segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Strike do governo no setor de energia brasileiro

O governo federal promoveu nos últimos dez anos um verdadeiro strike no setor de energia no Brasil. Para aqueles que não costumam jogar boliche o strike e aquela jogada na qual com um único arremesso você derruba todas as peças. 



E o governo com uma única política baseada no populismo dos preços e na utilização política do setor conseguiu derrubar a segurança jurídica e a estabilidade regulatória do setor e consequentemente deixar o país vivendo o cenário do desabastecimento. 

O primeiro a ser derrubado e hoje o mais visível para todos foi o do petróleo, tendo como a principal vítima a Petrobras. 

A derrubada teve inicio quando foi anunciada a descoberta do pré-sal, fato que levou ao fechamento do mercado de petróleo no país. 

De lá para cá não ocorreram mais leilões, o governo aprovou um novo marco regulatório intervencionista, os investimentos privados tomaram a direção de outros países, deixaram de ser gerados aqui uma enorme quantidade de empregos e a produção de petróleo estagnou, e a velocidade do pré-sal tem sido a de um carro mil. 

Nos combustíveis a derrubada também foi geral. O governo congelou os preços da gasolina e do diesel, estimulou o consumo e com isso o Brasil passou a importar cada vez mais todos os derivados de petróleo. 

O pior é que com esse aumento do consumo e das importações os prejuízos da Petrobras têm crescido de forma espetacular, da mesma forma que a dívida da empresa. 

Nunca na história deste país a Petrobras esteve numa situação tão ruim. Não satisfeito em derrubar a peça Petrobras, o governo também fez o mesmo com o etanol e o biodiesel. 

Com os preços congelados da gasolina, o etanol perdeu competitividade, a produção cresceu pouco e o país passou a importar o produto dos Estados Unidos. E, o que é pior, passamos a exportar etanol de cana, ambientalmente melhor, e a importar o de milho. 

Ou seja, passamos a limpar o ar que os americanos respiram. No caso do biodiesel, o setor está sem marco regulatório, sem previsibilidade de aumento da mistura no diesel e com isso as empresas, a cada dia que passa, encontram mais dificuldades para sobreviver. 

No setor elétrico, o governo também promoveu a derrubada total. 

Ao só se preocupar com a modicidade tarifaria e ao abandonar a segurança de abastecimento, bem como a preocupação com o uso eficiente da energia, o governo quebrou o caixa da Eletrobras, gerou insegurança jurídica e regulatória e incentivou o consumo de energia elétrica num contexto de escassez. 

Não entendeu que o aumento da oferta de forma estruturada só ocorre num contexto de concorrência e que não e através de decretos presidenciais que se abaixa os preços. 

Na realidade, o governo sempre confunde ou quer nos confundir entre o conceito de preços baratos e preços competitivos. 

A energia, tanto no Brasil como no mundo, tende a ser cada vez mais cara, portanto, o que precisamos e estabelecer uma política tributária que ajude a energia a ser competitiva. 

Ao vender a ideia de energia barata o governo engana o consumidor e penaliza o contribuinte e o pior, no médio prazo promove o desabastecimento. 

Adriano Pires - Diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE) Brasil

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O mercado da energia eólica no mundo

Enquanto China e Estados Unidos competem pela liderança global, na América Latina, o Brasil lidera com 2,5 Gigawatts (GW) de capacidade total instalada



Apuração: Vanessa Barbosa
Design: Juliana Pimenta
Fonte: GWEC, Aneel e ABEEólica

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A crise de energia e as soluções

As causas da crise de eletricidade que enfrentamos têm sido ampla­mente discutidas na imprensa e pa­recem ser bem compreendidas: a expansão do sistema de hidre­létricas - a principal fonte de energia elétrica no Brasil - tem sido feita nas últimas décadas em usinas a fio d"água. 

Isto é, sem reservatórios de água que mantenham as usinas em fun­cionamento mesmo quando não chove durante longos perío­dos de tempo. 


Isso não é culpa do atual go­verno federal, mas da incapaci­dade geral dos governos, desde 1990, de se engajarem num diá­logo maturo com os ambienta­listas e os movimentos sociais contrários à construção de bar­ragens para aformação de reser­vatórios. A oposição ao governo Fernando Henrique Cardoso es­timulou esses movimentos e pa­ga agora o preço elevado que de­les resultou. 

Várias organizações ambien­talistas, como a WWF-Brasil, tentaram iniciar esse diálogo, mas suas propostas foram rece­bidas com indiferença pelo go­verno, apesar de serem eminen­temente razoáveis: escolher na Amazônia as bacias hidrográfi­cas nas quais barragens e hidre­létricas poderiam ser construí­das e preservar outras bacias em seu estado natural. 

