terça-feira, 7 de junho de 2011

Setor de etanol lança campanha pela bioeletricidade

Entidades e empresas de cana-de-açúcar querem impulsionar uso de biomassa para a geração de energia no País
Da redação

 
Crédito: Projeto Agora

Um grupo de oito empresas e onze entidades ligadas à cadeia produtiva da cana-de-açúcar lançou ontem segunda-feira (6/6), durante o EthanolSummit, evento que acontece em São Paulo até terça, uma campanha para divulgar e impulsionar a bioeletricidade - geração de energia com biomassa. Segundo os organizadores, a iniciativa é "um dos maiores esforços de comunicação e marketing integrados do agronegócio brasileiro".


A campanha será tocada pelo Projeto Agora, que reúne os empresários do setor, e contará com uma agência de gestão de imagem, ações de esclarecimento e divulgação e o desenvolvimento de um site. “Temos uma solução eficiente e disponível para que o Brasil não enfrente dificuldades de abastecimento de energia elétrica ou o perigo de um novo ‘apagão’ no futuro, portanto é fundamental que essa informação chegue ao grande público e aos diferentes níveis de governo, para que todos entendam a importância de remarmos juntos, na mesma direção, para realizar todo o potencial da bioeletricidade,” afirma Marcos Jank, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

Segundo a entidade, das 432 usinas de processamento de cana em atividade no Brasil, 129 exportam seu excedente de bioeletricidade, 70 delas no Estado de São Paulo". Isso já representa mais de 2% da eletricidade utilizada pelo País, atendendo ao consumo anual médio de 20 milhões de brasileiros. É também o equivalente a 20% da energia que virá de Belo Monte", argumenta a Unica.

A campanha vai destacar aspectos da energia gerada através da biomassa – limpa, renovável e disponível –por meio da frase: "Verde e Inteligente".“A bioeletricidade é reconhecida por entidades e ONGs de peso global, como a Greenpeace e a WWF, que acreditam nela como solução inteligente e complementar. Isso tem que ser amplamente disseminado, pois só assim, com uma compreensão mais ampla da importância dessa fonte energética, o assunto vai progredir,” diz Flavio Azevedo, sócio-diretor da agência Prole, contratada para a iniciativa.