terça-feira, 30 de novembro de 2010

Oferta de energia será maior que demanda até 2019

O ritmo de crescimento da oferta interna de energia elétrica no Brasil deverá ser menor que a velocidade de expansão da demanda até 2019, mas ainda assim ficará acima do consumo, afirma um relatório divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

A oferta interna de energia elétrica deve crescer de 539,9 terawatts-hora (TWh) em 2010 para cerca de 830 em 2019, o que significa um crescimento de 53,7 por cento entre os dois períodos, prevê o Ministério de Minas e Energia (MME).

Já o consumo deverá crescer de 455,2 TWh para 712 TWh, ou 56,4 por cento. O crescimento médio anual é de 5,3 por cento.
Um terawatt corresponde a 1.000 gigawatts, ou 1 milhão de megawatts.

De acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia 2019, o consumo final energético crescerá de 228 milhões tep (unidade que permite somar várias fontes de energia como petróleo, gás e óleo diesel) em 2010 para 365,7 milhões tep em 2019, o que corresponde a uma taxa anual média de crescimento de5,4 por cento.

O montante global de investimentos em oferta de energia elétrica será de cerca de 214 bilhões de reais.

"Parte dos investimentos em geração referem-se a usinas já concedidas e autorizadas, entre elas, as usinas com contratos assinados nos leilões de energia nova. Os empreendimentos de geração ainda não concedidos ou autorizados serão responsáveis por 108 bilhões de reais", disse o ministério.

O estudo, que projeta um crescimento anual do PIB de 5,1 por cento entre 2010 e 2019, mostra ainda que o crescimento do consumo residencial neste período deve ser de 4,6 por cento ao ano, enquanto o industrial deverá avançar 5,1 por cento ao ano e o comercial, 6,2 por cento.

O submercado Norte deverá apresentar o maior crescimento no consumo de energia, avançando 8,2 por cento ao ano, de acordo com o plano decenal. O Nordeste, por sua vez, deverá registrar alta de 5,4 por cento, enquanto o Sudeste/Centro-Oeste deve crescer 5 por cento e o Sul, 4,5 por cento.

"São importantes para a projeção de consumo na rede as premissas setoriais adotadas para a autoprodução, cuja parcela do consumo total de eletricidade não compromete o investimento para a expansão do parque de geração e de transmissão do sistema elétrico brasileiro", diz o relatório.

A autoprodução de energia deve crescer de 20.007 gigawatts-hora em 2010 para 45.585 GWh em 2019, ou 127,8 por cento. As principais autoprodutoras, segundo o ministério, serão siderúrgicas, empresas de papel e celulose e petroquímicas.

O índice de perdas de energia, por sua vez, deve ficar praticamente estável, registrando 15,7 por cento em 2010, 15,8 por cento em 2014 e 15,5 por cento em 2019.

CONSUMO DE GÁS EM ALTA
O consumo total de gás natural deve avançar, em média, 10,1 por cento ao ano, com o Sudeste apresentando a maior elevação, de 9,9 por cento no período.

A demanda por óleo diesel, por sua vez, deve crescer 5,9 por cento ao ano, em média, enquanto o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) deve crescer 2,6 por cento no mesmo período, enquanto o do querosene de aviação deve crescer 5,4 por cento.

A demanda final por gasolina, por outro lado, deve recuar 1,9 por cento. "É sabido que a escolha do combustível é uma função que depende principalmente da relação de preços entre etanol e gasolina. Considerou-se que o etanol deverá continuar competitivo", cita o relatório.

(Redação Tn Petróleo / Agências)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Construção do Parque Ecológico Imigrantes começa em novembro

Na última quarta-feira (24) foi colocada a pedra fundamental da construção do Parque Ecológico Imigrantes. O projeto, idealizado pela Fundação Kunito Miyasaka, terá a sustentabilidade presente em toda a sua estrutura e disponibilizará educação ambiental aos seus visitantes.


