terça-feira, 17 de janeiro de 2012

MPX e alemã E.ON criam joint venture para investir no Brasil e Chile


Com a parceria, o objetivo é criar a maior empresa de energia do País
 
A MPX, empresa do Grupo EBX, e a alemã E.ON AG, anunciaram nesta quarta-feira (11/01) um termo de compromisso para criação de uma joint venture que desenvolverá geração de energia e atividades correlatas de suprimento e comercialização no Brasil. Segundo a MPX, a parceria entre as duas empresas tem como objetivo desenvolver uma capacidade total de 20 mil MW no Brasil e no Chile, tornando, assim, a maior empresa privada de energia do País. Esse número representa cerca de 20% da atual capacidade total do Brasil.

Com isso, a joint venture será responsável por todos os projetos de energia térmica e renovável no Brasil e no Chile, bem como atividades correlatas de suprimento e comercialização. Hoje, a MPX possui 11 mil MW em projetos já licenciados, que farão parte da parceria como as usinas termelétricas Açu (5.400 MW), no Rio de Janeiro, a Central Castilla (2.100 MW), as termelétricas Sul e Seival (1.300 MW), no Rio Grande do Sul e a usina Parnaíba (2.200 MW). Além disso, para a UTE Açu, a E.ON terá uma opção por causa da parceria para uma participação adicional de 38,9% do projeto em valor contábil.

“Através dessa joint venture a MPX poderá alavancar a plataforma global, expertise em desenvolvimento de projetos de cross-technology, experiência em gestão e extensa capacidade de geração da E.ON. Essa é uma parceria altamente estratégica e agregadora de valor para ambas as companhias. Juntos, podemos criar um negócio que vai muito além da soma de suas partes, gerando grandes oportunidades de crescimento nos próximos anos para todos os envolvidos”, afirmou o presidente do Conselho de Administração da MPX, Eike Batista.

O anúncio da parceria marca o primeiro investimento da E.ON no Brasil. “Para nós, a MPX é mais do que uma grande oportunidade de investimento no Brasil e no Chile. A parceria estratégica, que combina a experiência local e acesso a recursos naturais da MPX com a escala e capacidades globais da E.ON, possibilitará uma grande criação de valor em energia térmica e renovável no Brasil. 

A carteira de projetos de desenvolvimento de 11 mil MW já existente formará uma plataforma para alcançarmos rapidamente uma posição de mercado significativa em um dos mercados de energia de maior crescimento no mundo. Uniremos o conhecimento, experiência e comprometimento de ambas as companhias em benefício não apenas da MPX e da E.ON, mas também da economia brasileira e dos consumidores de energia do país. Estamos ansiosos para trabalhar com a MPX”, explicou o CEO da E.ON, Johannes Teyssen.

De acordo com a MPX, a companhia irá manter, além de 50% dos projetos da joint venture, propriedade de 100% sobre a capacidade de energia contratada de usinas atualmente em construção, bem como sobre as concessões de gás natural na Bacia do Parnaíba, detidas por meio da OGX Maranhão, e da mina de carvão de Seival.

A E.ON e a MPX esperam que a assinatura da joint venture ocorra no segundo trimestre de 2012, após realização de auditoria legal e conclusão das negociações finais.

Da redação