Atualmente os reservatórios das hidrelétricas estão pratica­mente no mesmo nível de 2001 e certamente teríamos um racio­namento se não tivessem sido instaladas usinas termoelétricas, que usam gás, óleo combus­tível e até carvão. Sua constru­ção foi iniciada no fim do gover­no Fernando Henrique e o go­verno Lula/Dilma Rousseff deu-lhes andamento. Mas energia ge­rada por elas é muito mais cara do que a das hidrelétricas. 

Mesmo assim, o risco de ra­cionamento não foi afastado, porque todas as termoelétricas disponíveis já foram acionadas e se a seca continuar faltará energia. A razão para tal é sim­ples: as alternativas de geração de eletricidade disponíveis - que são as usinas eólicas (movi­das pela força do vento) e as termoelétricas queimando bagaço - não foram estimuladas pelo governo, no fundo, por motivos ideológicos. 

A partir de 2002 o governo de­cidiu expandir o parque gera­dor de eletricidade por meio de leilões que a Empresa de Plane­jamento Energético (EPE) reali­za regularmente. Recebem as concessões as empresas que apresentam preços mais baixos para a energia produzida, seja ela hidrelétrica, térmica, eólica ou solar. 

A justificativa para es­se procedimento é a de garantir a "modicidade tarifária", quer dizer, o preço mais baixo da energia produzida, que, em te­se, favoreceria as camadas mais pobres da população. 

Essa é uma visão equivocada: por motivos técnicos, diferen­tes formas de gerar eletricidade têm custos diferentes de produ­ção e, também, fortes compo­nentes regionais. Se a energia eólica for gerada no Estado do Piauí e consumida no Rio de Ja­neiro, é preciso construir as Usinas de transmissão adequa­das. 

Além disso, gerar eletricidade para ricos e para pobres cus­ta o mesmo. 


Se o governo federal deseja fazer programas sociais com ele­tricidade para beneficiar os po­bres, deve fazê-lo na venda, e não na sua geração. 

Foi isso que o governo Franco Montoro fez em São Paulo, em 1982, esten­dendo as redes de eletricidade às favelas e cobrando preços re­duzidos dos habitantes dessas áreas, por meio de subsídios cru­zados, em que os mais ricos pa­gavam tarifas maiores do que os mais pobres. 

Ao nivelar nos leilões da EPE todas as formas de energia, o go­verno federal tornou inviável, na prática, o uso de bagaço de cana para gerar eletricidade em grande escala no Estado de São Paulo. Essa energia pode até ser um pouco mais cara do que a das hidrelétricas, porém está perto dos centros de consumo, o que reduz significativamente os custos de transmissão. 

Apesar dos esforços do gover­no paulista, menos de 20% do potencial do bagaço de cana-de-açúcar - que é comparável à potência da Usina de Itaipu - está sendo utilizado, por causa da falta de interesse do governo federal. O que torna a situação ainda mais paradoxal é que a ideolo­gia da "modicidade tarifária"" le­vou o governo a usar térmicas a gás, cujo custo da eletricidade é cerca de três vezes superior à média nacional

Os problemas que enfrenta­mos na área de energia elétrica não serão resolvidos com medi­das intempestivas como a Medi­da Provisória (MP) 579 e a redu­ção forçada de cerca de 20% nas tarifas, que está tornando o Sis­tema Eletrobrás e outras empre­sas geradoras inviáveis. 

Como foi feita, essa medida tem clara­mente um conteúdo demagógi­co e o Tesouro Nacional - ou seja, toda a população brasileira - vai pagar por ela. Vamos ter agora, além da Bolsa-Família, uma "bolsa-eletricidade", que, aliás, vai beneficiar grandes in­dústrias eletrointensivas. 

As consequências negativas da MP 579 já são evidentes na queda do valor das empresas, que terão, daqui para a frente, mais dificuldades para fazer investimentos, o que, como con­sequência, vai dar origem a mais "interrupções de forneci­mento", na linguagem oficial. 

Soluções para a crise atual existem. 
No curto prazo é preciso re­mover os obstáculos para que a eletricidade do bagaço de cana-de-açúcar possa competir nos leilões da EPE e tomar providên­cias para completar a ligação de centrais eólicas ao sistema de transmissão. 

No longo prazo, é preciso reanalisar o planejamento de no­vas hidrelétricas - incluindo re­servatórios adequados de água - e acelerar medidas de racionalização do uso de eletricidade, que até agora são voluntárias. 