O parque será edificado em uma área de 484 mil metros quadrados de Mata Atlântica, às margens da Rodovia dos Imigrantes, local de fácil acesso aos moradores da capital, região do ABC e litoral paulista. A arquitetura inovadora e a utilização da certificação AQUA permitirão que a construção seja feita sem causar muitos impactos à natureza. Dividido em quatro categorias, o selo AQUA considera 14 critérios, nas áreas de: eco-construção, gestão, conforto e saúde.
A prova de que os idealizadores estão preocupados com a preservação da natureza é o formato arquitetônico que o parque terá. Os espaços modulares, como salas multiuso, biblioteca, auditório e centro de pesquisa, serão interligados por passarelas suspensas sobre a Mata Atlântica. Dessa forma não será necessário derrubar muitas árvores, como acontece em outras construções comuns. O aço foi escolhido como principal matéria-prima. O motivo da opção foi explicado pelo publicitário e presidente da fundação, Antonio Rosa: “Usaremos aço na maior parte das estruturas por apresentar maior durabilidade, menor geração de resíduos e ainda por exigir poucos pontos de apoio no solo”.
A preocupação educacional está presente em todo o projeto, por isso o parque oferecerá atividades pedagógicas realizadas por monitores preparados especificamente para trabalhar com educação ambiental, voltada às crianças, jovens e adultos. O conteúdo pedagógico será passado de diversas maneiras interativas e através do uso de diversas tecnologias.
Para não prejudicar o equilíbrio ambiental da região, as visitas ao parque serão agendadas e somente 300 pessoas poderão acessar o parque diariamente. Os moradores da região serão capacitados, para que a mão-de-obra local seja favorecida e valorizada em todas as atividades realizadas no parque.
O investimento total necessário para a construção do Parque Ecológico Imigrantes é de R$ 16,69 milhões. A Fundação Kunito Miyasaka já investiu R$ 794 mil e o restante deve ser proveniente de empresas parceiras que entendam e se interessem pelo desenvolvimento sustentável.
Fonte: Ciclo Vivo

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Falta de profissionais no mercado eleva salários de engenheiros no País

Para a categoria, expansão econômica retoma atividade do setor e recupera perdas
Por Gabriela Araújo



Uma pesquisa salarial da Catho Online, portal de empregos e recursos humanos, indica que os engenheiros foram os profissionais com maiores aumentos salariais entre outubro de 2009 e outubro de 2010. Os maiores ganhos foram registrados nos setores ligados à área de tecnologia e infraestrutura, incluindo indústria, energia, transportes e fabricação de equipamentos ligados a construção - e com destaque especial para mineração e extração de petróleo e gás (32%) e refinamento de petróleo (24%).
De acordo com a gerente da pesquisa salarial, Silvana Di Marco, da Catho, os aumentos salariais correspondem aos setores em que Brasil mais tem investido atualmente e que não sofreram muito com a crise econômica. “Os cargos em engenharia basicamente estão ligados à infraestrutura. São cargos de projetos, obras. Esse aumento também se justifica pelo fato desses profissionais estarem em falta no mercado de trabalho, ou seja, o mercado não produz engenheiros suficientes para atender a demanda que as empresas necessitam”, analisa a executiva. Ela também aponta a importância do pré-sal na impulsão ao mercado de petróleo e gás como um dos destaques do levantamento.
Para o presidente do Instituto de Engenharia, Aluizio Barros Fagundes, a retomada da atividade econômica faz o mercado progredir depois de mais de vinte anos sem investimentos, o que chegou até mesmo a fazer profissionais migrarem de área. O engenheiro também destaca que o setor de óleo e gás colhe o resultado de um longo período de planejamento e pesquisa, enquanto, na área de energia, o andamento de grandes empreendimentos leva a muitas contratações e expansão salarial.
Ainda ssim, Fagundes acredita que o momento não é de bonança, mas sim de recuperação. “Os profissionais que permaneceram no exercício (dos cargos durante a retraçã do setor) sofreram um achatamento sensível em seus salários. Em comparação com o mercado das décadas de 1960 e 1970, avançando um pouco na década de 1980, o poder aquisitivo dos engenheiros de hoje está pela metade. Ainda há muito a recuperar”.
Ainda segundo o presidente, com o mercado de engenharia aquecido e a divulgação do aumento de salários, o efeito pode ser uma retomada do setor. “(Isso) permite resgatar os formados em engenharia que estão militando fora da diplomação; estimula ou impede o “turn-over” dos empregados entre empresas; e incrementa o interesse dos jovens pelos cursos de engenharia”, vislumbra Fagundes. Em relação ao futuro, o executivo afirma que a tendência é de que a recapacitação de profissionais se fortaleça e a qualidade da formação de engenheiros se torne mais evidente, estimulando a competitividade nessa área.
A alta da remuneração para os engenheiros se mantêm há aproximadamente três anos e a perspectiva da Catho Online é de que se mantenha por mais uma década. Leva-se em média cinco anos para se conseguir formar um engenheiro, e como tem a demanda do mercado nesse período, essa é a previsão. A não ser que aconteça um corte mundial que abale isso, mas acredito que não”, analisa Silvana Di Marco, da Catho.
A pesquisa mostra ainda outra áreas que são consideradas promissoras para 2011, como tecnologia da informação – ramo ainda em fase de crescimento e que enfrenta escassez de mão de obra; gestão ambiental – muito ligada à sustentabilidade, área recente e ainda com número insuficiente de profissionais; e construção civil e mineração – ambos setores com escassez de engenheiros e técnicos e que tende a continuar em alta por mais uma década.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Procel Edifica para prédios residenciais será lançado nos próximos dias

