Presidente da companhia, Flávio Decat, afirma que a empresa já tem dois projetos que se enquadram à A3P
Da redação, com informações da Agência Brasil
Furnas foi a primeira empresa do setor elétrico a aderir a Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), criada há 11 anos.
A empresa tornou-se nesta quarta-feira (3/10) a 161ª instituição a seguir as recomendações da agenda coordenada pelo governo, que define critérios de gestão ambientalmente sustentável.
Entre as metas estipuladas pelo manual, estão a mudança nos investimentos, compras e contratação de serviços pelo governo e o manejo adequado dos resíduos e dos recursos naturais utilizados.
“É uma sinalização do setor elétrico de que a discussão ambiental não passa só pela questão do licenciamento. É uma agenda que depende menos da gente [governo] e mais de Furnas”, avaliou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Levantamentos de um grupo do Tribunal de Contas da União (TCU), formado para acompanhar os resultados da iniciativa, apontaram que, com o cumprimento mínimo de regras, as empresas têm conseguido economizar cerca de R$ 240 milhões por ano em energia.
O presidente de Furnas, Flávio Decat, adiantou que a empresa tem dois projetos que se enquadram à A3P.
Uma das propostas em análise é a de adaptação de barcaças que vão rodar com motores a hidrogênio no Lago de Furnas, em Minas Gerais, abrangendo mais de 30 municípios do estado, formando lagos, cachoeiras, balneários e piscinas naturais.
“As barcaças serão usadas para recolher o lixo nas cidades e queimar esse lixo em usinas próprias, produzir energia elétrica e vender essa energia de maneira que este processo seja sustentável e não dependa de verbas de prefeituras.
Estamos desenvolvendo esse projeto. Já temos acordo com a Coppe [Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro] para usar os motores”, explicou Decat.
Segundo ele, técnicos de Furnas e colaboradores estão estudando a melhor técnica para a queima correta do lixo e também a de menor custo, além de locais adequados para instalar as usinas.
Decat acredita que, no final do ano, o projeto estará concluído para o início das licitações.