Não basta, por exemplo, etique­tar geladeiras alertando os com­pradores sobre quais são os mo­delos mais eficientes, é necessá­rio proibir a comercialização das geladeiras com alto consu­mo de energia, como fazem mui­tos países. 

Um pouco mais de competên­cia na área energética é do que o País precisa agora. 

José Goldemberg - PROFESSOR EMÉRITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, FOI MEMBRO DO CONSELHO SUPERIOR DE POLÍTICA ENERGÉTICA (CSPE) DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (O Estado de S. Paulo)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Líderes pedem mais investimento em energias renováveis

Hollande participou da cerimônia de abertura da Cúpula Mundial de Energia do Futuro em Abu Dhabi Foto: AP
Hollande participou da cerimônia de abertura da Cúpula 
Mundial de Energia do Futuro em Abu Dhabi
Foto: AP


O presidente francês, François Hollande, abriu nesta terça-feira a Cúpula Mundial de Energia do Futuro, encontro financiado pelo setor privado e que se realiza no emirado árabe de Abu Dhabi.

Hollande disse que o mundo está indo em direção a uma "catástrofe" caso os líderes do planeta não iniciem um trabalho sério sobre energias renováveis e outras iniciativas ecológicas. 

A falta de gastos no desenvolvimento de energia renovável aumentará a demanda por energia fóssil e "tornará seu preço inacessível", além de aumentar os riscos do aquecimento global, acresceu Hollande.

Os organizadores do encontro de três dias, que acontece simultaneamente à Assembleia Geral da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena) e à primeira Cúpula Internacional da Água, disseram que foram gastos cerca de 257 bilhões de dólares em projetos de energia renovável no mundo em 2011.

Hollande disse que, neste ano, estima-se que sejam necessários investimentos na ordem de 300 bilhões de dólares em energias renováveis, mas tal exigência vem em tempos de crise econômica, acresceu. 

Por isso é necessária a contribuição de todos os países.

A visita de um dia de Hollande a Abu Dhabi foi dominada, no entanto, por encontros com autoridades da Defesa, entre outros. 

A França pretende vender 60 caças Rafale aos Emirados Árabes Unidos.

Parcela de energia renovável

Com sede em Abu Dhabi, a agência Irena lançou nesta segunda-feira no emirado árabe uma nova estratégia global para consolidar os esforços com vista a dobrar a quantidade de energia limpa até 2030. 

A Irena advertiu, no entanto, que o processo tem de ser acelerado substancialmente para que se atinja essa meta.

O objetivo é ampliar a parcela das fontes de energia renovável, como energia solar, eólica e biomassa para cerca de 30% do mix energético global. Atualmente, essa cifra gira em torno dos 16%. 

"Com base em estimativas, em 2030 a cota de energias renováveis ​​subirá para apenas 21%, assim teremos um hiato de 9 pontos percentuais", disse em Abu Dhabi o diretor-geral da Irena, Adnan Amin.

Até a próxima quinta-feira, a Cúpula Mundial de Energia do Futuro 2013 reunirá líderes mundiais em tecnologia, política e negócios para discutir o futuro da energia, eficiência energética e fontes limpas. 

O encontro é patrocinado por grandes empresas do setor.

Aliança de países

À margem da Assembleia Geral da Irena, que também aconteceu em Abu Dhabi, um grupo de oito países participou de um encontro a convite do ministro alemão do Meio Ambiente, Peter Altmaier.

Na agenda estava o projeto de Altmaier para a fundação de um chamado Clube dos Países da Mudança de Matriz Energética, que apoia o uso crescente de energias renováveis em detrimentos das fontes tradicionais de energia. 

Na reunião que discutiu as bases do clube estavam presentes representantes da Alemanha, África do Sul, China, Dinamarca, França, Marrocos, Reino Unido e Tonga.

O governo alemão conta com a cooperação chinesa no planejado clube. "A China irá se tornar um país pioneiro em termos de energias renováveis", disse o ministro alemão após o encontro dos oito Estados. 

Segundo o ministro, a China daria mais peso à aliança de países, que pretende cooperar no desenvolvimento das energias renováveis e colocar o tema no topo da agenda política.

No entanto, Altmaier não quis dar mais detalhes sobre a reunião, mas disse estar otimista de que a iniciativa irá sair do papel. 

Após o encontro, o vice-presidente da agência chinesa de energia, Liu Qi, também não quis se manifestar sobre a fundação da planejada aliança.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Energias renováveis serão destaque na 14ª Expodireto Cotrijal

A palavra sustentabilidade estará mais presente na 14ª Expodireto Cotrijal. Para 2013, a área de meio ambiente da Cotrijal prepara um espaço para apresentar as energias renováveis eólica e fotovoltaica. 