Etiquetagem avaliará as unidades habitacionais autônomas, as edificações residenciais multifamiliares como um todo e as áreas de uso comum do empreendimento

 

Eletrobrás e o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) devem lançar em 29 de novembro a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Procel Edifica) para prédios residenciais. A informação foi dada por Solange Nogueira, chefe da divisão de Projetos de Eficiência Energética em Edificações do Procel/Eletrobrás, no 3º Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável, realizado nos dias 8 e 9 de novembro, em São Paulo.

"No dia 10 de novembro termina a consulta pública dos Requisitos de Avaliação da Conformidade para o Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais (RAC-R). Para esse mesmo dia, está marcada uma reunião entre a Eletrobrás, o LabEEE (Laboratório de Eficiência Energética em Edificações da Universidade Federal de Santa Catarina) e outros agentes responsáveis pela etiquetagem para se discutir as sugestões recebidas na consulta pública. No dia 11, vamos fazer uma reunião da comissão técnica do Inmetro e esperamos que no dia 29 o Procel Edifica para Prédios Residenciais já esteja publicado no site do Inmetro", disse Nogueira.
O RAC-R, que define de que modo as edificações serão avaliadas, descrevendo a parte burocrática necessária para a obtenção da etiqueta, estava em consulta pública desde o dia 13 de outubro. Segundo Solange Nogueira, nesse período, mais de 300 sugestões foram recebidas pelo Inmetro.
A Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Procel Edifica) para prédios residenciais avaliará as unidades habitacionais autônomas, as edificações residenciais multifamiliares como um todo e as áreas de uso comum do empreendimento. Nas unidades habitacionais autônomas os principais pontos analisados serão a envoltória e o sistema de aquecimento de água. Já nas edificações multifamiliares os pontos resultarão da ponderação da avaliação das suas unidades autônomas e da avaliação da área externa. "Cada parte avaliada também pode receber pontos adicionais quanto à ventilação e iluminação naturais, uso racional da água, condicionamento de ar e até mesmo medição individualizada nos apartamentos", afirma Roberto Lamberts, do LabEEE.
Assim como nos prédios comerciais, dependendo do consumo de energia verificado, os edifícios residenciais serão classificados de "A" a "E", sendo "A" o mais eficiente. Somente em 2010, o Inmetro já etiquetou 12 prédios comerciais.

