, durante a sessão, procedimentos técnicos, operacionais e de manutenção dos equipamentos de medições. Essas medições deverão trazer informações sobre velocidade e direções dos ventos, temperatura, umidade relativa do ar e pressão atmosférica. Os dados serão enviados quinzenalmente, via internet, para a EPE.