terça-feira, 30 de outubro de 2012

Brasil pretende reduzir 10% o consumo final de energia até 2030


A experiência norte-americana e a expectativa brasileira na busca do uso racional de energia foram apresentadas no Fórum de Eficiência Energética, na quarta-feira (24), na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

Trata-se de matrizes diferentes de energia. Enquanto no Brasil, 75,4% da energia é gerada por hidrelétricas, nos Estados Unidos 80% da energia é oriunda de usinas térmicas de carvão ou gás natural.

De acordo com Roberto Meira Junior, coordenador-geral de Fontes Alternativas do Departamento de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, o País tem grande potencial de investimentos em fontes de energia renováveis. 

“O Brasil, diferentemente de outros países, tem uma diversidade de alternativas elétricas, através de fontes naturais: hidrelétricas, termoelétricas e outras. Isso permite que trabalhemos com um sistema híbrido, em que não precisamos colocar todos os ovos em uma única cesta.”

A partir 2001, quando ocorreu a crise energética em diversas capitais brasileiras, o famoso apagão, o governo passou a desenvolver medidas que garantissem o consumo racional de energia e a utilização de fontes alternativas. 

Uma das premissas do Plano Nacional de Eficiência Energética, desenvolvido pelo Ministério de Minas e Energia, é reduzir cerca de 10% do consumo final de energia, até 2030. Além disso, a pasta espera que até a referida data, o País conte com a definição de uma política e um Plano Nacional de Eficiência Energética.

Já nos EUA, por causa da centralização energética, estados e municípios desenvolvem suas próprias metas de diminuição de energia e estratégias de promoção de práticas sustentáveis. 

Ao todo, 24 estados utilizam leis de eficiência energética mínimas para cerca de 50 produtos, entre eletrodomésticos e automóveis. 

“Um exemplo da eficiência dessas leis é o setor de refrigeradores, que desde 1972, vem apresentando redução de 75% no consumo de energia em seus produtos. 

A determinação proporcionou o avanço de novas tecnologias, o que contribuiu para a queda dos preços para o consumidor”, afirma Howard Geller, diretor-executivo do Projeto de Eficiência Energética de Southwest (Southwest Energy Efficiency Project) – organização de interesse público operando no Arizona, Colorado, Nevada, New Mexico, Utah e Wyoming – que conduziu estudos de eficiência energética para concessionárias de energia, organizações governamentais e agências.

Desde a década de 1970 até 2010, os programas de eficiência energética trouxeram benefício de US$ 1,1 trilhão aos Estados Unidos.

O debate contou ainda com a participação do professor José Goldemberg, presidente do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP, que salientou a importância de se discutir questões energéticas no Brasil, para evitar desperdícios de recursos naturais e pensar em meios alternativos de geração de energia. 

“Estamos no limite da produção energética. Será que não poderíamos utilizar a energia de uma forma mais racional?”

Fonte: Fecomercio

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Confiante, WEG quer aumentar presença no setor eólico

Empresa apresentou lucro de R$194,7 milhões no terceiro trimestre, alta de 32,1% frente aos resultados de 2011
Por Wagner Freire

Crédito: Getty Images












A catarinense WEG reafirmou nesta quinta-feira (25/10) suas perspectivas para o setor de equipamentos eólicos. Segundo o diretor de Relações com Investidores da companhia, Laurence Beltrão Gomes, o contrato firmado em setembro deste ano, que prevê o fornecimento de turbinas eólicas no montante de 90MW, é apenas o primeiro passo da empresa no setor.

De acordo com o diretor, esse primeiro contrato mostra que a empresa conseguiu desenvolver produtos interessantes para esse mercado, de alta tecnologia e fabricados localmente. 

"Esse contrato nos dá uma oportunidade de crescimento gradual, aumentando a nossa presença no mercado nos próximos anos", disse, em teleconferência.

Nesta quarta-feira (24/10), a WEG divulgou o resultado do terceiro trimestre do ano, apresentando um lucro líquido de R$194,7 milhões, alta de 32,1% se comparado com o desempenho apresentado em igual período no ano passado. 