Fonte: 

Equatorial foca eólicas e térmicas para expandir negócios em geração

Companhia, porém, nega a possibilidade de comprar ativos do Grupo Bertin


A Equatorial está de olho no mercado para ampliar a fatia ocupada pela geração de energia em seus negócios. Atualmente, a holding tem participação na Cemar, que atua na distribuição de energia no Maranhão, e na Geramar, que opera termelétricas no mesmo Estado. O setor termelétrico, aliás, deve ser, juntamente com a energia eólica, o foco da companhia na busca por novos empreendimentos. A revelação foi feita nesta quinta-feira (11/11) pelo diretor financeiro, Eduardo Haiama, durante teleconferência com acionistas e analistas de mercado.
De acordo com Haiama, a atenção está em projetos greenfield e aquisições. O executivo afirma que "as conversas têm andado bem" e os investimentos devem ser em empreendimentos de pequeno e médio porte. Até por isso, quando questionado por um analista, Haiama descartou a hipótese de negociar a compra de termelétricas do Grupo Bertin. A Bertin arrematou a concessão de diversas usinas nos últimos leilões de energia, mas tem enfrentado atrasos no cronograma dos projetos e atualmente recorre junto à Aneel para não ser multada.
"Sinceramente, não temos nenhuma discussão especificamente com a Bertin, nunca chegamos a ter discussões sérias sobre comprar as térmicas deles. Temos conversas com grupos menores, onde achamos que podemos agregar valor. Esses projetos (da Bertin) são maiores, não seria o perfil da Equatorial negociar aqueles ativos", explicou o executivo.
Segundo Haiama, a Equatorial quer fechar algum negócio até o final deste ano ou já no início de 2011. Caso a intenção não se concretize, a política de dividendos da companhia pode ser revista. Isso porque, hoje, parte do lucro que poderia ser distribuído está sendo guardada para cumprir a estratégia de expandir o parque gerador da empresa. 
 

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

GE anuncia investimentos de US$500 milhões no País

Companhia visa centro de pesquisas e aporta recursos em negócios eólicos e de óleo e gás
 
                                       Operário da GE prepara turbina: Brasil em foco
 
A GE anunciou nesta quarta-feira (10/11) que pretende investir US$500 milhões para expandir suas operações no Brasil e acelerar o desenvolvimento de parcerias tecnológicas com a indústria brasileira. Em coletiva de imprensa realizada no Rio de Janeiro, a companhia americana revelou que vai instalar no Estado um centro global de pesquisas orçado em US$100 milhões. A unidade, na Ilha do Fundão, vai empregar, quando totalmente em operação, 200 pesquisadores e engenheiros.
A intenção da GE é trabalhar, no centro de pesquisas, com foco em tecnologias nas áreas de petróleo e gás, energias renováveis, mineração, ferrovias e aviação. "Conforme olhamos para a frente, vemos um futuro brilhante que pede um investimento agressivo, que vai resultar em mais inovação para o mercado", comentou o presidente e CEO da GE Internacional, Ferdinando Beccalli-Falco. O executivo destacou que a companhia tem um forte relacionamento com parceiros no País, que concentra clientes que estão entre "os mais sofisticados e agressivos do mundo".
Outros US$200 milhões do orçamento da GE para o Brasil serão aportados no desenvolvimento de novos modelos de turbinas eólicas e outros produtos ligados ao setor de geraçao de energia através do vento . A área local de Óleo e Gás também receberá parte da verba. O restante dos recursos será direcionado para outros setores e para financiar um centro de treinamento da companhia no País, que receberá US$50 milhões.
De acordo com o vice-presidente sênior da GE Global Research, Mark Little, o centro de pesquisas está em fase final de negociações e de projeto arquitetônico e deverá ter a construção iniciada até a metade de 2011. A previsão é de que as obras estejam concluídas até o final de 2012. A companhia também assinou acordos de cooperação com universidades e empresas brasileiras. Entre os parceiros estão a Coppe/UFRJ, o Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT), Vale e MRS Logística.