O projeto está sendo elaborado desde o último ano e conta com o apoio do pesquisador e engenheiro agrônomo Udo Schmiedt. Com o objetivo principal de formar uma consciência de que há energias renováveis ao alcance de todos, do ponto de vista técnico e econômico, serão desenvolvidas ações para que os associados da Cotrijal e o público visitante possa ver e entender o funcionamento dessas energias.

Para Deisi Sebastiani Nicolao, bióloga da cooperativa, a Expodireto Cotrijal trará a visibilidade que o assunto merece. “Queremos aproveitar essa oportunidade para mostrar as vantagens e as formas com que podemos economizar energia e assim ajudar o meio ambiente”, disse.

Serão instalados no parque da Expodireto Cotrijal aerogeradores (energia eólica) e na Casa do Meio Ambiente um sistema fotovoltaico (energia solar). 

As explicações sobre os temas serão concentradas nos espaços internos da casa. “No piso superior trabalharemos a energia fotovoltaica e no piso inferior será apresentado um aerogerador desmontado para demonstrar o seu funcionamento e também outros aspectos da geração dessa energia”, explica a bióloga.

Udo Schmiedt argumenta que o projeto irá apresentar alternativas modernas e que estão ganhando espaço no mercado. Ele lembra que embora o sistema de hidroelétricas seja renovável, apresenta inconvenientes, como a inundação de terras agricultáveis, o deslocamento de populações indígenas, a alteração do meio ambiente com relação a flora e fauna. 

“A população cresce num ritmo muito perigoso e a demanda de energia acompanha esse crescimento. Porém, as fontes de energia convencionais estão no limite, principalmente na distribuição centralizada de uma rede sucateada em grande parte do país. 

A energia renovável, eólica e fotovoltaica, nos brinda com autossuficiência, descentralização e redução de custos na transmissão, representando uma enorme segurança para que o país possa contar com energia nos lares, automóveis, máquinas e indústrias”.

Anfiteatro da natureza

As energias renováveis farão parte também do tema do Anfiteatro da Natureza. Apresentado durante os dias da feira, o teatro tem como público-alvo crianças, estudantes e visitantes em geral que gostam de se divertir com uma boa peça teatral. 

Para 2014, a Trupe Cotrijal promete inovar e trazer para o palco uma série de informações sobre as energias. 

“Aguardamos com ansiedade os dias da feira, principalmente para sabermos como os atores irão trabalhar esse tema tão importante para o meio ambiente e para a sociedade como um todo”, observou Deisi.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Furnas é a primeira empresa do setor elétrico a aderir agenda ambiental da administração pública

Presidente da companhia, Flávio Decat, afirma que a empresa já tem dois projetos que se enquadram à A3P
Da redação, com informações da Agência Brasil


Furnas foi a primeira empresa do setor elétrico a aderir a Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), criada há 11 anos. 

A empresa tornou-se nesta quarta-feira (3/10) a 161ª instituição a seguir as recomendações da agenda coordenada pelo governo, que define critérios de gestão ambientalmente sustentável. 

Entre as metas estipuladas pelo manual, estão a mudança nos investimentos, compras e contratação de serviços pelo governo e o manejo adequado dos resíduos e dos recursos naturais utilizados.

“É uma sinalização do setor elétrico de que a discussão ambiental não passa só pela questão do licenciamento. É uma agenda que depende menos da gente [governo] e mais de Furnas”, avaliou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Levantamentos de um grupo do Tribunal de Contas da União (TCU), formado para acompanhar os resultados da iniciativa, apontaram que, com o cumprimento mínimo de regras, as empresas têm conseguido economizar cerca de R$ 240 milhões por ano em energia.

O presidente de Furnas, Flávio Decat, adiantou que a empresa tem dois projetos que se enquadram à A3P. 

Uma das propostas em análise é a de adaptação de barcaças que vão rodar com motores a hidrogênio no Lago de Furnas, em Minas Gerais, abrangendo mais de 30 municípios do estado, formando lagos, cachoeiras, balneários e piscinas naturais.

“As barcaças serão usadas para recolher o lixo nas cidades e queimar esse lixo em usinas próprias, produzir energia elétrica e vender essa energia de maneira que este processo seja sustentável e não dependa de verbas de prefeituras. 

Estamos desenvolvendo esse projeto. Já temos acordo com a Coppe [Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro] para usar os motores”, explicou Decat.

Segundo ele, técnicos de Furnas e colaboradores estão estudando a melhor técnica para a queima correta do lixo e também a de menor custo, além de locais adequados para instalar as usinas. 

Decat acredita que, no final do ano, o projeto estará concluído para o início das licitações.