E embora esteja engatinhando no setor eólico, a empresa é especialista na fabricação de motores elétricos, geradores, transformadores e subestações de energia elétrica.

Para 2013, segundo Gomes, a companhia projeta um desempenho semelhante ao deste ano. Ele destacou que “as condições de mercado continuam desafiadoras”, mas que a WEG vem mantendo sua política de aumentar sua competitividade. “Todo nosso trabalho é em aumentar a competitividade em relação aos nossos concorrentes de mercado.”

O gerente de Relações com Investidores da empresa, Luís Fernando Oliveira, lembrou que a política econômica adotada pela presidente Dilma Rousseff - de controlar o câmbio, diminuir as taxas de jutos, entre outras medidas adotadas pelo governo - impactam diretamente na indústria e em seus clientes. 

"Todos esses fatores contribuirão para aumentar a demanda no ano que vem. Os empresários precisam ter confiança e continuar investindo", observou.

Para atender o contrato de 90MW eólicos, a WEG possui uma unidade fabril de nacelles em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, com capacidade de produzir 65 nacelles por ano. Em 2014, serão 108 e, em 2015, 130 máquinas. 

Entre elas, um modelo novo, que deve começar a ser disponibilizado em 2014. Essa turbina terá 2,3MW, contra os 1,65MW das máquinas atualmente produzidas.

Gomes explicou que, como esse contrato de fornecimento é para atender um parque do Nordeste que vendeu energia em 2011, com início de suprimento em 2016 - os equipamentos serão entregues ao longo dos próximos anos.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Energia solar pelo lado social



A EDP Escelsa, distribuidora de energia elétrica do Grupo EDP no Brasil, em parceria com o Governo do Estado e com a Agência de Serviços Públicos de Energia do Espírito Santo (Aspe), ampliou o projeto “Boa Energia Solar”. 

Com isso, 218 residências de um conjunto habitacional no bairro Eldorado, na Serra, receberam a instalação de painéis solares para aquecimento de água, permitindo, assim, a substituição dos chuveiros elétricos existentes por outros mais eficientes.

O Boa Energia Solar faz parte do Programa de Eficiência Energética da Distribuidora e promove o uso eficiente e racional da energia elétrica.

Em uma iniciativa inédita, a EDP Escelsa, em julho deste ano, inaugurou a implantação do programa Boa Energia Solar nos bairros Serra Dourada I, II e III, também no município da Serra.

As residências recebem, gratuitamente, a instalação de painéis solares para o aquecimento da água, reservatório térmico para armazenamento, misturadores de água quente e fria para regular a temperatura até que a água fique agradável ao banho, substituição das lâmpadas ineficientes por outras fluorescentes compactas com Selo PROCEL “A” de eficiência energética, além de orientações de técnicos capacitados sobre a perfeita utilização dos equipamentos.

O sistema a ser implantado pela EDP Escelsa garante que a luz do sol será suficiente para aquecer a água do banho em cerca de 80% dos dias do ano. 

Nos poucos dias em que não houver energia solar, o chuveiro elétrico poderá ser utilizado, mantendo a temperatura da água ideal para um banho confortável.

“Com mais essa ação, a EDP Escelsa reforça o seu compromisso de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos seus Clientes, com ações que reduzem a conta de luz e contribuem para a preservação do meio ambiente”, destaca o gestor Executivo da EDP Escelsa, Amadeu Wetler.

Paralelamente às instalações, os moradores contemplados também recebem lâmpadas fluorescentes, compactas e econômicas, em substituição às incandescentes convencionais e orientações sobre o uso eficiente e seguro da energia elétrica.

“A economia média no valor da fatura com a utilização de equipamentos eficientes e por meio do uso dos chuveiros com aquecimento solar pode variar entre 25% a 30%”, informa Wetler.

Além da implementação do programa Boa Energia Solar nos bairros Serra Dourada I, II e III e Eldorado, no município da Serra, a EDP Escelsa está ainda alargando o referido programa para 240 apartamentos de um conjunto habitacional com 15 prédios, no bairro Itanguá, em Cariacica.