 

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

EPE se prepara para desenvolver banco de dados eólico

Usinas vencedoras de leilões vão repassar medições e dados para o órgão do governo
Da redação
 
 
 
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia que atua no planejamento do setor, começa a receber, a partir de fevereiro, informações dos parques eólicos que foram negociados no primeiro leilão específico da fonte, promovido em 2009. O objetivo do governo é, a partir dessa colaboração, elaborar um banco de dados para desenvolver um inventário do potencial brasileiro de produção de energia a partir dos ventos. Segundo a EPE, a análise trará vários benefícios, como a possibilidade de estudar melhor o comportamento complementar entre a produção eólica e a hidrelétrica.
Os parques que venderam energia nos leilões devem começar a remeter dados à EPE seis meses antes de sua entrada em operação. Assim, o primeiro dos parques viabilizado pelos leilões inicia o envio de informações a partir de 16 de fevereiro. O banco de dados será gerenciado pela própria EPE.
Para se preparar para a empreitada, a EPE promoveu nesta segunda-feira (8/11), em seu escritório no Rio de Janeiro, encontro com os responsáveis técnicos dos parques do primeiro leilão eólico. Durante o evento, foi apresentado o sistema de coleta de informações anemométricas e climatológicas AMA, desenvolvido em parceria com especialistas alemães da GTZ.
Na reunião, estiveram presentes também a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e o Operador Nacional do Sistema (ONS). Ainda foram discutidos, durante a sessão, procedimentos técnicos, operacionais e de manutenção dos equipamentos de medições. Essas medições deverão trazer informações sobre velocidade e direções dos ventos, temperatura, umidade relativa do ar e pressão atmosférica. Os dados serão enviados quinzenalmente, via internet, para a EPE. 

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Requisitos de segurança para aparelhos eletrônicos

Quem leva na bagagem secador de cabelo, chapinha ou ferro de passar roupa deve redobrar a atenção. 


Esses eletrônicos normalmente funcionam com uma só voltagem e você corre o risco de ver fumaça saindo do aparelho se não verificar antes o sistema adotado no destino. 

Em caso de voltagem incompatível, será preciso usar um conversor. Pelo menos se não quiser andar com a roupa amassada ou adotar um look com cabelo ao natural.
Eletrônicos recarregáveis, como laptops, câmeras fotográficas e telefones celulares, geralmente são bivolts, uma preocupação a menos. Confira:
Brasil
Dependendo do Estado, a voltagem é diferente. São Paulo, Rio, Minas Gerais e Bahia adotam o padrão 110 volts. Mesmo assim, algumas cidades paulistas e fluminenses optaram por 220V. Nas capitais, é comum encontrar tomadas 110 e 220 volts. Basta usar a certa para evitar problemas. Os demais Estados ficam em 220V.
América do Sul
A maioria dos países utiliza 220 volts, mas há exceções: Colômbia e Equador adotam 120V.
América do Norte
EUA, Canadá e México adotam a mesma variação, de 110V a 127V.
Europa
A voltagem está praticamente unificada. Os aparelhos elétricos funcionam com 220 a 240 volts.
Oceania
Austrália e Nova Zelândia também seguem um só padrão, com voltagem de 230V.
Ásia
No Japão, a voltagem usada é de 110 volts. China, Hong Kong e Índia adotam 220V.
FONTE: O Estado de S. Paulo

sábado, 6 de novembro de 2010

Investidores já importaram primeiros equipamentos e sondam o mercado para fechar novos negócios

Por Luciano Costa


Os resultados dos últimos leilões de energia promovidos pelo governo, que contaram com amplo domínio das usinas eólicas entre os vendedores, geraram protestos dos investidores que apostam em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Para esses empresários, o valor que o governo tem oferecido para a energia gerada pelas mini-usinas, que ficou na média de R$141,93 por MWh no último certame, em agosto, não é suficiente para viabilizar a maior parte dos projetos. A opinião era compartilhada pelo sócio-proprietário da Itacá Energia, Carlos Freitas. O engenheiro conta que já estudava iniciar negócios em outras áreas quando encontrou uma solução para enfrentar os atuais impasses das PCHs.
A Itacá Energia opera três centrais geradoras hidráulicas (CGHs) e possui uma fábrica de equipamentos elétricos. Uma das usinas da empresa estava parada devido a um defeito em uma turbina. Em uma viagem para importar peças para sua fábrica, Freitas resolveu também o problema de sua CGH. Na China, o empresário foi conhecer um grupo que atua na produção de turbinas hidrelétricas do tipo Francis. Acabou comprando o equipamento e ainda fechando uma parceria. A Itacá passou a ser representante comercial, no Brasil, da empresa chinesa, da qual ele afirma não ter autorização para divulgar o nome.
"Estamos começando agora a trazer mais equipamentos. Vamos ampliar nossa CGH Cajuru, colocar mais uma máquina para aumentar a capacidade. E estamos também fazendo cotações para outros clientes", afirma Freitas. Segundo ele, já existem 37 propostas de fornecimento circulando entre agentes, sendo que muitas "estão bastante próximas de serem fechadas". Um dos compradores, inclusive, seria uma fabricante de turbinas que, para sua própria usina, preferiu optar pela máquina chinesa.
"É um novo patamar para as PCHs, sem dúvidas. Vai ficar muito mais viável (construir uma usina), com um retorno muito mais rápido. Não faz sentido você comprar, por exemplo, um gerador de 1MW aqui no Brasil e te pedirem R$1,6 milhões, se um similar chinês você traz por R$550 mil. Isso com o custo de importação, taxas, impostos, frete", destaca o investidor.
Freitas ainda afirma que ficou surpreso ao ver a qualidade das turbinas, "de primeiríssima linha". O executivo da Itacá Energia revela que a assistência técnica aos produtos será oferecida no País por sua própria empresa e que, por meio da parceria fechada com o fornecedor, haverá um técnico chinês disponível para eventuais necessidades. Para Freitas, os impostos e custos da indústria nacional vão inviabilizar o uso de equipamentos brasileiros nas PCHs.
Um empecilho para o uso em larga escala das turbinas importadas pode ser o financiamento, uma vez que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não ofereceria empréstimos para projetos com máquinas trazidas de fora. A questão, porém, não preocupa Freitas. O empresário afirma que mesmo a Itacá Energia, ao trazer a unidade chinesa para sua CGH, conseguiu obter recursos junto a um banco na própria China e com "taxas muito competitivas".
Eólica
O executivo também quer marcar posição no setor de energia eólica. Segundo ele, alguns dos equipamentos trazidos para as PCHs podem ser utilizados em parques eólicos com poucas adaptações, como a parte de panéis e o gerador. "Isso já significa 35% do equipamento eólico", explica. Freitas, porém, diz que estuda como aumentar o número de peças que poderiam ser direcionados para esse mercado, que tem crescido com vigor no Brasil nos últimos anos.
 

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Brasil terá 161 fazendas eólicas até 2013

O potencial eólico brasileiro é inegável. Há quase um ano, os olhos do mundo se voltaram à grande oportunidade de investimento e obtenção de energia limpa no país. As chances de que o mercado se desenvolva ainda mais são imensas e o prazo para isso é bem pequeno.


A grande procura fez com que os custos que antes eram de R$ 200 caíssem para R$ 130 o megawatts/hora. Se o Brasil possui hoje somente 45 usinas eólicas, as negociações garantem que até 2013, teremos, pelo menos, 161 delas espalhadas pelas terras tupiniquins. A produção passará de 700 megawatts para 5.250 megawatts, graças aos R$ 18 bilhões investidos. A intenção brasileira é realizar leilões deste tipo com mais periodicidade, para que até 2020, tenhamos ao menos 20% de toda a nossa energia proveniente da força dos ventos.

Arthur Laviere, representante da indiana Suzlon, coloca o Brasil como um dos três melhores mercados do mundo neste quesito, ao lado de Índia e China. O movimento na economia não está ligado somente à produção de energia, mas envolve todo o processo, desde a fabricação dos itens necessários para a construção de uma hélice ou uma pá, até a utilização final da energia produzida pela usina. A importação e exportação desses produtos também elevam a economia do país e aos poucos tornam-se sinônimos de qualidade e reconhecimento. Além de demonstrar preocupação em alcançar de fato um desenvolvimento sustentável, que seja capaz de produzir e também lucrar, sem afetar a natureza.

FONTE: PORTAL EXAME

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dawn Food - Cotia - SP - Início das obras

Pesquisa quer reduzir consumo de energia de eletrônicos

Fazer com que a bateria de um celular dure 10 vezes mais é a primeira meta de um grande projeto de pesquisa que a IBM, Infineon e algumas universidades européias revelaram na última semana.
 

O novo projeto de pesquisa, conhecido como Steeper, também quer reduzir a necessidade de energia de outros aparelhos eletrônicos, tais como televisores ou supercomputadores, em até 10 vezes quando estiverem ativos e praticamente eliminar o consumo de eletricidade quando estiverem em standby.
A vida de bateria curta é um problema cada vez mais grave para os consumidores que precisam recarregar seus celulares diariamente, e também para os grandes fabricantes de celulares inteligentes como Nokia, Apple e RIM.
"A tecnologia de baterias não acompanhou a crescente demanda de energia dos celulares inteligentes atuais. Portanto, a administração e eficiência energética é o maior desafio que os fabricantes de celulares inteligentes enfrentam para oferecer aos consumidores uma experiência simples e satisfatória de uso", disse Tim Shepherd, analista da Canalys.
Os aparelhos eletrônicos hoje respondem por 15% do consumo de energia de um domicílio, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), e sua necessidade de energia triplicará até 2030.
"Nossa visão é divulgar essa pesquisa de modo a permitir que fabricantes produzam o aparelho ideal da eletrônica, um computador que utilize pouquíssima energia quando estiver em pausa, o que chamamos de PC zero watt", disse Adrian Ionescu, da École Polytechnique Féderale de Lausanne, coordenador do projeto.
Os cientistas aplicarão nanotecnologia para reduzir o consumo de energia, o custo e estender a duração da bateria dos aparelhos, com o objetivo de reduzir ao menos para a metade a voltagem operacional de que os transistores precisam para operar.
"Uma melhora de mil vezes no desempenho de um supercomputador significa a necessidade de mil vezes mais energia para que funcione. Seria preciso uma usina de energia ao lado da central de processamento de dados", disse Heike Riel, que comanda o grupo de nanotecnologia eletrônica no centro de pesquisa da IBM em Zurique.
Centrais de processamento de dados de empresas como o Google já utilizam mais de 1% da energia mundial, e sua demanda por energia vem subindo rapidamente devido à tendência de terceirização da computação.
O uso de energia em modo de espera já responde por 10% de consumo de eletricidade em residências e escritórios, estimou a União Européia.
Fonte: Portal Terra

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Veículo elétrico: solução da academia

Por João Campos, da UnB Agência - Da Secretaria de Comunicação da UnBJá imaginou chegar em casa e ligar o carro na tomada para “encher o tanque”? 
E dirigir pelas ruas sem aquela fumaça preta que contamina o ar e a poluição sonora vinda dos barulhentos motores? Pois essa é a realidade do carro elétrico, ideia que ganha cada vez mais espaço no mundo e no Brasil. O primeiro modelo genuinamente brasiliense deve ficar pronto em fevereiro. O veículo, batizado de BR 12v, é fruto da pesquisa de um grupo de estudantes da Faculdade UnB Gama.
A carcaça do modelo é de um Gurgel BR 800, primeiro carro criado e desenvolvido no Brasil, em 1988. Mas a tecnologia que vai dentro é de ponta. “Escolhemos adaptar o Gurgel por ter uma lataria mais leve, de fibra de vidro. Vamos retirar o motor antigo e inserir um novo, 100% elétrico”, explica o estudante Wagnei Lemes Martins, do 5º semestre de Engenharia Automotiva. Ele e outros nove alunos são orientados no projeto pelo professor Rudi Henri Van Els.
Cálculos e desenhos do BR 12v já estão prontos. O motor, que deve chegar até o fim do ano, será importado da Alemanha com recurso do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Infelizmente, o motor ainda não é fabricado no Brasil”, explica o professor Rudi. A expectativa é que o Gurgel recapeado, e sem uma gota de gasolina, ganhe as ruas no início de fevereiro de 2011.
18 Baterias – O BR 12v contou com uma dose da improvisação tipicamente brasileira para sair do papel. A bateria usada nos carros elétricos que já circulam pela Europa, Estados Unidos, Índia e China, – de íons de lítio, semelhante às dos celulares – ainda não pode ser comercializada no Brasil por falta de legislação sobre o seu descarte. “O jeito foi usar as baterias convencionais para botar o carro em movimento”, diz Wagnei. Ao todo, nada mais nada menos que 18 baterias – pesando 4,2 kg cada – serão usadas no modelo da UnB.
Seis delas ficarão junto com o motor. As outras 12 serão acomodadas sob o banco de trás. “A bateria de lítio fornece até 15 vezes mais energia do que a convencional”, observa Wagnei. “Mas esse é só o primeiro passo. A ideia é que o carro seja um laboratório e que outros alunos possam aprimorar a tecnologia empregada ao longo dos anos”, incentiva. Por conta do peso das baterias, o motor com 15 cavalos de potência do guerreiro BR 12v só poderá carregar o motorista e um passageiro por vez.
Esqueça os postos de gasolina e o sobe desce do preço do combustível. O BR 12v será abastecido na tomada. “A cada 6h de carga o tanque está cheio e pronto para rodar até 45 km”, conta Wagnei. Segundo os pesquisadores, a vida útil das baterias é de aproximadamente quatro anos e a conversão de energia elétrica em mecânica no BR 12v chega aos 90% (na combustão é de 30%). “Estamos estudando num modo de realimentar a bateria quando o carro estiver na banguela”, adianta.
O possante, que chega aos 80 km/h, também é sinônimo de economia. Apesar de ainda não terem sido feitos cálculos precisos sobre os gastos para manter o modelo, a equipe garante que vale muito a pena para o bolso. “Calcula-se que ter um carro elétrico em casa eleve em cerca de 10% o consumo de energia por mês em uma residência comum”, diz Wagnei. Todo tipo de ruído também desaparece no modelo elétrico. “Teremos que fazer um sistema luminoso para indicar a troca de marcha”.
Na opinião do professor Rudi, a mudança é uma questão de tempo. “A tecnologia já não é um entrave, mas é preciso vontade política”, aponta. Segundo o especialista, o carro elétrico não se tornará uma realidade no Brasil enquanto não houver incentivos para a fabricação de peças no país. “As taxas de importação são altíssimas. Para ele se popularizar será preciso baratear o processo”, observa Rudi, destacando ainda a questão da sustentabilidade em torno da redução das emissões de gases poluentes.
Natureza – O apelo ambiental pela substituição dos carros convencionais pelos elétricos faz sentido. “Hoje estima-se que 23% das emissões de CO2, (gás causador do efeito estufa) venha dos carros a combustão”, conta o professor Carlos Gurgel. Especialista do Departamento de Engenharia Mecânica da UnB, ele ainda destaca as melhorias na qualidade de vida das grandes cidades. “Boa parte dos problemas respiratórios, que geram altos gastos para o Estado, vem da péssima qualidade do ar”.
Por outro lado, o pesquisador alerta para a alta demanda de energia elétrica que seria necessária para “abastecer” os veículos. “Imagina todo brasileiro plugando o carro na tomada para recarregar as baterias. Seria necessário inaugurar várias hidrelétricas, o que acarretaria em um alto impacto ambiental”. Gurgel ainda alerta sobre o mito de que os carros elétricos não poluem. “O processo de fabricação, que também gera impacto e poluição, é praticamente o mesmo. Sem falar no descarte das baterias”.
Polêmicas à parte, o pesquisador da UnB Cristiano Vaz ressalta a importância do debate. “É uma ideia interessante diante da pressão pela quebra de paradigmas energéticos no século XXI”. No entanto, o engenheiro, que não acredita na consolidação do carro elétrico no Brasil nos próximos 10 anos, alerta para a necessidade de preparar o terreno para receber o modelo. “Podemos trocar seis por meia dúzia. É preciso planejamento para assegurar o acesso e evitar um colapso energético”.
Você sabia?
O Itaipu, primeiro carro elétrico brasileiro, foi produzido pela Gurgel Motores em 1974.
(foto: Luiz Filipe Barcelos/UnB Agência)